Magna Concursos

Foram encontradas 50 questões.

328597 Ano: 2010
Disciplina: Atualidades e Conhecimentos Gerais
Banca: IFS
Orgão: IFS
Recentemente, a mídia brasileira mostrou algumas catástrofes associadas ao meio ambiente brasileiro, especialmente no Rio de Janeiro. Existem uma série de fatores que podem produzir esses fatos. Com relação às chuvas intensas que ocorreram nesse local, entre os responsáveis estão.
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
328596 Ano: 2010
Disciplina: Atualidades e Conhecimentos Gerais
Banca: IFS
Orgão: IFS
A terceira revolução industrial, que se iniciou no fim dos anos 1970 e se encontra em andamento, deverá atingir o seu maior desenvolvimento no transcorrer do século XXI. Julgue o ítem incorreto com relação a essa perspectiva para o século XXI:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
312726 Ano: 2010
Disciplina: Direito Administrativo
Banca: IFS
Orgão: IFS
Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado:

I. Por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria;
II. No interesse da administração, desde que a aposentadoria tenha sido involuntária;
III. No interesse da administração, desde que estável quando na atividade;
IV.No interesse da administração, desde que a aposentadoria tenha ocorrido nos dez anos anteriores à solicitação.

Considerando os itens apresentados, marque a opção adequada:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
312725 Ano: 2010
Disciplina: Direito Administrativo
Banca: IFS
Orgão: IFS
Responda a opção incorreta:
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
75326 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: IFS
Orgão: IFS
Provas:

TEXTO IV

Cotas ampliam a possibilidade de mobilidade social

A política de cotas, seja racial ou social, representa um dos mais expressivos avanços da sociedade brasileira com vistas a reparar a sua histórica e quase naturalizada política de discriminação e intolerância. Em nosso país “varonil”, democracia, liberdade e igualdade de direitos e oportunidades, durante muito tempo e para muitos, só teve sentido quando não conflitava com os interesses pessoais ou de grupos político, ideológico e economicamente hegemônicos. As cotas, além de ampliar a possibilidade de mobilidade social, revigoram o necessário debate sobre lutas de classe, intolerância e naturalização dos fenômenos históricos.

Na grande teia global, onde a uniformização dos traços materiais e simbólicos se impõe de modo avassalador, qualquer movimento em descompasso com a ordem costuma ser intransigentemente desqualificado. A tônica liberal do estabelecimento por competência se reafirma e discrimina qualquer perspectiva que culpe o sistema pelo atual estado de parcelas expressivas das populações negras e pobres. Para os da “competente e competitiva ordem” os problemas dessas populações carentes se iniciam e se encerram nelas mesmas, são elas a raiz e copa da frondosa árvore de maus frutos sociais. Os discursos que se arvoram na defesa da meritocracia liberal são excludentes e estão convencidos e comprometidos com o convencimento de que é democrático e justo tratar com igualdade os desiguais, oferecendo aos sem oportunidades (leia-se sem qualidade de educação, sem boa saúde, sem saneamento, sem respeito, sem etc...), a oportunidade de concorrer e alcançar os mais destacados papéis e status sociais. Mera quimera!

Incisivas críticas anti-cotas são vociferadas por diversas instituições privadas de Ensino Médio, que têm nos índices de aprovação dos vestibulares a pretensa e frágil certificação da sua qualidade.Aqui, nas terras do cacique Serigy, até passeatas já foram realizadas pelos que se diziam preocupados com os “riscos” que o acesso dos negros e pobres poderiam causar à qualidade do Ensino Superior sergipano. Mas o que realmente se descortina no gesto “cívico” dos serygienses do Ensino Médio privado é um deslavado sentimento de posse das vagas do Ensino Superior público. Professores, alunos e direção, que raciocinam prioritariamente pelo método falso-verdadeiro como se o maniqueísmo das suas sentenças fosse um representação válida e coerente da qualidade da boa educação.

Para mim, filho e neto de negros pobres, a ocupação de papéis e status no ambiente acadêmico não foram resultantes de cotas, pois elas ainda não estavam estabelecidas, mas se já as tivessem faria questão de ingressar ao Ensino Superior por esta via, pois entendo as cotas, raciais ou sociais, como um instrumento, sobretudo, político e, portanto uma ação de poder que resulta da luta organizada dos movimentos sociais. Cotas não são um benefício, uma premiação ou uma demonstração de arrependimento ou piedade, são instrumentos, tentativas de reparação das injustiças de um cenário em que a pretos e pobres sempre foram reservadas cotas nos papéis de bandidos.

(Antonio Bittencourt Júnior, Coordenador do curso de História da Unit, graduado em História pela UFS e mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. 12/08/2008 – INFONET)

Considerando pelo menos três dos quatro textos, só não podemos inferir o seguinte:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
75325 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: IFS
Orgão: IFS
Provas:

TEXTO IV

Cotas ampliam a possibilidade de mobilidade social

A política de cotas, seja racial ou social, representa um dos mais expressivos avanços da sociedade brasileira com vistas a reparar a sua histórica e quase naturalizada política de discriminação e intolerância. Em nosso país “varonil”, democracia, liberdade e igualdade de direitos e oportunidades, durante muito tempo e para muitos, só teve sentido quando não conflitava com os interesses pessoais ou de grupos político, ideológico e economicamente hegemônicos. As cotas, além de ampliar a possibilidade de mobilidade social, revigoram o necessário debate sobre lutas de classe, intolerância e naturalização dos fenômenos históricos.

Na grande teia global, onde a uniformização dos traços materiais e simbólicos se impõe de modo avassalador, qualquer movimento em descompasso com a ordem costuma ser intransigentemente desqualificado. A tônica liberal do estabelecimento por competência se reafirma e discrimina qualquer perspectiva que culpe o sistema pelo atual estado de parcelas expressivas das populações negras e pobres. Para os da “competente e competitiva ordem” os problemas dessas populações carentes se iniciam e se encerram nelas mesmas, são elas a raiz e copa da frondosa árvore de maus frutos sociais. Os discursos que se arvoram na defesa da meritocracia liberal são excludentes e estão convencidos e comprometidos com o convencimento de que é democrático e justo tratar com igualdade os desiguais, oferecendo aos sem oportunidades (leia-se sem qualidade de educação, sem boa saúde, sem saneamento, sem respeito, sem etc...), a oportunidade de concorrer e alcançar os mais destacados papéis e status sociais. Mera quimera!

Incisivas críticas anti-cotas são vociferadas por diversas instituições privadas de Ensino Médio, que têm nos índices de aprovação dos vestibulares a pretensa e frágil certificação da sua qualidade.Aqui, nas terras do cacique Serigy, até passeatas já foram realizadas pelos que se diziam preocupados com os “riscos” que o acesso dos negros e pobres poderiam causar à qualidade do Ensino Superior sergipano. Mas o que realmente se descortina no gesto “cívico” dos serygienses do Ensino Médio privado é um deslavado sentimento de posse das vagas do Ensino Superior público. Professores, alunos e direção, que raciocinam prioritariamente pelo método falso-verdadeiro como se o maniqueísmo das suas sentenças fosse um representação válida e coerente da qualidade da boa educação.

Para mim, filho e neto de negros pobres, a ocupação de papéis e status no ambiente acadêmico não foram resultantes de cotas, pois elas ainda não estavam estabelecidas, mas se já as tivessem faria questão de ingressar ao Ensino Superior por esta via, pois entendo as cotas, raciais ou sociais, como um instrumento, sobretudo, político e, portanto uma ação de poder que resulta da luta organizada dos movimentos sociais. Cotas não são um benefício, uma premiação ou uma demonstração de arrependimento ou piedade, são instrumentos, tentativas de reparação das injustiças de um cenário em que a pretos e pobres sempre foram reservadas cotas nos papéis de bandidos.

(Antonio Bittencourt Júnior, Coordenador do curso de História da Unit, graduado em História pela UFS e mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. 12/08/2008 – INFONET)

Em “...que têm nos índices de aprovação dos vestibulares a pretensa e frágil certificação...”

I. A eliminação das vírgulas alteraria o sentido.

II. O elemento sublinhado tem função sintática.

III. Temos aí uma oração subordinada que restringe o sentido da principal.

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas

TEXTO IV

Cotas ampliam a possibilidade de mobilidade social

A política de cotas, seja racial ou social, representa um dos mais expressivos avanços da sociedade brasileira com vistas a reparar a sua histórica e quase naturalizada política de discriminação e intolerância. Em nosso país “varonil”, democracia, liberdade e igualdade de direitos e oportunidades, durante muito tempo e para muitos, só teve sentido quando não conflitava com os interesses pessoais ou de grupos político, ideológico e economicamente hegemônicos. As cotas, além de ampliar a possibilidade de mobilidade social, revigoram o necessário debate sobre lutas de classe, intolerância e naturalização dos fenômenos históricos.

Na grande teia global, onde a uniformização dos traços materiais e simbólicos se impõe de modo avassalador, qualquer movimento em descompasso com a ordem costuma ser intransigentemente desqualificado. A tônica liberal do estabelecimento por competência se reafirma e discrimina qualquer perspectiva que culpe o sistema pelo atual estado de parcelas expressivas das populações negras e pobres. Para os da “competente e competitiva ordem” os problemas dessas populações carentes se iniciam e se encerram nelas mesmas, são elas a raiz e copa da frondosa árvore de maus frutos sociais. Os discursos que se arvoram na defesa da meritocracia liberal são excludentes e estão convencidos e comprometidos com o convencimento de que é democrático e justo tratar com igualdade os desiguais, oferecendo aos sem oportunidades (leia-se sem qualidade de educação, sem boa saúde, sem saneamento, sem respeito, sem etc...), a oportunidade de concorrer e alcançar os mais destacados papéis e status sociais. Mera quimera!

Incisivas críticas anti-cotas são vociferadas por diversas instituições privadas de Ensino Médio, que têm nos índices de aprovação dos vestibulares a pretensa e frágil certificação da sua qualidade.Aqui, nas terras do cacique Serigy, até passeatas já foram realizadas pelos que se diziam preocupados com os “riscos” que o acesso dos negros e pobres poderiam causar à qualidade do Ensino Superior sergipano. Mas o que realmente se descortina no gesto “cívico” dos serygienses do Ensino Médio privado é um deslavado sentimento de posse das vagas do Ensino Superior público. Professores, alunos e direção, que raciocinam prioritariamente pelo método falso-verdadeiro como se o maniqueísmo das suas sentenças fosse um representação válida e coerente da qualidade da boa educação.

Para mim, filho e neto de negros pobres, a ocupação de papéis e status no ambiente acadêmico não foram resultantes de cotas, pois elas ainda não estavam estabelecidas, mas se já as tivessem faria questão de ingressar ao Ensino Superior por esta via, pois entendo as cotas, raciais ou sociais, como um instrumento, sobretudo, político e, portanto uma ação de poder que resulta da luta organizada dos movimentos sociais. Cotas não são um benefício, uma premiação ou uma demonstração de arrependimento ou piedade, são instrumentos, tentativas de reparação das injustiças de um cenário em que a pretos e pobres sempre foram reservadas cotas nos papéis de bandidos.

(Antonio Bittencourt Júnior, Coordenador do curso de História da Unit, graduado em História pela UFS e mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. 12/08/2008 – INFONET)

Ainda sobre o texto se conclui:

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
75323 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: IFS
Orgão: IFS
Provas:

TEXTO IV

Cotas ampliam a possibilidade de mobilidade social

A política de cotas, seja racial ou social, representa um dos mais expressivos avanços da sociedade brasileira com vistas a reparar a sua histórica e quase naturalizada política de discriminação e intolerância. Em nosso país “varonil”, democracia, liberdade e igualdade de direitos e oportunidades, durante muito tempo e para muitos, só teve sentido quando não conflitava com os interesses pessoais ou de grupos político, ideológico e economicamente hegemônicos. As cotas, além de ampliar a possibilidade de mobilidade social, revigoram o necessário debate sobre lutas de classe, intolerância e naturalização dos fenômenos históricos.

Na grande teia global, onde a uniformização dos traços materiais e simbólicos se impõe de modo avassalador, qualquer movimento em descompasso com a ordem costuma ser intransigentemente desqualificado. A tônica liberal do estabelecimento por competência se reafirma e discrimina qualquer perspectiva que culpe o sistema pelo atual estado de parcelas expressivas das populações negras e pobres. Para os da “competente e competitiva ordem” os problemas dessas populações carentes se iniciam e se encerram nelas mesmas, são elas a raiz e copa da frondosa árvore de maus frutos sociais. Os discursos que se arvoram na defesa da meritocracia liberal são excludentes e estão convencidos e comprometidos com o convencimento de que é democrático e justo tratar com igualdade os desiguais, oferecendo aos sem oportunidades (leia-se sem qualidade de educação, sem boa saúde, sem saneamento, sem respeito, sem etc...), a oportunidade de concorrer e alcançar os mais destacados papéis e status sociais. Mera quimera!

Incisivas críticas anti-cotas são vociferadas por diversas instituições privadas de Ensino Médio, que têm nos índices de aprovação dos vestibulares a pretensa e frágil certificação da sua qualidade.Aqui, nas terras do cacique Serigy, até passeatas já foram realizadas pelos que se diziam preocupados com os “riscos” que o acesso dos negros e pobres poderiam causar à qualidade do Ensino Superior sergipano. Mas o que realmente se descortina no gesto “cívico” dos serygienses do Ensino Médio privado é um deslavado sentimento de posse das vagas do Ensino Superior público. Professores, alunos e direção, que raciocinam prioritariamente pelo método falso-verdadeiro como se o maniqueísmo das suas sentenças fosse um representação válida e coerente da qualidade da boa educação.

Para mim, filho e neto de negros pobres, a ocupação de papéis e status no ambiente acadêmico não foram resultantes de cotas, pois elas ainda não estavam estabelecidas, mas se já as tivessem faria questão de ingressar ao Ensino Superior por esta via, pois entendo as cotas, raciais ou sociais, como um instrumento, sobretudo, político e, portanto uma ação de poder que resulta da luta organizada dos movimentos sociais. Cotas não são um benefício, uma premiação ou uma demonstração de arrependimento ou piedade, são instrumentos, tentativas de reparação das injustiças de um cenário em que a pretos e pobres sempre foram reservadas cotas nos papéis de bandidos.

(Antonio Bittencourt Júnior, Coordenador do curso de História da Unit, graduado em História pela UFS e mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. 12/08/2008 – INFONET)

A partir do texto se conclui que as cotas

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas

TEXTO IV

Cotas ampliam a possibilidade de mobilidade social

A política de cotas, seja racial ou social, representa um dos mais expressivos avanços da sociedade brasileira com vistas a reparar a sua histórica e quase naturalizada política de discriminação e intolerância. Em nosso país “varonil”, democracia, liberdade e igualdade de direitos e oportunidades, durante muito tempo e para muitos, só teve sentido quando não conflitava com os interesses pessoais ou de grupos político, ideológico e economicamente hegemônicos. As cotas, além de ampliar a possibilidade de mobilidade social, revigoram o necessário debate sobre lutas de classe, intolerância e naturalização dos fenômenos históricos.

Na grande teia global, onde a uniformização dos traços materiais e simbólicos se impõe de modo avassalador, qualquer movimento em descompasso com a ordem costuma ser intransigentemente desqualificado. A tônica liberal do estabelecimento por competência se reafirma e discrimina qualquer perspectiva que culpe o sistema pelo atual estado de parcelas expressivas das populações negras e pobres. Para os da “competente e competitiva ordem” os problemas dessas populações carentes se iniciam e se encerram nelas mesmas, são elas a raiz e copa da frondosa árvore de maus frutos sociais. Os discursos que se arvoram na defesa da meritocracia liberal são excludentes e estão convencidos e comprometidos com o convencimento de que é democrático e justo tratar com igualdade os desiguais, oferecendo aos sem oportunidades (leia-se sem qualidade de educação, sem boa saúde, sem saneamento, sem respeito, sem etc...), a oportunidade de concorrer e alcançar os mais destacados papéis e status sociais. Mera quimera!

Incisivas críticas anti-cotas são vociferadas por diversas instituições privadas de Ensino Médio, que têm nos índices de aprovação dos vestibulares a pretensa e frágil certificação da sua qualidade.Aqui, nas terras do cacique Serigy, até passeatas já foram realizadas pelos que se diziam preocupados com os “riscos” que o acesso dos negros e pobres poderiam causar à qualidade do Ensino Superior sergipano. Mas o que realmente se descortina no gesto “cívico” dos serygienses do Ensino Médio privado é um deslavado sentimento de posse das vagas do Ensino Superior público. Professores, alunos e direção, que raciocinam prioritariamente pelo método falso-verdadeiro como se o maniqueísmo das suas sentenças fosse um representação válida e coerente da qualidade da boa educação.

Para mim, filho e neto de negros pobres, a ocupação de papéis e status no ambiente acadêmico não foram resultantes de cotas, pois elas ainda não estavam estabelecidas, mas se já as tivessem faria questão de ingressar ao Ensino Superior por esta via, pois entendo as cotas, raciais ou sociais, como um instrumento, sobretudo, político e, portanto uma ação de poder que resulta da luta organizada dos movimentos sociais. Cotas não são um benefício, uma premiação ou uma demonstração de arrependimento ou piedade, são instrumentos, tentativas de reparação das injustiças de um cenário em que a pretos e pobres sempre foram reservadas cotas nos papéis de bandidos.

(Antonio Bittencourt Júnior, Coordenador do curso de História da Unit, graduado em História pela UFS e mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. 12/08/2008 – INFONET)

Em “...o acesso dos negros e pobres poderiam causar à qualidade do Ensino Superior sergipano...”, só não se pode afirmar que

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas
75321 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: IFS
Orgão: IFS
Provas:

TEXTO IV

Cotas ampliam a possibilidade de mobilidade social

A política de cotas, seja racial ou social, representa um dos mais expressivos avanços da sociedade brasileira com vistas a reparar a sua histórica e quase naturalizada política de discriminação e intolerância. Em nosso país “varonil”, democracia, liberdade e igualdade de direitos e oportunidades, durante muito tempo e para muitos, só teve sentido quando não conflitava com os interesses pessoais ou de grupos político, ideológico e economicamente hegemônicos. As cotas, além de ampliar a possibilidade de mobilidade social, revigoram o necessário debate sobre lutas de classe, intolerância e naturalização dos fenômenos históricos.

Na grande teia global, onde a uniformização dos traços materiais e simbólicos se impõe de modo avassalador, qualquer movimento em descompasso com a ordem costuma ser intransigentemente desqualificado. A tônica liberal do estabelecimento por competência se reafirma e discrimina qualquer perspectiva que culpe o sistema pelo atual estado de parcelas expressivas das populações negras e pobres. Para os da “competente e competitiva ordem” os problemas dessas populações carentes se iniciam e se encerram nelas mesmas, são elas a raiz e copa da frondosa árvore de maus frutos sociais. Os discursos que se arvoram na defesa da meritocracia liberal são excludentes e estão convencidos e comprometidos com o convencimento de que é democrático e justo tratar com igualdade os desiguais, oferecendo aos sem oportunidades (leia-se sem qualidade de educação, sem boa saúde, sem saneamento, sem respeito, sem etc...), a oportunidade de concorrer e alcançar os mais destacados papéis e status sociais. Mera quimera!

Incisivas críticas anti-cotas são vociferadas por diversas instituições privadas de Ensino Médio, que têm nos índices de aprovação dos vestibulares a pretensa e frágil certificação da sua qualidade.Aqui, nas terras do cacique Serigy, até passeatas já foram realizadas pelos que se diziam preocupados com os “riscos” que o acesso dos negros e pobres poderiam causar à qualidade do Ensino Superior sergipano. Mas o que realmente se descortina no gesto “cívico” dos serygienses do Ensino Médio privado é um deslavado sentimento de posse das vagas do Ensino Superior público. Professores, alunos e direção, que raciocinam prioritariamente pelo método falso-verdadeiro como se o maniqueísmo das suas sentenças fosse um representação válida e coerente da qualidade da boa educação.

Para mim, filho e neto de negros pobres, a ocupação de papéis e status no ambiente acadêmico não foram resultantes de cotas, pois elas ainda não estavam estabelecidas, mas se já as tivessem faria questão de ingressar ao Ensino Superior por esta via, pois entendo as cotas, raciais ou sociais, como um instrumento, sobretudo, político e, portanto uma ação de poder que resulta da luta organizada dos movimentos sociais. Cotas não são um benefício, uma premiação ou uma demonstração de arrependimento ou piedade, são instrumentos, tentativas de reparação das injustiças de um cenário em que a pretos e pobres sempre foram reservadas cotas nos papéis de bandidos.

(Antonio Bittencourt Júnior, Coordenador do curso de História da Unit, graduado em História pela UFS e mestre em Comunicação e Cultura pela UFRJ. 12/08/2008 – INFONET)

O emprego das aspas em “varonil” se justifica como marca de

 

Provas

Questão presente nas seguintes provas