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Ação sem insígnia

Rosane Pavam (10/04/2008)

“O teste para uma inteligência de primeira categoria”, disse o escritor americano F. Scott Fitzgerald, “é a capacidade de ter em mente duas idéias opostas ao mesmo tempo, e ainda continuar em condições de funcionar”. Este parece ser um dito para todos os americanos, eles e nós. A capacidade de absorver esta simultaneidade serve a qualquer um, é mesmo necessária, especialmente se desejamos compreender uma ironia, um sarcasmo, uma complexidade. Um grego já sabia disto antes de todos.

E, no entanto, é quase certo que, ainda hoje, nós nos vejamos em dificuldades, como opinião pública, para agir nas entrelinhas e exercer a sutileza no largo caminho entre um não e um sim. Que enorme diferença haveria entre republicanos e democratas, lulistas e serristas, milionários e perdedores, obamas e clintons? As compreensões deveriam ser dinâmicas como o monjolo cuja água que entra se renova naquela que sai – no fundo, é uma água só.

Especialmente quando nos pomos a escrever para a imprensa, experimentamos muitas e cotidianas incompreensões. O risco de ser sutil vem junto com aquele de exercer a profissão. É um risco semelhante metaforicamente àquele de que foi vítima Ayrton Senna na Tamburello: claro está que o piloto não desconhecia a possibilidade muito grande de se espatifar numa curva, mas, além de todos, ele conhecia seu valor de mercado e considerava tal chance como inevitável em cada corrida. Jamais fugiu de correr do jeito que lhe pareceu melhor. Mas, bem, opa, não se pode mexer em um ícone como Senna, nem por alegoria, nem por livre-pensar, nem, muito menos, por humor! Então me desculpem? (3º parágrafo)

Mas é que eu temo que a cada dia nos aproximemos de um jeito Bope de ser, jocoso, emburrecido, prepotente, com arma em punho, quando o homem tem pensamentos a sacar diante de várias situações tidas por extremas. Nós temos preferido nos tornar contundentes como a polícia, sem, contudo, exibir a consistência exigida para a ação de um policial. A cada dia, nós parecemos incapazes de expressar os sentimentos em forma de prisma, absorvendo e refletindo uma luz a partir de muitos lados.

Podemos divagar solitariamente sobre quem teria matado a pobre menina Isabela, por exemplo, o pai, a madrasta ou o pedreiro, neste enredo de intimidade macabra que se anuncia a qualquer espectador de tevê ou leitor de jornal. Mas de que nos serve jogar a primeira pedra em algum suspeito não julgado, diante da delegacia pela qual ele passa, munidos de nossos pequenos filhos ao colo, encapotados e desentendidos numa noite fria? Vi esta cena em um jornal sensacionalista de televisão e senti o frio da rua invadir meu sofá. Quem conhece ao certo o autor da atrocidade contra a menina, tão certo desta autoria que pode prejulgá-la?

Somos muitos, somos vários, e tal atitude de linchamento deve dizer respeito à intensa agitação psicológica de cada um, a seu medo de identificar-se com a monstruosidade, a sua necessidade de gritar, para afastá-la. Ninguém pode impedir uma pessoa justamente consternada (quanto mais duas ou três, juntas, contaminadas pelo repúdio), que se manifeste publicamente. Mas este é um assunto sobre o qual podemos refletir antes de chegar à ação, ou pelo menos depois de tê-la alcançado.

Falei sobre Isabela, mas não há só ela neste vasto, triste mundo. Somos policiais de muitos modos, todos os dias, diante das pequenas atitudes alheias que nos incomodam ou que se sobressaem a nós. Não há nada ruim em ser policial, por favor, especialmente um policial real, que aja para coibir um crime! Mas existe algo de exasperante em nossa eterna beligerância no papel de juízes dos dias comuns, como se nos víssemos no direito de agir contra os outros sem portar a devida insígnia.

Nós nos julgamos em posição de avaliar, por exemplo, um artigo de David Mamet reproduzido no caderno Mais! da “Folha de S. Paulo” do dia 6 de abril. O diretor e dramaturgo Mamet, dizem os jornalistas, guinou à direita. Mas o artigo não expressa isto, parece-me. Diante deste artista, sempre foi possível ler as posições clássicas de um conservador. Um americano vê comumente dois mundos opostos, de republicanos ou democratas. Contudo, quem estaria mais à direita ou à esquerda entre os dois? Mamet reconhece essa diferença mínima, e agora nos diz o óbvio: que John Kennedy cometeu um pecado eleitoral tanto quanto George W. Bush. Há quanto tempo ele conhece esta verdade, não é? Faltou anotar, em Kennedy, a porção belicista que se reconhece facilmente em Bush.

Em seu artigo, Mamet, que faz filmes em torno de estabelecer erros (“O Assalto”) e culpas (“Cadete Winslow”), é um pensador liberal em busca do acerto e do aprimoramento de um estilo de vida. Ele não pode aceitar que sejam todos menos americanos do que são. Então, quando a América parece próxima do perigo do enxovalho e da destituição de sua primazia no cenário econômico, político e de idéias, ele promove uma grita, que deve ser tida por natural.

Que mal há em expor com sinceridade uma posição já conhecida? É o mesmo que fez Jason Reitman, cineasta de menor envergadura intelectual, em “Juno” e “Obrigado por Fumar”. Alguém tem de devolver a América a seu lugar: que sejam, estas pessoas, os intelectuais. Reitman e Mamet, artistas inteligentes, talvez se horrorizem diante da possibilidade de se verem administrados por um sistema chinês. Ninguém poderá condená-los no terreno da palavra. Mas, como observadores, sejamos sutis ao analisar suas posições.

Disponível em: <http://cartacapital.com.br/app/coluna.jsp?a=2&a2=5&j=637>

De acordo com o 3º parágrafo do texto, é CORRETO afirmar sobre Ayrton Senna que:

 

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3020413 Ano: 2008
Disciplina: Medicina
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG

No tratamento com lítio a orientação e vigilância sobre possíveis interações medicamentosas que afetem seus níveis plasmático é importante para aumentar a segurança do paciente e o sucesso terapêutico. As afirmativas abaixo podem ser falsas ou verdadeiras sobre as interações do lítio com outros fármacos. Marque a alternativa CORRETA:

I – A interação com antipsicóticos pode piorar os efeitos extrapiramidais e aumentar a probabilidade de Síndrome Neuroléptica Malígna.

II – Existem relatos ocasionais de síndromes serotonérgica-símile na interação com antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina.

III – Sem interações farmacocinéticas significativas com carbamazepina e ácido valpróico, porém, existe relato de neurotoxicidade com a carbamazepina.

IV – Os antiinflamatórios não-esteróides podem reduzir a depuração renal do lítio e aumentar suas concentrações séricas.

V – As xantinas (aminofilina, cafeína e teofilina) aumentam a depuração renal do lítio.

 

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3020407 Ano: 2008
Disciplina: Psiquiatria
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG

O Transtorno esquizoafetivo com suas características do transtorno esquizofrênico e dos transtornos do humor impõe ao clínico desafios para seu diagnóstico.

Dentre os critérios diagnósticos abaixo do DSM-IV TR ou CID 10, marque a alternativa INCORRETA:

 

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3020402 Ano: 2008
Disciplina: Medicina
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG

Após mais de 70 da sua introdução a Eletroconvulsoterapia (ECT) permanece um tratamento importante, efetivo e seguro para uma série de transtornos neuropsiquiátricos. As afirmativas abaixo sobre este tratamento podem ser falsas ou verdadeiras; marque a alternativa CORRETA:

I – A depressão maior, especialmente no idoso, é a indicação mais comum dessa prática.

II – Em 1934 Von Meduna descreveu um tratamento bem sucedido da catatonia com crises convulsivas induzidas farmacologicamente. Com base neste trabalho, em 1938, Cerletti e Bini administraram o primeiro tratamento eletroconvulsivo.

III – Apesar do seu êxito terapêutico, na atualidade, a ECT tornou-se um tratamento obsoleto e pouco prescrito nos EUA, com menos de 1000 pacientes tratados anualmente.

IV – A indução da convulsão bilateral generalizada e o envolvimento de todos os neurônios das estruturas cerebrais profundas (núcleos da base e tálamo) é necessária para o êxito completo do tratamento.

V – A ECT é eficaz no tratamento da catatonia, na síndrome neuroléptica malígna, no fenômeno liga-desliga da doença de Parkinson e tratamento de escolha para mulheres grávidas suicidas.

 

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3020397 Ano: 2008
Disciplina: Medicina
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG

A intoxicação moderada a grave por lítio, com litemia entre 2,0 a 2,5mEq/L correlaciona-se com um dos grupos de sintomas abaixo.

Marque a alternativa CORRETA:

 

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3020390 Ano: 2008
Disciplina: Medicina
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG

Com relação aos uso de antipsicóticos a afirmativa INCORRETA, é:

 

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Examine as frases:

1. Quero saber você não entendeu a ironia.

2. Conte-me essa sutileza.

3. As incompreensões eu passei foram muitas.

4. Você está com um jeito Bope de ser. Diga-me .

5. Deixem-me ir agora, estou agitado.

6. Tudo na vida tem um .

A série que completa corretamente – pela ordem – as lacunas acima é:

 

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O artigo 5º da Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988, elenca os direitos e os deveres individuais e coletivos afirmando que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

Com base na afirmação acima marque a única opção CORRETA.

 

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3020366 Ano: 2008
Disciplina: Psiquiatria
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG

O risco de suicídio é definido como a probabilidade de que uma ideação suicida ou uma tentativa de suicídio levem ao ato suicida e que tenham como desfecho a morte auto-induzida. Na avaliação deste risco é CORRETO afirmar:

 

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3020360 Ano: 2008
Disciplina: Medicina
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG

Quanto ao uso de antidepressivos, assinale a alternativa INCORRETA:

 

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