Foram encontradas 59 questões.
Cair do cavalo
Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado.
Se as tijoladas do destino são mais a regra do que a exceção, deveríamos estar mais preparados para lidar com doenças, separações, mortes, problemas de dinheiro, frustrações em geral – mas o fato é que nunca estamos. Somos comovedoramente ingênuos e distraídos, pelo menos até o primeiro grande tombo.
De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.)
O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo – concreta e metaforicamente – e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver – Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito – o “como viver” do título.
Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena.
LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre,
7 de abril de 2012, p. 2.
Provas
Cair do cavalo
Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado.
Se as tijoladas do destino são mais a regra do que a exceção, deveríamos estar mais preparados para lidar com doenças, separações, mortes, problemas de dinheiro, frustrações em geral – mas o fato é que nunca estamos. Somos comovedoramente ingênuos e distraídos, pelo menos até o primeiro grande tombo.
De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.)
O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo – concreta e metaforicamente – e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver – Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito – o “como viver” do título.
Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena.
LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre,
7 de abril de 2012, p. 2.
Provas
I. A arquitetura do SGBD é definida em três níveis de abstração: nível físico que descreve, através de estruturas de dados complexas, como os dados estão de fato armazenados; nível lógico que descreve quais dados estão armazenados e quais os inter-relacionamentos que existem entre eles; e o nível de visão que abrange esquemas externos, no qual cada esquema externo descreve a parte de um banco de dados que um dado grupo de usuários tem interesse e oculta o restante do banco de dados desse grupo.
II. A independência física de dados é a capacidade de alterar o esquema conceitual sem mudar o esquema externo ou os programas de aplicação enquanto o independência lógica de dados refere-se a capacidade de mudar o esquema interno sem ter que alterar o esquema conceitual.
III. A independência lógica de dados é mais difícil de ser alcançada do que a independência física, uma vez que os programas de aplicação são mais fortemente dependentes da estrutura lógica dos dados do que de seu acesso.
IV. O conceito de independência de dados é de várias formas similar ao conceito de tipo abstrato de dados empregados nas linguagens modernas de programação. Ambos os conceitos omitem detalhes de implementação do usuário, permitindo que o usuário se concentre em sua estrutura geral em vez de se concentrar nos detalhes tratados nos níveis mais baixos.
Assinale a alternativa CORRETA.
Provas
EMPREGADO
PNOME UNOME SSN DATANASC ENDERECO SALARIO SUPERSSN DNO
DEPARTAMENTO
DNOME DNUMERO GERSSN
PROJETO
PJNOME PNUMERO PLOCALIZACAO DNUM
TRABALHA_EM
ESSN PNO HORAS
V1: CREATE VIEW TRABALHA_EM1
AS SELECT PNOME, UNOME, PJNOME, HORAS
FROM EMPREGADO, PROJETO, TRABALHA_EM
WHERE SSN=ESSN AND PNO=PNUMERO;
V2: CREATE VIEW DEPT_INFO(DEPT_NOME, NO_EMPS, TOTAL_SAL)
AS SELECT DNOME, COUNT(*), SUM(SALARIO)
FROM DEPARTAMENTO, EMPREGADO
WHERE DNUMERO=DNO
GROUP BY DNOME;
QV1: SELECT PNOME, UNOME
FROM TRABALHA_EM1
WHERE PJNOME=’ProjetoX’
Com base no conhecimento sobre o conceito de visão em SQL, considere as seguintes afirmativas.
I. V1 não especifica nenhum novo nome de atributo para a visão TRABALHA_EM1. Nesse caso, TRABALHA_EM1 receberá os nomes dos atributos das tabelas de definição EMPREGADO, PROJETO E TRABALHA_EM.
II. V2 explicita novos nomes para os atributos da visão DEPT_INFO, usando a correspondência um a um entre os atributos especificados na cláusula CREATE VIEW e os especificados na cláusula SELECT da consulta que define a visão.
III. A consulta QV1 não funciona porque, para recuperar o último e o primeiro nome de todos os empregados que trabalham no ‘ProjetoX`, é necessária a formulação de duas junções usando as relações básicas EMPREGADO, PROJETO E TRABALHA_EM.
Assinale a alternativa CORRETA.
Provas
( ) Em um modelo de transações simples e abstrato, uma transação deve estar em um dos seguintes estados: ativa (inicial), no qual a transação permanece enquanto estiver executando; em efetivação parcial, após a execução da última declaração; em falha, após a descoberta de que a execução normal já não pode se realizar; abortada, depois que a transação foi desfeita e o banco de dados restabelecido ao estado anterior do início da execução da transação; e em efetivação, após a conclusão com sucesso.
( ) Para assegurar a integridade dos dados, o sistema gerenciador de banco de dados deve manter as seguintes prorpiedades das transações: atomicidade, consistência, isolamento e durabilidade.
( ) Nas técnicas de controle de concorrência otimista, as verificações são feitas enquanto a transação está sendo executada. O protocolo de controle de concorrência é executado em três fases, a saber: fase de leitura, no qual a transação lê e atualiza valores de itens de dados efetivados no banco de dados; fase de validacão, no qual a verificação é executada para cada leitura da fase anterior; e fase de escrita: as atualizações das transações são aplicadas no banco de dados.
( ) Diversos problemas podem ocorrer quando transações concorrentes são executadas de maneira descontrola. No problema de atualização perdida uma transação atualiza um item de dado e, a seguir, falha por alguma razão. O item atualizado é acessado por uma antes que ele retorne ao seu valor original.
( ) Um sistema está em estado de deadlock se há um conjunto de transações, tal que toda transação desse conjunto está esperando outra transação também nele contida.
Assinale a alternativa que contenha, de cima para baixo, a sequência CORRETA.
Provas
( ) Um índice primário é um arquivo ordenado cujos registros são de tamanho fixo e contêm dois campos. O primeiro campo é do mesmo tipo de dado do campo-chave de classificação – chamado chave primária – do arquivo de dados, e o segundo campo é um ponteiro para um bloco de disco (um endereço de bloco).
( ) Um índice de agrupamento (também chamado de índice de clustering) fornece um meio secundário de acesso a um arquivo para o qual já existe algum acesso primário. O índice de agrupamento pode ser usado sobre um campo que é uma chave candidata e possui um valor único para cada registro, ou um campo que não é chave, mas que não possui valores duplicados.
( ) Um índice secundário é utilizado para registros de arquivos que estão fisicamente ordenados segundo um campo que não seja o campo chave – o qual não possua um valor distinto para cada registro. O índice secundário aumenta a velocidade de recuperação de registros que tenham o mesmo valor para o campo da chave primária.
( ) Um índice denso possui uma entrada de índice para cada valor da chave de busca (portanto, para cada registro) do arquivo de dados. Um índice secundário, aplicado sobre uma chave candidata, é um exemplo de índice denso.
( ) Um índice esparso possui entradas de índice para apenas alguns dos valores de busca. Um índice de agrupamento (clustering) é um exemplo de índice esparso.
Assinale a alternativa que contenha, de cima para baixo, a sequência CORRETA.
Provas
Provas
Provas
Provas
Provas
Caderno Container