Foram encontradas 56 questões.
“O depoimento deve ser devolvido ao seu autor. Se o intelectual quando escreve, apaga, modifica, volta atrás, o memorialista tem o mesmo direito de ouvir e mudar o que narrou. Mesmo a mais simples das pessoas tem esse direito, sem o qual a narrativa parece roubada.”
(BOSI, Ecléa. O Tempo Vivo da Memória: ensaios de psicologia social. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003, p.66)
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“... a memória coletiva foi posta em jogo de forma importante na luta de forças sociais pelo poder. Tornarem-se senhores da memória e do esquecimento é uma das grandes preocupações das classes, dos grupos, dos indivíduos que dominaram e dominam as sociedades históricas. Os esquecimentos e os silêncios da história são reveladores desses mecanismos de manipulação da memória coletiva.”
Le GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1990, p.426.
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“... a contradição do capitalismo atravessa também a questão relativa ao conhecimento: se essa sociedade é baseada na propriedade privada dos meios de produção e se a ciência, como conhecimento, é um meio de produção, deveria ser propriedade privada da classe dominante.
No entanto, os trabalhadores não podem ser expropriados de forma absoluta dos conhecimentos, porque, sem conhecimento, eles não podem produzir e, se eles não trabalham, não acrescentam valor ao capital.
Desse modo, a sociedade capitalista desenvolveu mecanismos através dos quais procura expropriar o conhecimento dos trabalhadores e sistematizar, elaborar esses conhecimentos, e devolvê-los na forma parcelada.”
(SAVIANI, Dermeval. O choque teórico da politecnia. Trabalho, Educação e Saúde, 2003, p.137).
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A Fundação SESP (Serviço Especial de Saúde Pública) teve importante atuação no treinamento de pessoal para a saúde no Brasil. Sobre tal atuação, é correto afirmar que:
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“A análise crítica dos processos sociais mal analisados e mal dominados que atuam, sem o conhecimento do pesquisador e com sua cumplicidade, na construção dessa espécie de artefato socialmente irrepreensível que é a 'história de vida' e, em particular, no privilégio concedido à sucessão longitudinal dos acontecimentos constitutivos da vida considerada como história em relação ao espaço social no qual eles se realizam não é em si mesma um fim.
Ela conduz à construção da noção de trajetória como série de posições sucessivamente ocupadas por um mesmo agente (ou um mesmo grupo) num espaço que é ele próprio um devir, estando sujeito a incessantes transformações. Tentar compreender uma vida como uma série única e por si suficiente de acontecimentos sucessivos (…) é quase tão absurdo quanto tentar explicar a razão de um trajeto no metrô sem levar em conta a estrutura da rede, isto é, a matriz das relações objetivas entre as diferentes estações.”
BOURDIEU, Pierre, A ilusão biográfica. (In Usos e Abusos da História Oral. Amado, J. E Ferreira, M. M. (coord.)
Rio de Janeiro: Editora FGV, 1996, pp.189-190.):
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O documento-síntese do Seminário de Trabalho “Estado, sociedade e formação profissional em saúde: contradições e desafios em 20 anos de SUS” apresenta como um de seus itens “Diretrizes para uma Formação Profissional em Saúde de caráter emancipatório”. Ali afirma-se que:
“A construção da formação em saúde visando à emancipação a partir da perspectiva dialética deve analisar as dimensões objetiva e subjetiva da formação humana, a partir do entendimento de que a subjetividade dos trabalhadores está articulada às condições objetivas de vida e trabalho.”
[Matta, G. C. e Lima, J. C. F. (Org.) Debates e Síntese do Seminário Estado, sociedade e formação profissional em saúde: contradições e desafios em 20 anos de SUS. Rio de Janeiro: EPSJV, 2010. (Caderno de Debates, 3), p.226]
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Em 1986, a 8ª. Conferência Nacional de Saúde, evento de enorme importância para a mudança de rumos na saúde brasileira, definiu a ampliação do debate de alguns temas específicos, como a questão dos Recursos Humanos em Saúde, a partir das Conferências Temáticas.
A partir da I Conferência Nacional de Recursos Humanos em Saúde, ocorrida no mesmo ano, definiu-se a criação de Escolas Técnicas e Centros de Formação na área da saúde pelo poder público e o fortalecimento dos já existentes.
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Refletindo sobre continuidades e rupturas nas políticas voltadas à formação profissional no Brasil, o Decreto n. 2.208/97 deve ser avaliado como:
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Izabel dos Santos é considerada um ícone da luta pela formação profissional em saúde, porque:
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Enfocando a memória da educação profissional em saúde, pode-se afirmar que o Programa de Preparação Estratégica de Pessoal de Saúde (PPREPS), do Ministério da Saúde, assumiu destaque na construção de uma política voltada à formação profissional na área.
Sobre o PPREPS, analise as afirmativas a seguir.
I. A equipe do PPREPS iniciou o debate sobre a importância da formação profissional dos trabalhadores técnicos em saúde, visando superar o mero treinamento para a execução de determinadas tarefas, seja nos programas de saúde pública, seja nas atividades mais diretamente ligadas à assistência.
II. Um dos componentes do PPREPS era o estabelecimento de sistemas de desenvolvimento de recursos humanos em saúde nos estados brasileiros.
III. Izabel dos Santos, integrante da equipe do PPREPS, contribuiu para a constatação de que recursos humanos em saúde, para atender ao novo desenho dos serviços de saúde, precisavam ser abordados numa perspectiva sociológica e política.
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