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Foram encontradas 58 questões.

477429 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: ZAMBINI
Orgão: PRODESP
CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?

Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.
Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, – tu que me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.
– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?
Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da Terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)
Segundo afirma o narrador,
 

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477427 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: ZAMBINI
Orgão: PRODESP
CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?


Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.

Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, – tu que me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.

– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?

Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da Terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.


(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)
Sobre a personagem Virgília, é correto afirmar que
 

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477426 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: ZAMBINI
Orgão: PRODESP
CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?

Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.
Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, – tu que me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.
– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?
Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da Terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)
Assinale a alternativa que contém uma afirmação que não está de acordo com o texto.
 

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477423 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: ZAMBINI
Orgão: PRODESP
CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?


Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.

Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, – tu que me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.

– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?

Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da Terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.


(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)

Considere os períodos a seguir:

I. Ela mesmo fez o trabalho.

II. Segue anexo as informações solicitadas.

III. Já era meio-dia e meia.

A redação está de acordo com a norma culta

 

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477420 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: ZAMBINI
Orgão: PRODESP

CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?

Naquele tempo contava apenas uns quinze oudezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura danossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digoque já lhe coubesse a primazia da beleza, entre asmocinhas do tempo, porque isto não é romance, em queo autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardase espinhas; mas também não digo que lhe maculasse orosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca,saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precárioe eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para osfins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muitoclara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetosmisteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção,ou talvez medo; creio que medo.

Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico emoral da pessoa que devia influir mais tarde na minhavida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, seainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, – tuque me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entrea linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quandote vi? Crê que era tão sincero então como agora; a mortenão me tornou rabugento, nem injusto.

– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernira verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantosanos?

Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmoque nos faz senhores da Terra, é esse poder de restauraro passado, para tocar a instabilidade das nossasimpressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizerPascal que o homem é um caniço pensante. Não; é umaerrata pensante, isso sim. Cada estação da vida é umaedição, que corrige a anterior, e que será corrigida também,até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.

(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas deBrás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)

Assinale a alternativa em que todas as palavras estão escritas de acordo com as normas ortográficas.
 

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477398 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: ZAMBINI
Orgão: PRODESP

CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?

Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.

Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, – tu que me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.

– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?

Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da Terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.

(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)

Assinale a alternativa em que há palavra(s) cuja acentuação não está de acordo com as normas ortográficas
 

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477395 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: ZAMBINI
Orgão: PRODESP
CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?

Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo.
Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico e moral da pessoa que devia influir mais tarde na minha vida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, se ainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, – tu que me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entre a linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quando te vi? Crê que era tão sincero então como agora; a morte não me tornou rabugento, nem injusto.
– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernir a verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantos anos?
Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmo que nos faz senhores da Terra, é esse poder de restaurar o passado, para tocar a instabilidade das nossas impressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizer Pascal que o homem é um caniço pensante. Não; é uma errata pensante, isso sim. Cada estação da vida é uma edição, que corrige a anterior, e que será corrigida também, até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.
(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)
Transpondo-se para a voz passiva analítica a oração “o editor dá a edição definitiva de graça aos vermes", obtém-se a forma verbal
 

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477361 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: ZAMBINI
Orgão: PRODESP

CAPÍTULO XXVII / VIRGÍLIA?

Naquele tempo contava apenas uns quinze oudezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura danossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digoque já lhe coubesse a primazia da beleza, entre asmocinhas do tempo, porque isto não é romance, em queo autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardase espinhas; mas também não digo que lhe maculasse orosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca,saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precárioe eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para osfins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muitoclara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetosmisteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção,ou talvez medo; creio que medo.

Aí tem o leitor, em poucas linhas, o retrato físico emoral da pessoa que devia influir mais tarde na minhavida; era aquilo com dezesseis anos. Tu que me lês, seainda fores viva, quando estas páginas vierem à luz, – tuque me lês, Virgília amada, não reparas na diferença entrea linguagem de hoje e a que primeiro empreguei quandote vi? Crê que era tão sincero então como agora; a mortenão me tornou rabugento, nem injusto.

– Mas, dirás tu, como é que podes assim discernira verdade daquele tempo, e exprimi-la depois de tantosanos?

Ah! indiscreta! ah! ignorantona! Mas é isso mesmoque nos faz senhores da Terra, é esse poder de restauraro passado, para tocar a instabilidade das nossasimpressões e a vaidade dos nossos afetos. Deixa lá dizerPascal que o homem é um caniço pensante. Não; é umaerrata pensante, isso sim. Cada estação da vida é umaedição, que corrige a anterior, e que será corrigida também,até a edição definitiva, que o editor dá de graça aos vermes.

(MACHADO DE ASSIS, J. M. Memórias Póstumas deBrás Cubas. Rio de Janeiro: Ediouro, s. d.)

Assinale a alternativa em que há um termo que exerce função de complemento nominal.
 

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