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Foram encontradas 40 questões.

Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Faróis

Por Martha Medeiros

01 Quando a gente nasce, pai e mãe são nossos ídolos, lideram as paradas de sucesso dentro

02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

No tocante às relações morfossintáticas, assinale a alternativa correta.

 

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Faróis

Por Martha Medeiros

01 Quando a gente nasce, pai e mãe são nossos ídolos, lideram as paradas de sucesso dentro

02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Com base no trecho “Avós e irmãos completam a banda”, retirado do texto, analise as assertivas abaixo:

I. O sujeito da oração é classificado como composto.

II. O verbo “completam” é um Verbo Transitivo Indireto (VTI).

III. O predicado da oração é verbal.

IV. A oração apresenta adjunto adnominal do sujeito.

Quais estão INCORRETAS?

 

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01 Quando a gente nasce, pai e mãe são nossos ídolos, lideram as paradas de sucesso dentro

02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

No tocante à identificação e ao emprego das conjunções, analise o trecho abaixo:

O vocábulo “Mas” (l. 24) é classificado como uma conjunção coordenativa , pois indica uma . Logo, pode ser substituído, sem alteração de sentido, por ou .

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.

 

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02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Em relação ao fragmento “Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de outras pessoas – os primeiros amigos”, retirado do texto, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.

( ) O fragmento apresenta três verbos.

( ) O termo “primeiros” é um numeral cardinal.

( ) O vocábulo “de” é uma preposição essencial.

( ) O trecho apresenta apenas dois artigos definidos.

( ) Assim como “ao”, o vocábulo “na” foi formado pela combinação de uma preposição com um artigo.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

 

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01 Quando a gente nasce, pai e mãe são nossos ídolos, lideram as paradas de sucesso dentro

02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Relacione a Coluna 1 à Coluna 2, identificando as classes gramaticais das palavras retiradas do texto.

Coluna 1

1. Pronome pessoal oblíquo.

2. Pronome demonstrativo.

3. Pronome possessivo.

4. Pronome indefinido.

Coluna 2

( ) “nossos” (l. 01).

( ) “nos” (l. 08).

( ) “todos” (l. 13).

( ) “esse” (l. 24).

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

 

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02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Observe o fragmento retirado do texto: “Ainda procuro dar um nome a este sentimento novo que me atravessa”. Se as palavras “nome” e “sentimento” fossem flexionadas no plural, quantas outras palavras precisariam ser modificadas para garantir a correta concordância verbo-nominal?

 

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01 Quando a gente nasce, pai e mãe são nossos ídolos, lideram as paradas de sucesso dentro

02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Tendo em vista o emprego da acentuação gráfica, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas pontilhadas nas linhas 07 e 28.

 

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02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas tracejadas nas linhas 07 e 10.

 

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01 Quando a gente nasce, pai e mãe são nossos ídolos, lideram as paradas de sucesso dentro

02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Os vocábulos “profundo” (l. 16) e “etapa” (l. 20) podem ser substituídos, respectivamente, sem alteração de sentido e de concordância em outras palavras nos trechos nos quais se encontram, por:

 

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Instrução: As questões de números 01 a 10 referem-se ao texto abaixo. Os destaques ao longo do texto estão citados nas questões.

Faróis

Por Martha Medeiros

01 Quando a gente nasce, pai e mãe são nossos ídolos, lideram as paradas de sucesso dentro

02 de casa. Avós e irmãos completam a banda. Só escutamos a família e por ela somos

03 influenciados. Mais tarde, brincando na rua, indo ao colégio, a gente descobre a existência de

04 outras pessoas – os primeiros amigos.

05 Tive sorte: antes do meu aniversário de 10 anos, já conhecia Caetano, Mutantes, Gil,

06 Chico, Milton, Bethânia – e Gal, claro. Assim que seus discos eram lançados, aterrissavam na

07 eletr...la da sala. Que bom que meus pa...s não o sucesso que faziam com os filhos.

08 Intuíram que aqueles desconhecidos também teriam muito a nos dizer.

09 Ainda nem tinha entrado na adolescência e eu já era estimulada a abrir a cabeça para

10 diferentes jeitos de existir, para a da poesia, para as provocações naturais do

11 pensamento – com uma pequena ajuda de Beatles, que também frequentavam nosso pequeno

12 apartamento no período. Cabiam diversas vozes, rimas, guitarras, violões. Cabia o mundo.

13 Entraram todos para a família. Ajudaram a me formatar e fizeram parte do que veio

14 depois: a faculdade, os namorados, os livros – até chegar aqui.

15 Foi um choque perder Lennon e Harrison, lembro bem. Assim como Cazuza e Cassia Eller,

16 que agreguei na fase adulta. Mas a morte de Gal teve um significado mais profundo. Já não sou

17 jovem, agora também me aproximo da finitude, sem poder quantificar o tamanho do futuro em

18 frente. Antes não pensava nisso, hoje penso. E me atordoo. A turma da MPB entrou na minha

19 vida muito cedo e cresceu comigo, éramos quase da mesma geração, eles ligeiramente

20 avançados. Nesta atual e derradeira etapa da nossa existência, estou ainda perto da porta de

21 entrada, enquanto eles mais perto da porta de saída – hipoteticamente, claro, mas é como o

22 coração sente.

23 Queria poder agarrar a mão de cada um, deixar ninguém sair, como a um pai, uma mãe,

24 os faróis da nossa existência, nossas iluminações. Mas nem Deus consegue esse milagre.

25 Não chamo de dor a perda de uma cantora que não cheguei a conhecer fora do palco, e

26 que teve uma trajetória tão rica que sua partida não soa trágica – tragédia é partir sem ter

27 vivido. Não é dor, porque quem faz parte de mim não se vai totalmente, até que eu vá também.

28 Seguimos vivos uns nos outros. Não é dor, então é o qu...? Ainda procuro dar um nome a este

29 sentimento novo que me atravessa. Parece outro tipo de parto: sem pai, nem mãe, nem faróis.

30 É um renascimento tardio e solitário. Chegou o momento de aprender a viver em estado de

31 orfandade. Contar com si própria e com o repertório acumulado durante a vida de antes, que

32 começa a desaparecer lentamente. Pode ser bonito também, eu sei.

33 Não é dor. Acho que é espanto.

(Disponível em: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que NÃO encontra respaldo no texto.

 

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