Faz parte dessa estratégia características como a centralidade no sujeito, consideração por desejos e possibilidades - o que a torna uma abordagem em saúde menos normalizadora e prescritiva, pois se evita ditar ou impor, a partir da autoridade profissional, quais seriam as escolhas e atitudes adequadas ou não a serem adotadas. Assim, sua utilização na Atenção Básica pressupõe a utilização de tecnologias relacionais centradas no acolhimento empático, no vínculo e na confiança como dispositivos favorecedores da adesão da pessoa. A qual estratégia nos referimos?

A Política Nacional de Atenção Básica inclui entre o conjunto de ações que caracteriza uma atenção integral à saúde a promoção e a proteção, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde. Sendo assim, em relação à redução de danos podemos afirmar que:

Em contato com os calouros que buscaram o serviço psicológico no primeiro semestre letivo, Leila – a psicóloga, constata que, muitas vezes, eles estão se separando de suas famílias, deixando amigos e namoradas, grupos de referência e, até mesmo, suas próprias identidades... Estão, entrando em contato com o novo, com encantos, perigos e dores... Esperam continuar uma trajetória de sucesso escolar e se deparam com uma grande ferida narcísica... Devem lidar com questões relacionadas à liberdade e à responsabilidade, ao uso (ou não) e ao abuso (ou não) de álcool e outras drogas... Devem lidar com seus corpos e com o cuidado de si... Procuram meios para lidar com diferenças sociais e culturais. Fatores ligados ao desenvolvimento e a seus recursos internos e externos impactam em sua qualidade de vida ou na falta dela. Nesse cenário, Leila pretende organizar intervenções psicológicas baseadas na técnica da psicoterapia breve. Assim, ela deverá considerar correto que:

Carlos, um jovem professor, buscou orientação sobre a realização de grupos operativos por seus alunos. Ele ficou satisfeito ao compreender que a atividade poderia corroborar seu plano pedagógico. A profissional que o orientou ressaltou que há uma ideologia presente nos grupos operativos relacionados com o campo ensino-aprendizagem, que é a seguinte:

No campo da atenção em saúde mental e, talvez, mais especificamente na assistência à população juvenil, o cuidado em rede potencializa as ações e viabiliza operacionalizar em uma lógica que extrapola o conjunto de serviços ofertados. O cuidado em rede indica uma lógica de funcionamento, de responsabilidade compartilhada e não atravessada por ações paralelas ou sobrepostas. Assim, precisa considerar, ao menos, duas dimensões de trabalho:

No modelo hospitalocêntrico os pacientes sofrem contenção física e química. No modelo do território devem receber continência, isto é, acolhimento e escuta. Nesse sentido, os profissionais ligados à saúde mental, na atenção básica devem:

O período entre 2002 e 2014 foi altamente relevante para a educação em razão do desenvolvimento de valores progressistas e da promoção de ações como a criação da Conferência Nacional da Educação, da qual a categoria de psicólogas e psicólogos participou ativamente. Ou seja, a educação passou a ter lugar central nas políticas governamentais, para além da retórica. Em acordo com essa visão, outros fenômenos que também contribuíram para esse cenário foram:

A educação é um campo em disputa e nos últimos tempos tem estado no centro do debate público. A Psicologia tem muito a contribuir com este debate. Há uma complexa teia de relações que acontecem dentro da escola e fora dela que afetam estudantes, professores e a comunidade escolar, de modo geral. Entretanto, a atuação do profissional de psicologia deve:

No campo dos compromissos internacionais, a questão da juventude foi marcada nos últimos 20 anos por vários avanços, notadamente no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) e na agenda dos países-membros da Organização Ibero-Americana de Juventude. Apesar dos avanços, os indicadores de acesso dos jovens aos direitos sociais, culturais e econômicos, contidos no Informe sobre a Juventude Mundial de 2005 da ONU, mostravam um quadro desolador da não concretização de direitos humanos para grande parte da juventude do mundo. No cenário nacional seria correto afirmar que:

Cristina é uma jovem que procurou o serviço psicológico da universidade e alegou estar com “dificuldades de aprendizagem”. Depois de uma breve conversa a profissional que a atendeu reflete sobre algumas possibilidades de condução interventiva:

1. Será que há alguma limitação cognitiva ou uma causa orgânica? Será que enxerga e ouve bem? Alimenta-se de forma saudável?

2. Ela é uma aprendiza que está tendo dificuldades. O processo de aprendizagem é multideterminado; depende de vários fatores que estão relacionados às condições sociais, institucionais, políticas e econômicas nas quais estamos inseridos.

3. O que falta (falta atenção, falta disciplina, falta comida...)?

4. Como entender o que ela está vivendo? Perguntas como quando, por quê, para quê, com quem, para quem, onde o problema se encontra poderiam mostram esse caminho?

5. Essa queixa está aparecendo muito. Será que há algum problema institucional?

Diante desse cenário, assinale a alternativa que permitiria intervenções mais adequadas em acordo com a visão do Conselho Federal de Psicologia.