A questão tomará por base o seguinte texto, que inicia o romance Palha de Arroz:
Ruas quietas dentro duma tarde cinzenta de janeiro. Quase nada de movimento por aqueles becos estreitos e sujos entre casas pobres. O sol assim como se enferrujado. Quase mesmo que querendo se apagar de todo. Era assim uma coisa como se o próprio tempo estivesse de propósito para abafar o movimento daquelas vivalmas que por ali labutavam e faziam outras coisas. Palha de Arroz não era bairro, nem de longe, propenso a tamanha tranquilidade. Já a tarde ia-se findando. E não aparecia um vivente para fechar o ponto do dia, ou mesmo abrir o programa da noite que já vinha vindo bem perto. Tudo silente. Tudo parado que nem água de poço.
Às portas dos armazéns, estivadores trabalhavam dando os últimos pospontos em sacos de oiticica, cera de carnaúba, babaçu. Já outros batiam e dobravam peles e espichados. Foi quando Parente, terminando sua tarefa, saiu assim rumo à ribanceira do rio. Jogou os panos fora e caiu n'água para derreter, mesmo sem sabão, ao menos a metade do grude. Alguns carroceiros, que davam jantar aos burros, atiraram-lhe pilhérias pesadas. Logo Parente lhes deu notícias das mães. Ninguém, entretanto, ao menos de leve se queimou. Qualquer um já bem sabia quem era aquele safado. Já ia para coisa de dez anos que morava na Barrinha. (...) Já ia pardejando. Genoveva passou rebolando as ancas dentro duma saia de chita, subindo a rampa do cais. Toda imponente, empinada. Dengosa de faceira! Só que com o pescoço duro e meio torto, para a lata d'água não vomitar golfadas em seu corpo.
(Fontes Ibiapina: Palha de Arroz. Teresina: Corisco, 2002, p. 11-2)
Quando Parente “caiu n'água para derreter", alguns carroceiros “atiraram-lhe pilhérias pesadas", o que fez com que Parente
Voltando-se para a busca da melhoria da qualidade em educação, a avaliação institucional se traduz num instrumento de
aprimoramento da gestão pedagógica e administrativa, tanto dos sistemas educacionais quanto das instituições escolares.
Para LIBÂNEO (2004), a avaliação institucional desempenha um papel primordial no desenvolvimento do sistema de
organização e gestão dos sistemas escolares e das escolas.
Ela visa à obtenção de dados quantitativos e qualitativos sobre os discentes, os docentes, “a estrutura organizacional, os
recursos físicos e materiais, as práticas de gestão, a produtividade dos cursos e dos professores etc., com o objetivo de emitir
juízos valorativos e tomar decisões em relação ao desenvolvimento da instituição.”
Essa avaliação é também chamada de...
Afinal, o que são barreiras à aprendizagem? São os entraves que existem no dia a dia na escola, quando temos de lidar com a
existência de sentimentos, atitudes, ideias ou interesses conflitantes e colidentes, que a qualquer momento podem se chocar.
(Chiavenatto, 1999)
Barreiras existem para todos os discentes e docentes do sistema educacional, sejam eles os alunos ditos normais ou aqueles
que necessitam de cuidados especiais, aqueles(as) que requerem ajuda e apoio para os que precisam de superação, o que não
nos autoriza a rotulá-los como alunos "com defeito",
Se quisermos buscar os defeitos, talvez tenhamos que encontra-los no próprio sistema educacional ou na escola, seja pela
ideologia dos administradores, seja pelas situações em que o processo ensino-aprendizagem ocorre. Todos já
experimentamos dificuldades e enfrentamos barreiras.
Na sociedade, em geral, e nas comunidades escolares, em particular - as mais significativas são as barreiras atitudinais. Na
medida em que não sabemos, não queremos ou não dispomos de meios para enfrentá-la...
Segundo Libâneo (2004), a formação de professores pressupõe intencionalidades políticas, éticas, didáticas em relação às
qualidades humanas, sociais, cognitivas esperadas dos alunos que passam pela escola.
No passado, a Didática privilegiava mais a relação teoria/prática, com maior ênfase ora nos aspectos materiais ora nos
aspectos formais do ensino, entre a formação cultural/científica e a experiência sociocultural dos alunos.
Agora, caberia apostar mais na universalidade da cultura escolar. À escola caberia transmitir saberes públicos a todos,
independente das circunstâncias/interesses particulares.
Paralelamente, intercalando os conteúdos, caberia considerar a experiência...
Indicador social é uma medida quantitativa usada para traduzir uma situação social abstrata, de interesse teórico.
É utilizada para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social, que é utilizado em pesquisas acadêmicas ou na
formulação de políticas. Ou seja, são estatísticas obtidas, por meio de pesquisas de dados abstratos de uma determinada
sociedade, região ou país e se prestam a subsidiar as atividades de planejamento público e a formulação de políticas sociais
nas diferentes esferas de governo. Conforme Jannuzzi (2006), é importante destacar que os indicadores sociais, possibilitam o monitoramento das condições de
vida e o bem-estar da população por parte do poder público e da sociedade civil, permitindo o aprofundamento da
investigação acadêmica sobre...
Toda ação formadora acontece em uma relação interpessoal, onde homens e mulheres se manifestam. Esses sujeitos não
podem ser focados como simples atores da ação formadora ou deformadora das tecnologias, bem como da reorganização da
produção e do trabalho. Os indivíduos que se representam nessa concretização, assim o fazem através das próprias vivências
pessoais, culturais, históricas, representativas, éticas, subjetividades, afetividade etc, enfim em sua condição humana.
Logo, o dado fulcral das contribuições sobre a relação trabalho-educação é ...
Segundo Matoan (2010), uma escola não pode recusar a matrícula de um aluno com algum tipo de deficiência por causa da
nossa Constituição de 1988, que garante o direito à educação a todas as crianças, indiscriminadamente.
A LDB/ 1996, no inciso III, do Art. 4º, do TÍTULO III - Do Direito à Educação e do Dever de Educar – estabelece o
“atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente...”
As turmas são formada pelos discentes, oriundos das diferentes culturas existentes no entorno da escola.
A partir dessa constatação, o docente poderá traçar seu planejamento, promovendo a adequação do currículo escolar à
realidade dos discentes, fazendo as adaptações para trabalhar os conteúdos de forma significativa e propondo atividades que
incentivem os alunos a participar.
A diversidade cultural é um fator extremamente importante para a formação dos alunos, pois é a melhor maneira de mostrar
aos alunos que existem outras culturas, que elas são diferentes e que precisamos conviver em harmonia, desenvolvendo uma
parceria efetiva, onde o respeito e a aceitação dessas diferenças são o ponto de partida para a realização existencial do ser humano. Dessa forma, o docente proporcionar uma formação mais ampla e cheia de significados aos alunos, no sentido de fazer com
que eles interajam no real, se auto descobrindo e aos demais, pois muitas vezes o aluno desconhece as possibilidades
existentes dentro da própria cultura.
Gadotti (2000) salienta que somente se pode dar conta desta tarefa se tivermos...
Entender a diversidade cultural e étnica dos diferentes grupos sociais, que compõem sociedade brasileira, significa constatar
sua multiculturalidade. Reconhecer que a diversidade cultural envolve relativizar um pouco o saber e a memória nacional
resguardada nas formas de obra de arte, livro, arquivo e monumentos, aceitando outro tipo de saber, buscando o que tem de
reacionarismo. Quando aceitamos o que tem realmente valor, no cotidiano das pessoas, é que reconhecermos a riqueza da
diversidade de forma democrática. Significa também ter que descobrir a verdade das desigualdades no acesso a bens
culturais e econômicos por parte dos diferentes grupos, em que determinantes de classe social, gênero, raça e diversidade
cultural agem de forma significativa.
Isso tudo só ganha sentido democrático, quando esse saber se junta a um projeto de enraizamento do lugar onde estamos, do
quê e de como somos e não como deveríamos ser.
Recriamos esse saber ou nos reapoderamos dele por um discurso, uma fala, uma ação vinculados a...
A inclusão como processo, aloca indivíduos e grupos numa interação diária, gerando a construção de saberes e sentidos que
estimulam as dinâmicas comportamentais, criando formas de interpretar a realidade vivenciada em conjunto e ressaltando às
relações intersubjetivas.
É no convívio humano, no diálogo, na reflexão e na autonomia, que docentes e discentes recuperam a relação necessária para
enfrentar suas dificuldades e para seu crescimento enquanto indivíduos e cidadãos, perante o conhecimento. O grupo é o
campo privilegiado para tal interação.
Segundo TATAGIBA (2002), sempre que se formar um novo grupo, cada sujeito buscará preencher seu espaço, tentando
encontrar e estabelecer os limites de sua atuação: o que vai dar de si, como se mostrará, qual é seu papel.
cada um dos elementos que compõe o grupo, aos quais se junta, precisa sentir-se....