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689968 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
O vento

Queria transformar o vento.
Dar ao vento uma forma concreta e apta a foto.
Eu precisava pelo menos de enxergar uma parte física
do vento: uma costela, o olho ...
Mas a forma do vento me fugia que nem as formas
de uma voz.
Quando se disse que o vento empurrava a canoa do
índio para o barranco
Imaginei um vento pintado de urucum a empurrar a
canoa do índio para o barranco.
Mas essa imagem me pareceu imprecisa ainda.
Estava quase a desistir quando me lembrei do menino
montado no cavalo do vento – que lera em
Shakespeare.
Imaginei as crinas soltas do vento a disparar pelos
prados com o menino.
Fotografei aquele vento de crinas soltas.


(Manoel de Barros. Ensaios fotográficos, in Poesia com-
pleta.
São Paulo: Leya, 2010, p. 384-385)
Considere as afirmativas seguintes:

I. Torna-se tarefa impossível obter imagens precisas de elementos da natureza, porque se manifestam de forma abstrata.

II. A impressão estética resultante da cena do menino e do cavalo, marcada pela velocidade, permite concretizar a imagem de algo imponderável, como o vento.

III. Somente um autor consagrado, como Shakespeare, é capaz de criar uma imagem concreta a partir de sensações de origem abstrata.

Está correto o que consta APENAS em
 

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689967 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
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O compositor Paulo César Pinheiro não consegue nem faz questão de explicar direito, em prosa, de onde vem sua capacidade de criação, e diz:

"A música me ama, ela me deixa fazê-la. A música é uma estrela, deitada na minha cama. Ela me chega sem jeito, quase sem eu perceber. Quando me dou conta e vou ver, ela já entrou no meu peito. No que ela entra, a alma sai, fica meu corpo sem vida. Volta depois comovida, e eu nunca soube onde vai. Meu olho dana a brilhar. Meu dedo corre o papel, e a voz repete o cordel que se derrama do olhar. Fico algum tempo perdido até me recuperar, qua- se sem acreditar se tudo teve sentido. A música parte e eu desperto pro mundo cruel que aí está. Com medo de ela não mais voltar. Mas ela está sempre por perto. Nada que existe é mais forte, e eu quero aprender-lhe a medida de como compõe minha vida, que é para eu compor minha morte." (Do disco Parceria, gravado em 1994, com João Nogueira.)

(Paulo Donizetti de Souza. Entrevista com Paulo César Pinheiro in Revista do Brasil, outubro de 2010, p. 33)

É correto deduzir do texto que, para o compositor,
 

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689965 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
Após a década de 1950, as palavras que dominavam as
sociedades de consumo ocidentais não eram mais as de
escritores seculares, mas as marcas comerciais de produtos ou
do que se podia comprar. As imagens que se tornaram ícones
de tais sociedades eram as das diversões e consumo de
massa: astros e latas. Não surpreende que na década de 1950,
no coração da democracia de consumo, a principal escola de
pintores abdicasse diante de fabricantes de imagens tão mais
poderosas que a arte anacrônica. A arte pop passava o tempo
reproduzindo, com tanta exatidão e insensibilidade quanto
possível, os badulaques do comercialismo americano: latas de
sopa, bandeiras, Marilyn Monroe.
Insignificante como arte (no sentido que o século XIX
deu à palavra), essa corrente, apesar disso, reconhecia que o
riunfo do mercado de massa se baseava, de modo bastante
profundo, na satisfação das necessidades tanto espirituais
quanto materiais dos consumidores, fato do qual as agências de
publicidade há muito tinham consciência quando destinavam
suas campanhas a vender não o sabonete, mas o sonho de
beleza, não as latas de sopa, mas a felicidade familiar. O que se
ornou cada vez mais claro foi que isso tinha o que se podia
chamar de uma dimensão estética, uma criatividade de base,
ocasionalmente ativa mas sobretudo passiva, que os produtores
inham de competir para oferecer. Como dizia o populismo
partilhado pelo mercado, o importante não era distinguir entre
bom e ruim, elaborado e simples, mas no máximo entre o que
atraía mais ou menos pessoas. Isso não deixava muito espaço
para o clássico conceito das artes.


(Adaptado de Eric Hobsbawm. Era dos Extremos. Trad. Marcos
Santarrita. São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p. 496)
... essa corrente, apesar disso, reconhecia que ... (2º parágrafo)

O termo grifado na frase acima poderia ser substituído, sem prejuízo para o sentido e a correção da frase, por:
 

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689961 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
Pergunta: Por que o senhor acha que Cem anos de solidão fez
tanto sucesso?
García Marquez: Não tenho a menor ideia, sou um péssimo
crítico de meus próprios trabalhos.

Pergunta: Por que acha que a fama é destrutiva para um
escritor?
García Marquez: Primeiro, porque ela invade sua vida particular.
Acaba com o tempo que você passa com amigos e com o
tempo em que você pode trabalhar. Tende a isolar você do
mundo real.

Pergunta: O senhor já pensou em fazer filme?
García Marquez: Houve uma ocasião em que desejava ser
diretor de cinema. Sentia que o cinema era um meio de co-
municação que não tinha limites, no qual tudo era possível. Mas
há uma grande limitação no cinema pelo fato de que ele é uma
arte industrial. É muito difícil expressar no cinema o que você
realmente quer dizer. Entre ter uma companhia cinematográfica
e um jornal, eu escolheria um jornal.

[...]

Pergunta: Ouvi falar de uma famosa entrevista com um mari-
nheiro que havia sofrido um naufrágio.
García Marquez: Não foi com perguntas e respostas. O mari-
nheiro apenas contou suas aventuras e eu as reescrevi, ten-
tando usar as palavras dele, na primeira pessoa, como se fosse
ele quem estivesse escrevendo. Quando o trabalho foi publi-
cado, na forma de uma série de reportagens em um jornal, uma
parte por dia, durante duas semanas, foi assinado pelo ma-
rinheiro e não por mim. Só vinte anos depois a reportagem foi
publicada em livro e as pessoas descobriram que havia sido
escrita por mim. Nenhum editor de texto percebeu que ela era
boa, até eu escrever Cem anos de solidão.


(Adaptado de Peter M. Stone. Os escritores, 2: as históricas
entrevistas da Paris Review
. Trad. Cecília C. Bartalotti. São
Paulo: Cia. das Letras, 1989, p. 326 e pp.340-341)
... e com o tempo em que você pode trabalhar.

O segmento grifado na frase acima preenche corretamente a lacuna da frase:
 

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689944 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
Pergunta: Por que o senhor acha que Cem anos de solidão fez
tanto sucesso?
García Marquez: Não tenho a menor ideia, sou um péssimo
crítico de meus próprios trabalhos.

Pergunta: Por que acha que a fama é destrutiva para um
escritor?
García Marquez: Primeiro, porque ela invade sua vida particular.
Acaba com o tempo que você passa com amigos e com o
tempo em que você pode trabalhar. Tende a isolar você do
mundo real.

Pergunta: O senhor já pensou em fazer filme?
García Marquez: Houve uma ocasião em que desejava ser
diretor de cinema. Sentia que o cinema era um meio de co-
municação que não tinha limites, no qual tudo era possível. Mas
há uma grande limitação no cinema pelo fato de que ele é uma
arte industrial. É muito difícil expressar no cinema o que você
realmente quer dizer. Entre ter uma companhia cinematográfica
e um jornal, eu escolheria um jornal.

[...]

Pergunta: Ouvi falar de uma famosa entrevista com um mari-
nheiro que havia sofrido um naufrágio.
García Marquez: Não foi com perguntas e respostas. O mari-
nheiro apenas contou suas aventuras e eu as reescrevi, ten-
tando usar as palavras dele, na primeira pessoa, como se fosse
ele quem estivesse escrevendo. Quando o trabalho foi publi-
cado, na forma de uma série de reportagens em um jornal, uma
parte por dia, durante duas semanas, foi assinado pelo ma-
rinheiro e não por mim. Só vinte anos depois a reportagem foi
publicada em livro e as pessoas descobriram que havia sido
escrita por mim. Nenhum editor de texto percebeu que ela era
boa, até eu escrever Cem anos de solidão.


(Adaptado de Peter M. Stone. Os escritores, 2: as históricas
entrevistas da Paris Review
. Trad. Cecília C. Bartalotti. São
Paulo: Cia. das Letras, 1989, p. 326 e pp.340-341)
Nenhum editor de texto percebeu que ela era boa, até eu escrever Cem anos de solidão.

Com a afirmação acima, García Marquez
 

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689941 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
Após a década de 1950, as palavras que dominavam as
sociedades de consumo ocidentais não eram mais as de
escritores seculares, mas as marcas comerciais de produtos ou
do que se podia comprar. As imagens que se tornaram ícones
de tais sociedades eram as das diversões e consumo de
massa: astros e latas. Não surpreende que na década de 1950,
no coração da democracia de consumo, a principal escola de
pintores abdicasse diante de fabricantes de imagens tão mais
poderosas que a arte anacrônica. A arte pop passava o tempo
reproduzindo, com tanta exatidão e insensibilidade quanto
possível, os badulaques do comercialismo americano: latas de
sopa, bandeiras, Marilyn Monroe.
Insignificante como arte (no sentido que o século XIX
deu à palavra), essa corrente, apesar disso, reconhecia que o
riunfo do mercado de massa se baseava, de modo bastante
profundo, na satisfação das necessidades tanto espirituais
quanto materiais dos consumidores, fato do qual as agências de
publicidade há muito tinham consciência quando destinavam
suas campanhas a vender não o sabonete, mas o sonho de
beleza, não as latas de sopa, mas a felicidade familiar. O que se
ornou cada vez mais claro foi que isso tinha o que se podia
chamar de uma dimensão estética, uma criatividade de base,
ocasionalmente ativa mas sobretudo passiva, que os produtores
inham de competir para oferecer. Como dizia o populismo
partilhado pelo mercado, o importante não era distinguir entre
bom e ruim, elaborado e simples, mas no máximo entre o que
atraía mais ou menos pessoas. Isso não deixava muito espaço
para o clássico conceito das artes.


(Adaptado de Eric Hobsbawm. Era dos Extremos. Trad. Marcos
Santarrita. São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p. 496)
No texto, o autor
 

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689938 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
O cangaço está nas telas de nossos maiores artistas,
rendeu filmes premiados, personagens de livros clássicos, e se
mantém como fonte de estudo e paixão. A riqueza do fenômeno
parece sem fim. O historiador Frederico Pernambucano de
Mello prova isso ao esquadrinhar um aspecto original do
fenômeno. Em seu livro Estrelas de Couro – A estética do
cangaço,
apresenta uma abordagem do visual do cangaceiro,
adornado e caracterizado com detalhes capazes de ombreá-lo a
um cavaleiro medieval europeu ou a um guerreiro samurai.
Oferece ideias bem estruturadas sobre a razão das moedas de
prata e ouro pregadas no chapéu, do desenho costurado na
roupa e de outras minúcias.
As roupas, acessórios, calçados e armas dos canga-
ceiros não tinham função única. Sob a análise do historiador,
esse personagem surge supersticioso. Presas a seu corpo, ele
levava diferentes orações com a função de protegê-lo. Objetivo
semelhante tinham os símbolos com os quais enfeitava o cha-
péu, como o signo de Salomão, que reunia a ideia de poder, de
proteção, de devolver as ofensas.
A roupa cheia de metais, espelhos e multicores não era
um traje de camuflagem, muito ao contrário. Essa característica
do cangaceiro, analisa o autor, mostra o caráter arcaico do
homem ligado ao sobrenatural, às coisas da vida e da morte. É
um traço presente em outras manifestações de arte popular
ligadas à divindade. "Os ex-votos, por exemplo, são peças que
servem de pagamento à graça alcançada. A carranca do rio São
Francisco, vendida em sacos de estopa para que o dono da
embarcação não a visse, serve como um abre-caminhos, um
protetor contra os malefícios que poderiam estar a cada dobra
do rio", explica o historiador.


(Celso Calheiros, CartaCapital, 29 de outubro de 2010, p. 70-
71, com adaptações)
As roupas, acessórios, calçados e armas dos cangaceiros não tinham função única. (2ºparágrafo)

A mesma relação existente entre o verbo e seu complemento, grifados acima, se encontra na frase:
 

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689937 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
O cangaço está nas telas de nossos maiores artistas,
rendeu filmes premiados, personagens de livros clássicos, e se
mantém como fonte de estudo e paixão. A riqueza do fenômeno
parece sem fim. O historiador Frederico Pernambucano de
Mello prova isso ao esquadrinhar um aspecto original do
fenômeno. Em seu livro Estrelas de Couro – A estética do
cangaço,
apresenta uma abordagem do visual do cangaceiro,
adornado e caracterizado com detalhes capazes de ombreá-lo a
um cavaleiro medieval europeu ou a um guerreiro samurai.
Oferece ideias bem estruturadas sobre a razão das moedas de
prata e ouro pregadas no chapéu, do desenho costurado na
roupa e de outras minúcias.
As roupas, acessórios, calçados e armas dos canga-
ceiros não tinham função única. Sob a análise do historiador,
esse personagem surge supersticioso. Presas a seu corpo, ele
levava diferentes orações com a função de protegê-lo. Objetivo
semelhante tinham os símbolos com os quais enfeitava o cha-
péu, como o signo de Salomão, que reunia a ideia de poder, de
proteção, de devolver as ofensas.
A roupa cheia de metais, espelhos e multicores não era
um traje de camuflagem, muito ao contrário. Essa característica
do cangaceiro, analisa o autor, mostra o caráter arcaico do
homem ligado ao sobrenatural, às coisas da vida e da morte. É
um traço presente em outras manifestações de arte popular
ligadas à divindade. "Os ex-votos, por exemplo, são peças que
servem de pagamento à graça alcançada. A carranca do rio São
Francisco, vendida em sacos de estopa para que o dono da
embarcação não a visse, serve como um abre-caminhos, um
protetor contra os malefícios que poderiam estar a cada dobra
do rio", explica o historiador.


(Celso Calheiros, CartaCapital, 29 de outubro de 2010, p. 70-
71, com adaptações)
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta em:
 

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689929 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: FCC
Orgão: TRT-23
O cangaço está nas telas de nossos maiores artistas,
rendeu filmes premiados, personagens de livros clássicos, e se
mantém como fonte de estudo e paixão. A riqueza do fenômeno
parece sem fim. O historiador Frederico Pernambucano de
Mello prova isso ao esquadrinhar um aspecto original do
fenômeno. Em seu livro Estrelas de Couro – A estética do
cangaço,
apresenta uma abordagem do visual do cangaceiro,
adornado e caracterizado com detalhes capazes de ombreá-lo a
um cavaleiro medieval europeu ou a um guerreiro samurai.
Oferece ideias bem estruturadas sobre a razão das moedas de
prata e ouro pregadas no chapéu, do desenho costurado na
roupa e de outras minúcias.
As roupas, acessórios, calçados e armas dos canga-
ceiros não tinham função única. Sob a análise do historiador,
esse personagem surge supersticioso. Presas a seu corpo, ele
levava diferentes orações com a função de protegê-lo. Objetivo
semelhante tinham os símbolos com os quais enfeitava o cha-
péu, como o signo de Salomão, que reunia a ideia de poder, de
proteção, de devolver as ofensas.
A roupa cheia de metais, espelhos e multicores não era
um traje de camuflagem, muito ao contrário. Essa característica
do cangaceiro, analisa o autor, mostra o caráter arcaico do
homem ligado ao sobrenatural, às coisas da vida e da morte. É
um traço presente em outras manifestações de arte popular
ligadas à divindade. "Os ex-votos, por exemplo, são peças que
servem de pagamento à graça alcançada. A carranca do rio São
Francisco, vendida em sacos de estopa para que o dono da
embarcação não a visse, serve como um abre-caminhos, um
protetor contra os malefícios que poderiam estar a cada dobra
do rio", explica o historiador.


(Celso Calheiros, CartaCapital, 29 de outubro de 2010, p. 70-
71, com adaptações)
O historiador Frederico Pernambucano de Mello prova isso ao esquadrinhar um aspecto original do fenômeno. (1º parágrafo)

Com o emprego do pronome grifado acima faz-se referência ao fato de que é possível
 

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Segundo o artigo 1° da Resolução 49 do Conselho Nacional de Justiça, a organização de unidade administrativa para elaboração de estatística e plano de gestão estratégica é obrigatória

Questão Anulada

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