Magna Concursos

Texto CG1A1

O capitalismo de vigilância é uma mutação do capitalismo da informação, o que nos coloca diante de um desafio civilizacional. As Big Techs — seguidas por outras firmas, laboratórios e governos — usam tecnologias da informação e comunicação (TIC) para expropriar a experiência humana, que se torna matéria-prima processada e mercantilizada como dados comportamentais. O usuário cede gratuitamente as suas informações ao concordar com termos de uso, utilizar serviços gratuitos ou, simplesmente, circular em espaços onde as máquinas estão presentes.

A condição para a emergência do capitalismo de vigilância foi a expansão das tecnologias digitais na vida cotidiana, dado o sucesso do modelo de personalização de alguns produtos no início dos anos 2000. No terço final do século XX, estavam criadas as condições para uma terceira modernidade, voltada a valores e expectativas dos indivíduos.

Outras circunstâncias foram ocasionais: o estouro da bolha da internet em 2000 e os ataques terroristas do 11 de setembro. A primeira provocou a retração dos investimentos nas startups, o que levou a Google a explorar comercialmente os dados dos usuários de seus serviços. Para se prevenir contra novos ataques, as autoridades norte-americanas tornaram-se ávidas de programas de monitoramento dos usuários da Internet e se associaram às empresas de tecnologia. Por sua vez, a Google passou a vender dados a empresas de outros setores, criando um mercado de comportamentos futuros. Assim, instaurou-se uma nova divisão do aprendizado entre os que controlam os meios de extração da mais-valia comportamental e os seus destinatários.

Ao se generalizar na sociedade e se aprofundar na vida cotidiana, o capitalismo de vigilância capturou e desviou o efeito democratizador da Internet, que abrira a todos o acesso à informação. Ele passou a elaborar instrumentos para modificar e conformar os nossos comportamentos.

Internet: < www.scielo.br> (com adaptações).

O trecho “o estouro da bolha da internet em 2000 e os ataques terroristas do 11 de setembro” (primeiro período do terceiro parágrafo) exerce a função de
 

Provas

Questão presente nas seguintes provas

Analista Judiciário - Área Administrativa

60 Questões

Analista Judiciário - Arquitetura

60 Questões

Analista Judiciário - Arquivologia

60 Questões

Analista Judiciário - Biblioteconomia

60 Questões

Analista Judiciário - Contabilidade

60 Questões

Analista Judiciário - Enfermagem

60 Questões

Analista Judiciário - Engenharia Civil

60 Questões

Analista Judiciário - Engenharia Elétrica

60 Questões

Analista Judiciário - Estatística

60 Questões

Analista Judiciário - Medicina

60 Questões

Analista Judiciário - Medicina do Trabalho

60 Questões

Analista Judiciário - Odontologia

60 Questões

Analista Judiciário - Psicologia

60 Questões

Analista Judiciário - Serviço Social

60 Questões

Analista Judiciário - TI

60 Questões