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TEXTO 2

Um novo aplicativo transforma o celular em uma espécie de consultório oftalmológico de bolso. Segundo a notícia publicada ontem, um pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres está testando a novidade em 5 mil pessoas no Quênia. (...)
No Quênia, assim como no Brasil, faltam médicos em localidades afastadas dos grandes centros. No nosso país, não faltam só médicos, como repetimos tantas vezes nesta coluna. Falta tudo: equipamentos, estrada, segurança (...)
A popularização dos celulares e as novas tecnologias móveis deveriam estar no radar de quem traça as políticas de saúde no país. Esses dispositivos podem reduzir custos e alcançar quem nunca terá a chance de estar diante de um médico de carne e osso, sempre que precisar. Com recursos móveis e aplicativos confiáveis, até mesmo enfermeiros ou profissionais de saúde de nível técnico poderiam ir até o paciente, fazer os exames e enviá-los aos médicos localizados a quilômetros de distância.
Como quase sempre política vira politicagem e as autoridades de saúde com perfil técnico são expurgadas do comando sempre que uma disputa eleitoral se avizinha, essa é mais uma discussão produtiva que deixa de ser feita.
Se dos governos podemos esperar poucas soluções coletivas e inteligentes para a saúde, o fenômeno das novas tecnologias móveis tem algo de libertador: os aplicativos, gadgets, sites e outros recursos dão poder ao indivíduo. (...)
Com um celular na mão e uns aplicativos espertos, as pessoas monitoram quantos passos deram a cada dia, controlam os nutrientes de cada refeição, checam a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submetem a um eletrocardiograma sem sair de casa. (...)
Não acredito que essas ferramentas substituam o médico. Ele continuará sendo fundamental para orientar o paciente na escolha dos aplicativos de qualidade (sim, há muita porcaria por aí) e na interpretação dos resultados. O médico continuará sendo o responsável por fazer diagnóstico e orientar o tratamento. E também por confortar, entender, ter empatia – tudo o que a máquina não é capaz de fazer.
SEGATTO, C. Uma consulta com o dr. Smartphone. In: Época.16/08/2013. Disponível em: < http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/noticia/2013/08/uma-consulta-com-o-dr-smartphone.html>. Acesso em: 17 set. 2013.
Conforme a autora do texto, é correto afirmar que:
 

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TEXTO 1

Hoje, no Brasil, a ideia dominante de saúde que circula no sistema social como um todo associa a saúde a bens/serviços de consumo, entendidos como expressões concretas da tecnologia médico-sanitária. Segundo essa idéia, tais bens/serviços de consumo “contêm saúde”, como um valor enraizado no conhecimento científico. Esses bens e serviços, assim caracterizados, se consumidos, produziriam nos indivíduos estados de bem-estar, através da transferência da saúde que está nos produtos para o corpo das pessoas.
Assim, a saúde se “descoletiviza” ou se “individualiza” pelo consumo de um conjunto de bens ditos de “saúde”. (...) A evolução tecnológica e o consumismo em saúde geram, por sua vez, a idéia correspondente de que não é preciso que uma sociedade seja saudável para que cada um de nós o seja.
Quando se fala em saúde como bem de consumo coletivo e se agrega a isso a perspectiva política de democratização da saúde, está se pensando na generalização do acesso aos bens e serviços ditos de “saúde”, de forma que se possa argumentar – erradamente – que a saúde se coletiviza para o conjunto da sociedade à medida que todos podem ter acesso individual à “sua saúde”. (...) O que se chama erroneamente de saúde coletiva, envolvendo o acesso generalizado ao consumo dos chamados bens e serviços de saúde, deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: assistência médica. Como então suprimir a doença?
Se a saúde vira responsabilidade individual do consumidor de “saúde” e a chamada “saúde como dever do Estado” acaba se confundindo com a democratização do acesso individual aos bens e serviços médicos, onde e com quem fica a responsabilidade pela verdadeira saúde coletiva, entendida como propiciar condições sociais, culturais, e econômicas para gerar modos de vida não-doentes? Há várias respostas possíveis para esta questão:
1) “Fica em lugar nenhum e com ninguém.” Os que defendem essa posição (...) poderiam esgrimir os seguintes argumentos: a) o homem é o que é; b) as doenças sempre existiram e sempre existirão, são fatalidades como a fome e o frio; c) não há como criar sistemas sociais e culturais não geradores de doença; e) o único jeito é se proteger das doenças pelo consumo de “objetos saudáveis” (remédios, iogurtes, cirurgias, alimentos “diet”, planos de saúde etc.).
2) “Fica no céu da utopia com os poetas, revolucionários e sanitaristas sonhadores, que querem mudar o mundo.”
3) “Fica na terra, com uma entidade abstrata (...). No caso da Saúde, é o Ministério da Saúde (a voz anônima que adverte, nos maços de cigarro, que fumar é prejudicial à saúde) ou a Secretaria da Saúde.”
4) “Fica na terra, em cada um de nós, na medida em que admitamos: a) que as doenças não são uma fatalidade: a maioria das que atingem o grosso da população podem ser eliminadas se nós estivermos coletivamente dispostos para tanto; b) que, ao só defendermos a saúde de cada um com remédios, iogurtes, camisinhas, estamos salvando nossa pele como indivíduos, mas ‘cevando’ a doença; c) que o Estado não fará o trabalho por nós porque ele não é uma entidade abstrata, fora de nós, mas a expressão concreta da nossa consciência ou falta de consciência; d) que, mesmo se todos nós pudermos consumir ‘objetos saudáveis’, a doença continuará a existir e a nos ameaçar como espécie animal; e) que, enfim, a eliminação das doenças não é um problema tecnológico, mas de vontade coletiva.”
LEFÈVRE, F. Você decide. In: Superinteressante. Edição 62. Nov. 1992. Disponível em: <http://super.abril.com.br/saude/desconsumizar saude-voce-decide-440511.shtml>. Acesso em 17 set. 2013.
Assinale a alternativa que indica corretamente o núcleo do sujeito sintático da expressão grifada em: “O que se chama erroneamente de saúde coletiva, envolvendo o acesso generalizado ao consumo dos chamados bens e serviços de saúde, deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: assistência médica”
 

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TEXTO 2

Um novo aplicativo transforma o celular em uma espécie de consultório oftalmológico de bolso. Segundo a notícia publicada ontem, um pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres está testando a novidade em 5 mil pessoas no Quênia. (...)
No Quênia, assim como no Brasil, faltam médicos em localidades afastadas dos grandes centros. No nosso país, não faltam só médicos, como repetimos tantas vezes nesta coluna. Falta tudo: equipamentos, estrada, segurança (...)
A popularização dos celulares e as novas tecnologias móveis deveriam estar no radar de quem traça as políticas de saúde no país. Esses dispositivos podem reduzir custos e alcançar quem nunca terá a chance de estar diante de um médico de carne e osso, sempre que precisar. Com recursos móveis e aplicativos confiáveis, até mesmo enfermeiros ou profissionais de saúde de nível técnico poderiam ir até o paciente, fazer os exames e enviá-los aos médicos localizados a quilômetros de distância.
Como quase sempre política vira politicagem e as autoridades de saúde com perfil técnico são expurgadas do comando sempre que uma disputa eleitoral se avizinha, essa é mais uma discussão produtiva que deixa de ser feita.
Se dos governos podemos esperar poucas soluções coletivas e inteligentes para a saúde, o fenômeno das novas tecnologias móveis tem algo de libertador: os aplicativos, gadgets, sites e outros recursos dão poder ao indivíduo. (...)
Com um celular na mão e uns aplicativos espertos, as pessoas monitoram quantos passos deram a cada dia, controlam os nutrientes de cada refeição, checam a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submetem a um eletrocardiograma sem sair de casa. (...)
Não acredito que essas ferramentas substituam o médico. Ele continuará sendo fundamental para orientar o paciente na escolha dos aplicativos de qualidade (sim, há muita porcaria por aí) e na interpretação dos resultados. O médico continuará sendo o responsável por fazer diagnóstico e orientar o tratamento. E também por confortar, entender, ter empatia – tudo o que a máquina não é capaz de fazer.
SEGATTO, C. Uma consulta com o dr. Smartphone. In: Época.16/08/2013. Disponível em: < http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/noticia/2013/08/uma-consulta-com-o-dr-smartphone.html>. Acesso em: 17 set. 2013.
Assinale a alternativa que ordena os termos do geral para o particular.
 

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TEXTO 1

Hoje, no Brasil, a ideia dominante de saúde que circula no sistema social como um todo associa a saúde a bens/serviços de consumo, entendidos como expressões concretas da tecnologia médico-sanitária. Segundo essa idéia, tais bens/serviços de consumo “contêm saúde”, como um valor enraizado no conhecimento científico. Esses bens e serviços, assim caracterizados, se consumidos, produziriam nos indivíduos estados de bem-estar, através da transferência da saúde que está nos produtos para o corpo das pessoas.
Assim, a saúde se “descoletiviza” ou se “individualiza” pelo consumo de um conjunto de bens ditos de “saúde”. (...) A evolução tecnológica e o consumismo em saúde geram, por sua vez, a idéia correspondente de que não é preciso que uma sociedade seja saudável para que cada um de nós o seja.
Quando se fala em saúde como bem de consumo coletivo e se agrega a isso a perspectiva política de democratização da saúde, está se pensando na generalização do acesso aos bens e serviços ditos de “saúde”, de forma que se possa argumentar – erradamente – que a saúde se coletiviza para o conjunto da sociedade à medida que todos podem ter acesso individual à “sua saúde”. (...) O que se chama erroneamente de saúde coletiva, envolvendo o acesso generalizado ao consumo dos chamados bens e serviços de saúde, deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: assistência médica. Como então suprimir a doença?
Se a saúde vira responsabilidade individual do consumidor de “saúde” e a chamada “saúde como dever do Estado” acaba se confundindo com a democratização do acesso individual aos bens e serviços médicos, onde e com quem fica a responsabilidade pela verdadeira saúde coletiva, entendida como propiciar condições sociais, culturais, e econômicas para gerar modos de vida não-doentes? Há várias respostas possíveis para esta questão:
1) “Fica em lugar nenhum e com ninguém.” Os que defendem essa posição (...) poderiam esgrimir os seguintes argumentos: a) o homem é o que é; b) as doenças sempre existiram e sempre existirão, são fatalidades como a fome e o frio; c) não há como criar sistemas sociais e culturais não geradores de doença; d) o único jeito é se proteger das doenças pelo consumo de “objetos saudáveis” (remédios, iogurtes, cirurgias, alimentos “diet”, planos de saúde etc.).
2) “Fica no céu da utopia com os poetas, revolucionários e sanitaristas sonhadores, que querem mudar o mundo.”
3) “Fica na terra, com uma entidade abstrata (...). No caso da Saúde, é o Ministério da Saúde (a voz anônima que adverte, nos maços de cigarro, que fumar é prejudicial à saúde) ou a Secretaria da Saúde.”
4) “Fica na terra, em cada um de nós, na medida em que admitamos: a) que as doenças não são uma fatalidade: a maioria das que atingem o grosso da população podem ser eliminadas se nós estivermos coletivamente dispostos para tanto; b) que, ao só defendermos a saúde de cada um com remédios, iogurtes, camisinhas, estamos salvando nossa pele como indivíduos, mas ‘cevando’ a doença; c) que o Estado não fará o trabalho por nós porque ele não é uma entidade abstrata, fora de nós, mas a expressão concreta da nossa consciência ou falta de consciência; d) que, mesmo se todos nós pudermos consumir ‘objetos saudáveis’, a doença continuará a existir e a nos ameaçar como espécie animal; e) que, enfim, a eliminação das doenças não é um problema tecnológico, mas de vontade coletiva.”
LEFÈVRE, F. Você decide. In: Superinteressante. Edição 62. Nov. 1992. Disponível em: <http://super.abril.com.br/saude/desconsumizar saude-voce-decide-440511.shtml>. Acesso em 17 set. 2013.
Sobre as formas sublinhadas na frase "a voz anônima que1 adverte, nos maços de cigarro, que2 fumar é prejudicial à saúde", é correto afirmar que:
 

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2458758 Ano: 2013
Disciplina: TI - Sistemas Operacionais
Banca: UFC
Orgão: UFC
Considerando a solução groupware Zimbra, assinale a alternativa correta.
 

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TEXTO 2

Um novo aplicativo transforma o celular em uma espécie de consultório oftalmológico de bolso. Segundo a notícia publicada ontem, um pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres está testando a novidade em 5 mil pessoas no Quênia. (...)
No Quênia, assim como no Brasil, faltam médicos em localidades afastadas dos grandes centros. No nosso país, não faltam só médicos, como repetimos tantas vezes nesta coluna. Falta tudo: equipamentos, estrada, segurança (...)
A popularização dos celulares e as novas tecnologias móveis deveriam estar no radar de quem traça as políticas de saúde no país. Esses dispositivos podem reduzir custos e alcançar quem nunca terá a chance de estar diante de um médico de carne e osso, sempre que precisar. Com recursos móveis e aplicativos confiáveis, até mesmo enfermeiros ou profissionais de saúde de nível técnico poderiam ir até o paciente, fazer os exames e enviá-los aos médicos localizados a quilômetros de distância.
Como quase sempre política vira politicagem e as autoridades de saúde com perfil técnico são expurgadas do comando sempre que uma disputa eleitoral se avizinha, essa é mais uma discussão produtiva que deixa de ser feita.
Se dos governos podemos esperar poucas soluções coletivas e inteligentes para a saúde, o fenômeno das novas tecnologias móveis tem algo de libertador: os aplicativos, gadgets, sites e outros recursos dão poder ao indivíduo. (...)
Com um celular na mão e uns aplicativos espertos, as pessoas monitoram quantos passos deram a cada dia, controlam os nutrientes de cada refeição, checam a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submetem a um eletrocardiograma sem sair de casa. (...)
Não acredito que essas ferramentas substituam o médico. Ele continuará sendo fundamental para orientar o paciente na escolha dos aplicativos de qualidade (sim, há muita porcaria por aí) e na interpretação dos resultados. O médico continuará sendo o responsável por fazer diagnóstico e orientar o tratamento. E também por confortar, entender, ter empatia – tudo o que a máquina não é capaz de fazer.
SEGATTO, C. Uma consulta com o dr. Smartphone. In: Época.16/08/2013. Disponível em: < http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/noticia/2013/08/uma-consulta-com-o-dr-smartphone.html>. Acesso em: 17 set. 2013.
No trecho “E também por confortar, entender, ter empatia...”, a expressão ter empatia significa:
 

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TEXTO 1

Hoje, no Brasil, a ideia dominante de saúde que circula no sistema social como um todo associa a saúde a bens/serviços de consumo, entendidos como expressões concretas da tecnologia médico-sanitária. Segundo essa idéia, tais bens/serviços de consumo “contêm saúde”, como um valor enraizado no conhecimento científico. Esses bens e serviços, assim caracterizados, se consumidos, produziriam nos indivíduos estados de bem-estar, através da transferência da saúde que está nos produtos para o corpo das pessoas.
Assim, a saúde se “descoletiviza” ou se “individualiza” pelo consumo de um conjunto de bens ditos de “saúde”. (...) A evolução tecnológica e o consumismo em saúde geram, por sua vez, a idéia correspondente de que não é preciso que uma sociedade seja saudável para que cada um de nós o seja.
Quando se fala em saúde como bem de consumo coletivo e se agrega a isso a perspectiva política de democratização da saúde, está se pensando na generalização do acesso aos bens e serviços ditos de “saúde”, de forma que se possa argumentar – erradamente – que a saúde se coletiviza para o conjunto da sociedade à medida que todos podem ter acesso individual à “sua saúde”. (...) O que se chama erroneamente de saúde coletiva, envolvendo o acesso generalizado ao consumo dos chamados bens e serviços de saúde, deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: assistência médica. Como então suprimir a doença?
Se a saúde vira responsabilidade individual do consumidor de “saúde” e a chamada “saúde como dever do Estado” acaba se confundindo com a democratização do acesso individual aos bens e serviços médicos, onde e com quem fica a responsabilidade pela verdadeira saúde coletiva, entendida como propiciar condições sociais, culturais, e econômicas para gerar modos de vida não-doentes? Há várias respostas possíveis para esta questão:
1) “Fica em lugar nenhum e com ninguém.” Os que defendem essa posição (...) poderiam esgrimir os seguintes argumentos: a) o homem é o que é; b) as doenças sempre existiram e sempre existirão, são fatalidades como a fome e o frio; c) não há como criar sistemas sociais e culturais não geradores de doença; d) o único jeito é se proteger das doenças pelo consumo de “objetos saudáveis” (remédios, iogurtes, cirurgias, alimentos “diet”, planos de saúde etc.).
2) “Fica no céu da utopia com os poetas, revolucionários e sanitaristas sonhadores, que querem mudar o mundo.”
3) “Fica na terra, com uma entidade abstrata (...). No caso da Saúde, é o Ministério da Saúde (a voz anônima que adverte, nos maços de cigarro, que fumar é prejudicial à saúde) ou a Secretaria da Saúde.”
4) “Fica na terra, em cada um de nós, na medida em que admitamos: a) que as doenças não são uma fatalidade: a maioria das que atingem o grosso da população podem ser eliminadas se nós estivermos coletivamente dispostos para tanto; b) que, ao só defendermos a saúde de cada um com remédios, iogurtes, camisinhas, estamos salvando nossa pele como indivíduos, mas ‘cevando’ a doença; c) que o Estado não fará o trabalho por nós porque ele não é uma entidade abstrata, fora de nós, mas a expressão concreta da nossa consciência ou falta de consciência; d) que, mesmo se todos nós pudermos consumir ‘objetos saudáveis’, a doença continuará a existir e a nos ameaçar como espécie animal; e) que, enfim, a eliminação das doenças não é um problema tecnológico, mas de vontade coletiva.”
LEFÈVRE, F. Você decide. In: Superinteressante. Edição 62. Nov. 1992. Disponível em: <http://super.abril.com.br/saude/desconsumizar saude-voce-decide-440511.shtml>. Acesso em 17 set. 2013.
Para o autor, a verdadeira saúde coletiva:
 

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TEXTO 2

Um novo aplicativo transforma o celular em uma espécie de consultório oftalmológico de bolso. Segundo a notícia publicada ontem, um pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres está testando a novidade em 5 mil pessoas no Quênia. (...)
No Quênia, assim como no Brasil, faltam médicos em localidades afastadas dos grandes centros. No nosso país, não faltam só médicos, como repetimos tantas vezes nesta coluna. Falta tudo: equipamentos, estrada, segurança (...)
A popularização dos celulares e as novas tecnologias móveis deveriam estar no radar de quem traça as políticas de saúde no país. Esses dispositivos podem reduzir custos e alcançar quem nunca terá a chance de estar diante de um médico de carne e osso, sempre que precisar. Com recursos móveis e aplicativos confiáveis, até mesmo enfermeiros ou profissionais de saúde de nível técnico poderiam ir até o paciente, fazer os exames e enviá-los aos médicos localizados a quilômetros de distância.
Como quase sempre política vira politicagem e as autoridades de saúde com perfil técnico são expurgadas do comando sempre que uma disputa eleitoral se avizinha, essa é mais uma discussão produtiva que deixa de ser feita.
Se dos governos podemos esperar poucas soluções coletivas e inteligentes para a saúde, o fenômeno das novas tecnologias móveis tem algo de libertador: os aplicativos, gadgets, sites e outros recursos dão poder ao indivíduo. (...)
Com um celular na mão e uns aplicativos espertos, as pessoas monitoram quantos passos deram a cada dia, controlam os nutrientes de cada refeição, checam a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submetem a um eletrocardiograma sem sair de casa. (...)
Não acredito que essas ferramentas substituam o médico. Ele continuará sendo fundamental para orientar o paciente na escolha dos aplicativos de qualidade (sim, há muita porcaria por aí) e na interpretação dos resultados. O médico continuará sendo o responsável por fazer diagnóstico e orientar o tratamento. E também por confortar, entender, ter empatia – tudo o que a máquina não é capaz de fazer.
SEGATTO, C. Uma consulta com o dr. Smartphone. In: Época.16/08/2013. Disponível em: < http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/noticia/2013/08/uma-consulta-com-o-dr-smartphone.html>. Acesso em: 17 set. 2013.
O texto 2 tem como objetivo principal:
 

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TEXTO 1

Hoje, no Brasil, a ideia dominante de saúde que circula no sistema social como um todo associa a saúde a bens/serviços de consumo, entendidos como expressões concretas da tecnologia médico-sanitária. Segundo essa idéia, tais bens/serviços de consumo “contêm saúde”, como um valor enraizado no conhecimento científico. Esses bens e serviços, assim caracterizados, se consumidos, produziriam nos indivíduos estados de bem-estar, através da transferência da saúde que está nos produtos para o corpo das pessoas.
Assim, a saúde se “descoletiviza” ou se “individualiza” pelo consumo de um conjunto de bens ditos de “saúde”. (...) A evolução tecnológica e o consumismo em saúde geram, por sua vez, a idéia correspondente de que não é preciso que uma sociedade seja saudável para que cada um de nós o seja.
Quando se fala em saúde como bem de consumo coletivo e se agrega a isso a perspectiva política de democratização da saúde, está se pensando na generalização do acesso aos bens e serviços ditos de “saúde”, de forma que se possa argumentar – erradamente – que a saúde se coletiviza para o conjunto da sociedade à medida que todos podem ter acesso individual à “sua saúde”. (...) O que se chama erroneamente de saúde coletiva, envolvendo o acesso generalizado ao consumo dos chamados bens e serviços de saúde, deve ser chamado pelo seu verdadeiro nome: assistência médica. Como então suprimir a doença?
Se a saúde vira responsabilidade individual do consumidor de “saúde” e a chamada “saúde como dever do Estado” acaba se confundindo com a democratização do acesso individual aos bens e serviços médicos, onde e com quem fica a responsabilidade pela verdadeira saúde coletiva, entendida como propiciar condições sociais, culturais, e econômicas para gerar modos de vida não-doentes? Há várias respostas possíveis para esta questão:
1) “Fica em lugar nenhum e com ninguém.” Os que defendem essa posição (...) poderiam esgrimir os seguintes argumentos: a) o homem é o que é; b) as doenças sempre existiram e sempre existirão, são fatalidades como a fome e o frio; c) não há como criar sistemas sociais e culturais não geradores de doença; d) o único jeito é se proteger das doenças pelo consumo de “objetos saudáveis” (remédios, iogurtes, cirurgias, alimentos “diet”, planos de saúde etc.).
2) “Fica no céu da utopia com os poetas, revolucionários e sanitaristas sonhadores, que querem mudar o mundo.”
3) “Fica na terra, com uma entidade abstrata (...). No caso da Saúde, é o Ministério da Saúde (a voz anônima que adverte, nos maços de cigarro, que fumar é prejudicial à saúde) ou a Secretaria da Saúde.”
4) “Fica na terra, em cada um de nós, na medida em que admitamos: a) que as doenças não são uma fatalidade: a maioria das que atingem o grosso da população podem ser eliminadas se nós estivermos coletivamente dispostos para tanto; b) que, ao só defendermos a saúde de cada um com remédios, iogurtes, camisinhas, estamos salvando nossa pele como indivíduos, mas ‘cevando’ a doença; c) que o Estado não fará o trabalho por nós porque ele não é uma entidade abstrata, fora de nós, mas a expressão concreta da nossa consciência ou falta de consciência; d) que, mesmo se todos nós pudermos consumir ‘objetos saudáveis’, a doença continuará a existir e a nos ameaçar como espécie animal; e) que, enfim, a eliminação das doenças não é um problema tecnológico, mas de vontade coletiva.”
LEFÈVRE, F. Você decide. In: Superinteressante. Edição 62. Nov. 1992. Disponível em: <http://super.abril.com.br/saude/desconsumizar saude-voce-decide-440511.shtml>. Acesso em 17 set. 2013.
Das respostas possíveis sobre a questão da saúde, conclui-se que o autor é favorável à resposta (4), pois:
 

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Um novo aplicativo transforma o celular em uma espécie de consultório oftalmológico de bolso. Segundo a notícia publicada ontem, um pesquisador da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres está testando a novidade em 5 mil pessoas no Quênia. (...)
No Quênia, assim como no Brasil, faltam médicos em localidades afastadas dos grandes centros. No nosso país, não faltam só médicos, como repetimos tantas vezes nesta coluna. Falta tudo: equipamentos, estrada, segurança (...)
A popularização dos celulares e as novas tecnologias móveis deveriam estar no radar de quem traça as políticas de saúde no país. Esses dispositivos podem reduzir custos e alcançar quem nunca terá a chance de estar diante de um médico de carne e osso, sempre que precisar. Com recursos móveis e aplicativos confiáveis, até mesmo enfermeiros ou profissionais de saúde de nível técnico poderiam ir até o paciente, fazer os exames e enviá-los aos médicos localizados a quilômetros de distância.
Como quase sempre política vira politicagem e as autoridades de saúde com perfil técnico são expurgadas do comando sempre que uma disputa eleitoral se avizinha, essa é mais uma discussão produtiva que deixa de ser feita.
Se dos governos podemos esperar poucas soluções coletivas e inteligentes para a saúde, o fenômeno das novas tecnologias móveis tem algo de libertador: os aplicativos, gadgets, sites e outros recursos dão poder ao indivíduo. (...)
Com um celular na mão e uns aplicativos espertos, as pessoas monitoram quantos passos deram a cada dia, controlam os nutrientes de cada refeição, checam a quantidade de açúcar no sangue, a pressão arterial e até se submetem a um eletrocardiograma sem sair de casa. (...)
Não acredito que essas ferramentas substituam o médico. Ele continuará sendo fundamental para orientar o paciente na escolha dos aplicativos de qualidade (sim, há muita porcaria por aí) e na interpretação dos resultados. O médico continuará sendo o responsável por fazer diagnóstico e orientar o tratamento. E também por confortar, entender, ter empatia – tudo o que a máquina não é capaz de fazer.
SEGATTO, C. Uma consulta com o dr. Smartphone. In: Época.16/08/2013. Disponível em: < http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/cristiane-segatto/noticia/2013/08/uma-consulta-com-o-dr-smartphone.html>. Acesso em: 17 set. 2013.
Comparando-se os textos 1 e 2, é correto afirmar que ambos:
 

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