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3038932 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

O passado jamais pode ser objeto de escolha: ninguém escolhe ter havido o saque de Troia; com efeito, a deliberação não se refere ao passado, mas ao futuro e ao contingente, pois o passado não pode não ter sido. Agatão está certo ao escrever: “Pois há uma única coisa de que o próprio Deus está privado: fazer que o que foi não tenha sido”.

Em outras palavras, a necessidade do passado se contrapõe à possibilidade do presente, em decorrência da indeterminação do futuro. O possível está, portanto, articulado ao tempo presente como escolha que determinará o sentido do futuro, que, em si mesmo, é contingente porque depende de nossa deliberação, escolha e ação. Isso significa, todavia, que, uma vez feita a escolha entre duas alternativas contrárias e realizada a ação, aquilo que era um futuro contingente se transforma em um passado necessário, de tal maneira que nossa ação determina o curso do tempo. É essa passagem do contingente ao necessário por meio do possível que dá à ação humana um peso incalculável.

Marilena Chaui. Contra a servidão voluntária. Belo Horizonte: Editora Fundação Perseu Abramo, 2013, vol. 1, p. 114 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item a seguir.

O emprego do acento gráfico nos vocábulos “próprio” e “decorrência” atende à mesma regra de acentuação gráfica.

 

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3038931 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF
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O passado jamais pode ser objeto de escolha: ninguém escolhe ter havido o saque de Troia; com efeito, a deliberação não se refere ao passado, mas ao futuro e ao contingente, pois o passado não pode não ter sido. Agatão está certo ao escrever: “Pois há uma única coisa de que o próprio Deus está privado: fazer que o que foi não tenha sido”.

Em outras palavras, a necessidade do passado se contrapõe à possibilidade do presente, em decorrência da indeterminação do futuro. O possível está, portanto, articulado ao tempo presente como escolha que determinará o sentido do futuro, que, em si mesmo, é contingente porque depende de nossa deliberação, escolha e ação. Isso significa, todavia, que, uma vez feita a escolha entre duas alternativas contrárias e realizada a ação, aquilo que era um futuro contingente se transforma em um passado necessário, de tal maneira que nossa ação determina o curso do tempo. É essa passagem do contingente ao necessário por meio do possível que dá à ação humana um peso incalculável.

Marilena Chaui. Contra a servidão voluntária. Belo Horizonte: Editora Fundação Perseu Abramo, 2013, vol. 1, p. 114 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item a seguir.

Seriam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto, caso o termo portanto substituísse “pois” (l.2).

 

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3038930 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

O passado jamais pode ser objeto de escolha: ninguém escolhe ter havido o saque de Troia; com efeito, a deliberação não se refere ao passado, mas ao futuro e ao contingente, pois o passado não pode não ter sido. Agatão está certo ao escrever: “Pois há uma única coisa de que o próprio Deus está privado: fazer que o que foi não tenha sido”.

Em outras palavras, a necessidade do passado se contrapõe à possibilidade do presente, em decorrência da indeterminação do futuro. O possível está, portanto, articulado ao tempo presente como escolha que determinará o sentido do futuro, que, em si mesmo, é contingente porque depende de nossa deliberação, escolha e ação. Isso significa, todavia, que, uma vez feita a escolha entre duas alternativas contrárias e realizada a ação, aquilo que era um futuro contingente se transforma em um passado necessário, de tal maneira que nossa ação determina o curso do tempo. É essa passagem do contingente ao necessário por meio do possível que dá à ação humana um peso incalculável.

Marilena Chaui. Contra a servidão voluntária. Belo Horizonte: Editora Fundação Perseu Abramo, 2013, vol. 1, p. 114 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item a seguir.

A correção gramatical do texto seria preservada caso se eliminasse a preposição ‘de’ (l.3).

 

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3038929 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

O passado jamais pode ser objeto de escolha: ninguém escolhe ter havido o saque de Troia; com efeito, a deliberação não se refere ao passado, mas ao futuro e ao contingente, pois o passado não pode não ter sido. Agatão está certo ao escrever: “Pois há uma única coisa de que o próprio Deus está privado: fazer que o que foi não tenha sido”.

Em outras palavras, a necessidade do passado se contrapõe à possibilidade do presente, em decorrência da indeterminação do futuro. O possível está, portanto, articulado ao tempo presente como escolha que determinará o sentido do futuro, que, em si mesmo, é contingente porque depende de nossa deliberação, escolha e ação. Isso significa, todavia, que, uma vez feita a escolha entre duas alternativas contrárias e realizada a ação, aquilo que era um futuro contingente se transforma em um passado necessário, de tal maneira que nossa ação determina o curso do tempo. É essa passagem do contingente ao necessário por meio do possível que dá à ação humana um peso incalculável.

Marilena Chaui. Contra a servidão voluntária. Belo Horizonte: Editora Fundação Perseu Abramo, 2013, vol. 1, p. 114 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item a seguir.

Depreende-se do texto a ideia de impossibilidade de correção dos erros cometidos e, consequentemente, de alteração do curso da história.

 

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3038928 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

O passado jamais pode ser objeto de escolha: ninguém escolhe ter havido o saque de Troia; com efeito, a deliberação não se refere ao passado, mas ao futuro e ao contingente, pois o passado não pode não ter sido. Agatão está certo ao escrever: “Pois há uma única coisa de que o próprio Deus está privado: fazer que o que foi não tenha sido”.

Em outras palavras, a necessidade do passado se contrapõe à possibilidade do presente, em decorrência da indeterminação do futuro. O possível está, portanto, articulado ao tempo presente como escolha que determinará o sentido do futuro, que, em si mesmo, é contingente porque depende de nossa deliberação, escolha e ação. Isso significa, todavia, que, uma vez feita a escolha entre duas alternativas contrárias e realizada a ação, aquilo que era um futuro contingente se transforma em um passado necessário, de tal maneira que nossa ação determina o curso do tempo. É essa passagem do contingente ao necessário por meio do possível que dá à ação humana um peso incalculável.

Marilena Chaui. Contra a servidão voluntária. Belo Horizonte: Editora Fundação Perseu Abramo, 2013, vol. 1, p. 114 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto acima, julgue o item a seguir.

Nos trechos “se contrapõe à possibilidade do presente” (l.4) e “dá à ação humana” (l.8), o emprego do sinal indicativo de crase justifica-se pela regência das formas verbais e pela presença de artigo definido feminino precedendo os vocábulos “possibilidade” e “ação”.

 

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3038927 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

Levei anos para aprender, e só fui aprender nos anos da ditadura, que ter medo não é apenas tremer de medo ou baixar a cabeça — obediente e resignado —, ou dizer “sim” quando quiséramos dizer “não”. Há outro medo, muito mais profundo, que disfarça e não mostra o medo que tem, exatamente porque teme tanto que tem medo de aparentar medo. É o medo que engendra a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o não assumir-se em nada. É um medo-fuga. E é, talvez, o único medo essencialmente perigoso, porque, estando próximo à covardia, nos torna cínicos e, como tal, nos destroça.

Flávio Tavares. Memórias do esquecimento. São Paulo: Globo, 1999, p. 169.

Com base no texto acima, julgue o item subsequente.

O termo “que” (l.1) introduz oração que complementa de forma direta o sentido do verbo “aprender” (l.1).

 

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3038926 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

Levei anos para aprender, e só fui aprender nos anos da ditadura, que ter medo não é apenas tremer de medo ou baixar a cabeça — obediente e resignado —, ou dizer “sim” quando quiséramos dizer “não”. Há outro medo, muito mais profundo, que disfarça e não mostra o medo que tem, exatamente porque teme tanto que tem medo de aparentar medo. É o medo que engendra a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o não assumir-se em nada. É um medo-fuga. E é, talvez, o único medo essencialmente perigoso, porque, estando próximo à covardia, nos torna cínicos e, como tal, nos destroça.

Flávio Tavares. Memórias do esquecimento. São Paulo: Globo, 1999, p. 169.

Com base no texto acima, julgue o item subsequente.

Não acarretaria prejuízo para a correção gramatical e os sentidos do texto a substituição de “engendra a omissão” (l.3) por dá existência à omissão.

 

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3038925 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

Levei anos para aprender, e só fui aprender nos anos da ditadura, que ter medo não é apenas tremer de medo ou baixar a cabeça — obediente e resignado —, ou dizer “sim” quando quiséramos dizer “não”. Há outro medo, muito mais profundo, que disfarça e não mostra o medo que tem, exatamente porque teme tanto que tem medo de aparentar medo. É o medo que engendra a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o não assumir-se em nada. É um medo-fuga. E é, talvez, o único medo essencialmente perigoso, porque, estando próximo à covardia, nos torna cínicos e, como tal, nos destroça.

Flávio Tavares. Memórias do esquecimento. São Paulo: Globo, 1999, p. 169.

Com base no texto acima, julgue o item subsequente.

A eliminação da vírgula logo após a conjunção “porque” (l.4) não acarretaria prejuízo à correção gramatical do texto.

 

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3038924 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

Levei anos para aprender, e só fui aprender nos anos da ditadura, que ter medo não é apenas tremer de medo ou baixar a cabeça — obediente e resignado —, ou dizer “sim” quando quiséramos dizer “não”. Há outro medo, muito mais profundo, que disfarça e não mostra o medo que tem, exatamente porque teme tanto que tem medo de aparentar medo. É o medo que engendra a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o não assumir-se em nada. É um medo-fuga. E é, talvez, o único medo essencialmente perigoso, porque, estando próximo à covardia, nos torna cínicos e, como tal, nos destroça.

Flávio Tavares. Memórias do esquecimento. São Paulo: Globo, 1999, p. 169.

Com base no texto acima, julgue o item subsequente.

No trecho “o não importar-se com o que ocorra”, é opcional a colocação do pronome “se” antes de “importar-se”: o não se importar com o que ocorra.

 

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3038923 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: STF

Texto para o item

Eu não sou capaz de me lembrar do cheiro que meu pai tinha quando eu era criança. As pessoas mudam de cheiro com a idade, assim como mudam de pele e de voz, e quando você fala da infância, é possível que associe a figura do seu pai com a figura do seu pai como é hoje. Então, quando me lembro dele me trazendo um triciclo de presente, ou mostrando como funcionava uma máquina de costura, ou pedindo que eu lesse algumas palavras escritas no jornal, ou conversando comigo sobre as coisas que se conversam com uma criança de três anos, sete anos, treze anos, quando me lembro de tudo isso, a imagem dele é a que tenho hoje, os cabelos, o rosto, meu pai bem mais magro e curvado e cansado do que em fotografias antigas que não vi mais que cinco vezes na vida.

Quando me lembro do meu pai me proibindo de mudar de escola, a voz que ouço dele é a de hoje, e me pergunto se algo parecido acontece com ele: se a lembrança que ele tem de mim aos treze anos se confunde com a visão que ele tem de mim agora, depois de tudo o que ficou sabendo a meu respeito nessas quase três décadas, um acúmulo de fatos que apagam os tropeços do caminho para chegar até aqui, e o que para mim foi um capítulo decisivo da vida, a briga que tivemos por causa da mudança de escola, para ele pode não ter sido mais que um fato banal, uma entre tantas coisas que aconteciam em casa e no trabalho e na vida dele com a minha mãe e as outras pessoas ao redor durante a adolescência do filho.

Michel Laub. Diário da queda. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, p. 48-9 (com adaptações).

Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o próximo item.

Na linha 10, a substituição das duas primeiras vírgulas por travessões manteria a correção gramatical e o sentido do texto.

 

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