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1873940 Ano: 2018
Disciplina: Matemática
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
Dada uma matriz A triangular superior e uma matriz B diagonal a multiplicação destas matrizes, ou seja, AB resultará em uma matriz do tipo?
 

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1873939 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
NÓS, OS LINCHADORES
Paulo Roberto Pires
Jornalista e professor de Comunicação da UFRJ
De Curitiba às mais longínquas periferias, grassa entre nós a ideia de que a vingança é mais rápida e eficiente do que a Justiça — e, por isso, deve substituí-la para salvar a pátria, o patrimônio ou a honra. Porteira aberta para a barbárie, esse princípio muitas vezes prevalece por meio de ardis perfeitamente legais, mas é mais frequente que se faça valer com paus e pedras. Tradição subterrânea do país abençoado por Deus e bonito por natureza, a cultura do linchamento é examinada em incômodos detalhes em A primeira pedra, documentário de Vladimir Seixas disponível no Futura Play.
O assunto é complexo e desconcertante. O ódio que aflora num linchamento certamente tem origem nos abismos sociais que se aprofundam sob a perversa orientação demofóbica que há muito define os que mandam. É fato que, quanto mais desassistido, mais vulnerável o cidadão está à ideia de fazer justiça com as próprias mãos — e, é claro, também de sofrê-la. Mas o horror não se explica apenas por conjunturas históricas e sociais: é no fator humano que está o busílis. Quando se instala a lei de talião, do olho por olho, a distância da palavra ao ato é menor do que se pode imaginar, como demonstram sobreviventes, parentes de vítimas, intelectuais e anônimos "cidadãos de bem" ouvidos no documentário.
"Se eu fosse atingida por uma violência, assassinassem um filho meu, eu ia ter vontade de fazer justiça com as próprias mãos", diz uma mulher, em off, num depoimento que abre o filme. "Eu sou uma cidadã de bem. Eu sou inclusive da área da saúde, então eu deveria zelar sempre pela vida. Mas, se fosse atingida, teria um espírito vingativo." Tem-se aí a medida da profundidade do buraco: cidadãos partem para o crime acreditando-se perfeitamente conformes à lei e à ordem.
José de Souza Martins, sociólogo da USP que há 30 anos estuda o tema e é consultor de A primeira pedra, calcula que cerca de 1 milhão de brasileiros tenham se envolvido em algum linchamento — hoje se acredita que uma pessoa por dia seja emboscada dessa forma. Trata-se de um ritual que vai além da explosão vingativa: não basta exterminar, é preciso supliciar a vítima. E, tão importante quanto sua imolação, é expor esse sofrimento de modo ritual, como se fundamentasse o exemplo.
Cleidenilson Pereira não tinha antecedentes criminais quando, aos 29 anos, tentou assaltar um botequim na periferia de São Luís, no Maranhão. Pego pela vizinhança, foi despido, amarrado a um poste e espancado até a morte. Mais sorte teve André Luiz Ribeiro. Confundido com o assaltante de um outro bar, este em São Paulo, foi preso por pai e filho, donos do estabelecimento, e apanhou até ser salvo por bombeiros — que resolveram dar crédito a seus apelos de inocência quando provou, numa inusitada aula sobre Revolução Francesa, que ganhava a vida como professor de história.
A popularização das redes sociais e a onipresença de câmeras em qualquer tempo e lugar só potencializaram a cultura do linchamento. Foi uma notícia falsa, a princípio postada no Facebook, que sentenciou Fabiane Maria de Jesus, que tinha 33 anos. Confundida com uma sequestradora de crianças, a dona de casa foi massacrada num bairro pobre do balneário paulista do Guarujá. De um grupo de WhatsApp veio o veredicto sobre Luiz Aurélio de Paula e sua mulher, também acusados de sequestrar menores. A mensagem trazia o áudio do pai de uma criança supostamente abordada e a foto do casal. Encurralados por centenas de pessoas em Araruama, no litoral fluminense, foram salvos por guardas civis. O carro deles foi incendiado.
O caldo em que fervem notícias falsas, afrontas aos direitos humanos e incitação à violência alimenta as turbas de linchadores que clamam por justiça.
E, não por acaso, nutre as propostas de governo do inominável candidato à Presidência. A primeira pedra faz ver melhor o presente e projeta uma distopia tenebrosa, que deve ser combatida sem relativismos. "Cidadãos de bem", um número significativo deles, parecem dispostos a referendar como política de Estado o que nesse documentário essencial é mostrado como o que de fato é: um crime bárbaro e sem atenuantes.
Adaptação: https://epoca.globo.com/paulo-roberto-pires/nos-os-linchadores-22855210, acesso em 12 de jul. de 2018.
A palavra acentuada pela mesma razão que violência é:
 

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1873938 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
NÓS, OS LINCHADORES
Paulo Roberto Pires
Jornalista e professor de Comunicação da UFRJ
De Curitiba às mais longínquas periferias, grassa entre nós a ideia de que a vingança é mais rápida e eficiente do que a Justiça — e, por isso, deve substituí-la para salvar a pátria, o patrimônio ou a honra. Porteira aberta para a barbárie, esse princípio muitas vezes prevalece por meio de ardis perfeitamente legais, mas é mais frequente que se faça valer com paus e pedras. Tradição subterrânea do país abençoado por Deus e bonito por natureza, a cultura do linchamento é examinada em incômodos detalhes em A primeira pedra, documentário de Vladimir Seixas disponível no Futura Play.
O assunto é complexo e desconcertante. O ódio que aflora num linchamento certamente tem origem nos abismos sociais que se aprofundam sob a perversa orientação demofóbica que há muito define os que mandam. É fato que, quanto mais desassistido, mais vulnerável o cidadão está à ideia de fazer justiça com as próprias mãos — e, é claro, também de sofrê-la. Mas o horror não se explica apenas por conjunturas históricas e sociais: é no fator humano que está o busílis. Quando se instala a lei de talião, do olho por olho, a distância da palavra ao ato é menor do que se pode imaginar, como demonstram sobreviventes, parentes de vítimas, intelectuais e anônimos "cidadãos de bem" ouvidos no documentário.
"Se eu fosse atingida por uma violência, assassinassem um filho meu, eu ia ter vontade de fazer justiça com as próprias mãos", diz uma mulher, em off, num depoimento que abre o filme. "Eu sou uma cidadã de bem. Eu sou inclusive da área da saúde, então eu deveria zelar sempre pela vida. Mas, se fosse atingida, teria um espírito vingativo." Tem-se aí a medida da profundidade do buraco: cidadãos partem para o crime acreditando-se perfeitamente conformes à lei e à ordem.
José de Souza Martins, sociólogo da USP que há 30 anos estuda o tema e é consultor de A primeira pedra, calcula que cerca de 1 milhão de brasileiros tenham se envolvido em algum linchamento — hoje se acredita que uma pessoa por dia seja emboscada dessa forma. Trata-se de um ritual que vai além da explosão vingativa: não basta exterminar, é preciso supliciar a vítima. E, tão importante quanto sua imolação, é expor esse sofrimento de modo ritual, como se fundamentasse o exemplo.
Cleidenilson Pereira não tinha antecedentes criminais quando, aos 29 anos, tentou assaltar um botequim na periferia de São Luís, no Maranhão. Pego pela vizinhança, foi despido, amarrado a um poste e espancado até a morte. Mais sorte teve André Luiz Ribeiro. Confundido com o assaltante de um outro bar, este em São Paulo, foi preso por pai e filho, donos do estabelecimento, e apanhou até ser salvo por bombeiros — que resolveram dar crédito a seus apelos de inocência quando provou, numa inusitada aula sobre Revolução Francesa, que ganhava a vida como professor de história.
A popularização das redes sociais e a onipresença de câmeras em qualquer tempo e lugar só potencializaram a cultura do linchamento. Foi uma notícia falsa, a princípio postada no Facebook, que sentenciou Fabiane Maria de Jesus, que tinha 33 anos. Confundida com uma sequestradora de crianças, a dona de casa foi massacrada num bairro pobre do balneário paulista do Guarujá. De um grupo de WhatsApp veio o veredicto sobre Luiz Aurélio de Paula e sua mulher, também acusados de sequestrar menores. A mensagem trazia o áudio do pai de uma criança supostamente abordada e a foto do casal. Encurralados por centenas de pessoas em Araruama, no litoral fluminense, foram salvos por guardas civis. O carro deles foi incendiado.
O caldo em que fervem notícias falsas, afrontas aos direitos humanos e incitação à violência alimenta as turbas de linchadores que clamam por justiça.
E, não por acaso, nutre as propostas de governo do inominável candidato à Presidência. A primeira pedra faz ver melhor o presente e projeta uma distopia tenebrosa, que deve ser combatida sem relativismos. "Cidadãos de bem", um número significativo deles, parecem dispostos a referendar como política de Estado o que nesse documentário essencial é mostrado como o que de fato é: um crime bárbaro e sem atenuantes.
Adaptação: https://epoca.globo.com/paulo-roberto-pires/nos-os-linchadores-22855210, acesso em 12 de jul. de 2018.
Marque a alternativa em que as palavras sublinhadas, no período “ Mas , se fosse atingida, teria um espírito vingativo”, estão corretamente classificadas quanto às classes de palavras, na ordem em que aparecem:
 

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1873937 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
NÓS, OS LINCHADORES
Paulo Roberto Pires
Jornalista e professor de Comunicação da UFRJ
De Curitiba às mais longínquas periferias, grassa entre nós a ideia de que a vingança é mais rápida e eficiente do que a Justiça — e, por isso, deve substituí-la para salvar a pátria, o patrimônio ou a honra. Porteira aberta para a barbárie, esse princípio muitas vezes prevalece por meio de ardis perfeitamente legais, mas é mais frequente que se faça valer com paus e pedras. Tradição subterrânea do país abençoado por Deus e bonito por natureza, a cultura do linchamento é examinada em incômodos detalhes em A primeira pedra, documentário de Vladimir Seixas disponível no Futura Play.
O assunto é complexo e desconcertante. O ódio que aflora num linchamento certamente tem origem nos abismos sociais que se aprofundam sob a perversa orientação demofóbica que há muito define os que mandam. É fato que, quanto mais desassistido, mais vulnerável o cidadão está à ideia de fazer justiça com as próprias mãos — e, é claro, também de sofrê-la. Mas o horror não se explica apenas por conjunturas históricas e sociais: é no fator humano que está o busílis. Quando se instala a lei de talião, do olho por olho, a distância da palavra ao ato é menor do que se pode imaginar, como demonstram sobreviventes, parentes de vítimas, intelectuais e anônimos "cidadãos de bem" ouvidos no documentário.
"Se eu fosse atingida por uma violência, assassinassem um filho meu, eu ia ter vontade de fazer justiça com as próprias mãos", diz uma mulher, em off, num depoimento que abre o filme. "Eu sou uma cidadã de bem. Eu sou inclusive da área da saúde, então eu deveria zelar sempre pela vida. Mas, se fosse atingida, teria um espírito vingativo." Tem-se aí a medida da profundidade do buraco: cidadãos partem para o crime acreditando-se perfeitamente conformes à lei e à ordem.
José de Souza Martins, sociólogo da USP que há 30 anos estuda o tema e é consultor de A primeira pedra, calcula que cerca de 1 milhão de brasileiros tenham se envolvido em algum linchamento — hoje se acredita que uma pessoa por dia seja emboscada dessa forma. Trata-se de um ritual que vai além da explosão vingativa: não basta exterminar, é preciso supliciar a vítima. E, tão importante quanto sua imolação, é expor esse sofrimento de modo ritual, como se fundamentasse o exemplo.
Cleidenilson Pereira não tinha antecedentes criminais quando, aos 29 anos, tentou assaltar um botequim na periferia de São Luís, no Maranhão. Pego pela vizinhança, foi despido, amarrado a um poste e espancado até a morte. Mais sorte teve André Luiz Ribeiro. Confundido com o assaltante de um outro bar, este em São Paulo, foi preso por pai e filho, donos do estabelecimento, e apanhou até ser salvo por bombeiros — que resolveram dar crédito a seus apelos de inocência quando provou, numa inusitada aula sobre Revolução Francesa, que ganhava a vida como professor de história.
A popularização das redes sociais e a onipresença de câmeras em qualquer tempo e lugar só potencializaram a cultura do linchamento. Foi uma notícia falsa, a princípio postada no Facebook, que sentenciou Fabiane Maria de Jesus, que tinha 33 anos. Confundida com uma sequestradora de crianças, a dona de casa foi massacrada num bairro pobre do balneário paulista do Guarujá. De um grupo de WhatsApp veio o veredicto sobre Luiz Aurélio de Paula e sua mulher, também acusados de sequestrar menores. A mensagem trazia o áudio do pai de uma criança supostamente abordada e a foto do casal. Encurralados por centenas de pessoas em Araruama, no litoral fluminense, foram salvos por guardas civis. O carro deles foi incendiado.
O caldo em que fervem notícias falsas, afrontas aos direitos humanos e incitação à violência alimenta as turbas de linchadores que clamam por justiça.
E, não por acaso, nutre as propostas de governo do inominável candidato à Presidência. A primeira pedra faz ver melhor o presente e projeta uma distopia tenebrosa, que deve ser combatida sem relativismos. "Cidadãos de bem", um número significativo deles, parecem dispostos a referendar como política de Estado o que nesse documentário essencial é mostrado como o que de fato é: um crime bárbaro e sem atenuantes.
Adaptação: https://epoca.globo.com/paulo-roberto-pires/nos-os-linchadores-22855210, acesso em 12 de jul. de 2018.
O verbo sublinhado no período “ A popularização das redes sociais e a onipresença de câmeras em qualquer tempo e lugar só potencializaram a cultura do linchamento” classifica classifica-se quanto à regência verbal como:
 

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1873936 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
NÓS, OS LINCHADORES
Paulo Roberto Pires
Jornalista e professor de Comunicação da UFRJ
De Curitiba às mais longínquas periferias, grassa entre nós a ideia de que a vingança é mais rápida e eficiente do que a Justiça — e, por isso, deve substituí-la para salvar a pátria, o patrimônio ou a honra. Porteira aberta para a barbárie, esse princípio muitas vezes prevalece por meio de ardis perfeitamente legais, mas é mais frequente que se faça valer com paus e pedras. Tradição subterrânea do país abençoado por Deus e bonito por natureza, a cultura do linchamento é examinada em incômodos detalhes em A primeira pedra, documentário de Vladimir Seixas disponível no Futura Play.
O assunto é complexo e desconcertante. O ódio que aflora num linchamento certamente tem origem nos abismos sociais que se aprofundam sob a perversa orientação demofóbica que há muito define os que mandam. É fato que, quanto mais desassistido, mais vulnerável o cidadão está à ideia de fazer justiça com as próprias mãos — e, é claro, também de sofrê-la. Mas o horror não se explica apenas por conjunturas históricas e sociais: é no fator humano que está o busílis. Quando se instala a lei de talião, do olho por olho, a distância da palavra ao ato é menor do que se pode imaginar, como demonstram sobreviventes, parentes de vítimas, intelectuais e anônimos "cidadãos de bem" ouvidos no documentário.
"Se eu fosse atingida por uma violência, assassinassem um filho meu, eu ia ter vontade de fazer justiça com as próprias mãos", diz uma mulher, em off, num depoimento que abre o filme. "Eu sou uma cidadã de bem. Eu sou inclusive da área da saúde, então eu deveria zelar sempre pela vida. Mas, se fosse atingida, teria um espírito vingativo." Tem-se aí a medida da profundidade do buraco: cidadãos partem para o crime acreditando-se perfeitamente conformes à lei e à ordem.
José de Souza Martins, sociólogo da USP que há 30 anos estuda o tema e é consultor de A primeira pedra, calcula que cerca de 1 milhão de brasileiros tenham se envolvido em algum linchamento — hoje se acredita que uma pessoa por dia seja emboscada dessa forma. Trata-se de um ritual que vai além da explosão vingativa: não basta exterminar, é preciso supliciar a vítima. E, tão importante quanto sua imolação, é expor esse sofrimento de modo ritual, como se fundamentasse o exemplo.
Cleidenilson Pereira não tinha antecedentes criminais quando, aos 29 anos, tentou assaltar um botequim na periferia de São Luís, no Maranhão. Pego pela vizinhança, foi despido, amarrado a um poste e espancado até a morte. Mais sorte teve André Luiz Ribeiro. Confundido com o assaltante de um outro bar, este em São Paulo, foi preso por pai e filho, donos do estabelecimento, e apanhou até ser salvo por bombeiros — que resolveram dar crédito a seus apelos de inocência quando provou, numa inusitada aula sobre Revolução Francesa, que ganhava a vida como professor de história.
A popularização das redes sociais e a onipresença de câmeras em qualquer tempo e lugar só potencializaram a cultura do linchamento. Foi uma notícia falsa, a princípio postada no Facebook, que sentenciou Fabiane Maria de Jesus, que tinha 33 anos. Confundida com uma sequestradora de crianças, a dona de casa foi massacrada num bairro pobre do balneário paulista do Guarujá. De um grupo de WhatsApp veio o veredicto sobre Luiz Aurélio de Paula e sua mulher, também acusados de sequestrar menores. A mensagem trazia o áudio do pai de uma criança supostamente abordada e a foto do casal. Encurralados por centenas de pessoas em Araruama, no litoral fluminense, foram salvos por guardas civis. O carro deles foi incendiado.
O caldo em que fervem notícias falsas, afrontas aos direitos humanos e incitação à violência alimenta as turbas de linchadores que clamam por justiça.
E, não por acaso, nutre as propostas de governo do inominável candidato à Presidência. A primeira pedra faz ver melhor o presente e projeta uma distopia tenebrosa, que deve ser combatida sem relativismos. "Cidadãos de bem", um número significativo deles, parecem dispostos a referendar como política de Estado o que nesse documentário essencial é mostrado como o que de fato é: um crime bárbaro e sem atenuantes.
Adaptação: https://epoca.globo.com/paulo-roberto-pires/nos-os-linchadores-22855210, acesso em 12 de jul. de 2018.
De acordo com o texto OS CIDADÃOS DO BEM:
 

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1873935 Ano: 2018
Disciplina: Português
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
NÓS, OS LINCHADORES
Paulo Roberto Pires
Jornalista e professor de Comunicação da UFRJ
De Curitiba às mais longínquas periferias, grassa entre nós a ideia de que a vingança é mais rápida e eficiente do que a Justiça — e, por isso, deve substituí-la para salvar a pátria, o patrimônio ou a honra. Porteira aberta para a barbárie, esse princípio muitas vezes prevalece por meio de ardis perfeitamente legais, mas é mais frequente que se faça valer com paus e pedras. Tradição subterrânea do país abençoado por Deus e bonito por natureza, a cultura do linchamento é examinada em incômodos detalhes em A primeira pedra, documentário de Vladimir Seixas disponível no Futura Play.
O assunto é complexo e desconcertante. O ódio que aflora num linchamento certamente tem origem nos abismos sociais que se aprofundam sob a perversa orientação demofóbica que há muito define os que mandam. É fato que, quanto mais desassistido, mais vulnerável o cidadão está à ideia de fazer justiça com as próprias mãos — e, é claro, também de sofrê-la. Mas o horror não se explica apenas por conjunturas históricas e sociais: é no fator humano que está o busílis. Quando se instala a lei de talião, do olho por olho, a distância da palavra ao ato é menor do que se pode imaginar, como demonstram sobreviventes, parentes de vítimas, intelectuais e anônimos "cidadãos de bem" ouvidos no documentário.
"Se eu fosse atingida por uma violência, assassinassem um filho meu, eu ia ter vontade de fazer justiça com as próprias mãos", diz uma mulher, em off, num depoimento que abre o filme. "Eu sou uma cidadã de bem. Eu sou inclusive da área da saúde, então eu deveria zelar sempre pela vida. Mas, se fosse atingida, teria um espírito vingativo." Tem-se aí a medida da profundidade do buraco: cidadãos partem para o crime acreditando-se perfeitamente conformes à lei e à ordem.
José de Souza Martins, sociólogo da USP que há 30 anos estuda o tema e é consultor de A primeira pedra, calcula que cerca de 1 milhão de brasileiros tenham se envolvido em algum linchamento — hoje se acredita que uma pessoa por dia seja emboscada dessa forma. Trata-se de um ritual que vai além da explosão vingativa: não basta exterminar, é preciso supliciar a vítima. E, tão importante quanto sua imolação, é expor esse sofrimento de modo ritual, como se fundamentasse o exemplo.
Cleidenilson Pereira não tinha antecedentes criminais quando, aos 29 anos, tentou assaltar um botequim na periferia de São Luís, no Maranhão. Pego pela vizinhança, foi despido, amarrado a um poste e espancado até a morte. Mais sorte teve André Luiz Ribeiro. Confundido com o assaltante de um outro bar, este em São Paulo, foi preso por pai e filho, donos do estabelecimento, e apanhou até ser salvo por bombeiros — que resolveram dar crédito a seus apelos de inocência quando provou, numa inusitada aula sobre Revolução Francesa, que ganhava a vida como professor de história.
A popularização das redes sociais e a onipresença de câmeras em qualquer tempo e lugar só potencializaram a cultura do linchamento. Foi uma notícia falsa, a princípio postada no Facebook, que sentenciou Fabiane Maria de Jesus, que tinha 33 anos. Confundida com uma sequestradora de crianças, a dona de casa foi massacrada num bairro pobre do balneário paulista do Guarujá. De um grupo de WhatsApp veio o veredicto sobre Luiz Aurélio de Paula e sua mulher, também acusados de sequestrar menores. A mensagem trazia o áudio do pai de uma criança supostamente abordada e a foto do casal. Encurralados por centenas de pessoas em Araruama, no litoral fluminense, foram salvos por guardas civis. O carro deles foi incendiado.
O caldo em que fervem notícias falsas, afrontas aos direitos humanos e incitação à violência alimenta as turbas de linchadores que clamam por justiça.
E, não por acaso, nutre as propostas de governo do inominável candidato à Presidência. A primeira pedra faz ver melhor o presente e projeta uma distopia tenebrosa, que deve ser combatida sem relativismos. "Cidadãos de bem", um número significativo deles, parecem dispostos a referendar como política de Estado o que nesse documentário essencial é mostrado como o que de fato é: um crime bárbaro e sem atenuantes.
Adaptação: https://epoca.globo.com/paulo-roberto-pires/nos-os-linchadores-22855210, acesso em 12 de jul. de 2018.
O texto “Nós, os linchadores” trata, prioritariamente:
 

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1815495 Ano: 2018
Disciplina: Terapia Ocupacional
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
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Qual das afirmativas abaixo não corresponde a proposta de um trabalho transdisciplinar e práticas híbridas em saúde mental?
 

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1812554 Ano: 2018
Disciplina: Terapia Ocupacional
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
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O profissional Terapeuta Ocupacional faz parte da equipe de Reabilitação dentro de uma instituição hospitalar, e influenciado por modelos biomédicos, especialmente durante as fases agudas do tratamento. Assinale a alternativa que corresponde a essa estrutura:
 

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1703460 Ano: 2018
Disciplina: Terapia Ocupacional
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
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O Terapeuta Ocupacional é um profissional da área de saúde e da reabilitação, que pode contribuir de forma importante aos indivíduos com Parkinson, qual das alternativas e verdadeira, diante da atuação deste profissional na ajuda dessa clientela?
I - Sua atuação colabora e proporciona para que as pessoas com Parkison, consigam independentemente da gravidade continuar suas atividades profissionais e sociais.
II - Sua atuação colabora na promoção de estratégias e Instalação de equipamentos de segurança como barras de segurança no box do chuveiro e corrimões nos corredores.
III - Utilizando-se de técnicas adaptativas para a redução dos efeitos do tremor com a indicação de talheres adaptados, apoios antiderrapantes, adaptações para a escrita, higiene pessoal, uso de copos adaptados, uma vez que com o tremor essas atividades, antes rotineiras, podem se tornar de grande dificuldade para sua realização.
IV - Auxiliando no desenvolvimento da destreza manual e coordenação manual, por meio da realização de atividades de interesse do paciente com Parkison.
 

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1683667 Ano: 2018
Disciplina: Matemática
Banca: FAU-UNICENTRO
Orgão: AMS Apucarana-PR
Dado o sistema linear !$ \begin{cases} 2x + y - z = 3 \\ -x + 2y + 2z = 0 \\ x - y + z = 1 \end{cases} !$
Os valores para x, y e z respectivamente são?
 

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