Magna Concursos
2419799 Ano: 2011
Disciplina: Português
Banca: IF-PB
Orgão: IF-PB
Ensopado de tambaqui
Arquimedes era morador do “Paraíso do Periquito”, localizado no Município de Manacapuru, no Amazonas. Um pescador de larga experiência, que estava acostumado a manter em dia a despensa da cozinha, sempre com bons peixes da região.
A pescaria que mais lhe agradava, porém, era a do tambaqui. Quando o juarizeiro, espécie de palmeira local, amadurecia, os frutos caíam n’água, atraindo os peixes. Já era mês de abril e, com os juaris maduros, Arquimedes preparou seu equipamento para pescar nas águas barrentas do Rio Solimões.
– Mulher! Vou pescar um grande tambaqui para nosso almoço hoje, não prepara nada até eu voltar – disse o experiente pescador.
Ele escolheu os melhores materiais, entre os que possuía: uma linda vara de enviveira “taia”, sementes de seringueira, muitos juaris maduros e a araponga.
O pescador tomou seu caminho até o porto onde estava sua canoa. Uma vez embarcado, rumou em direção aos grandes igapós que circundavam sua propriedade e não demorou a lançar sua linha n’água.
A chamada dos peixes debaixo do juarizeiro chegava a fazer barulho. Logo, um enorme tambaqui se aproximou de um deles e levou a linha da vara de Arquimedes até o fundo do rio, com muita energia.
Para evitar que ele escapasse, o pescador segurou o caniço com firmeza; enquanto o peixe puxava de um lado, o pescador fazia força de outro. Era um cabo de guerra.
Em pouco tempo, a briga chamou a atenção das piranhas, que começaram a morder o tambaqui. Com medo de que ele fosse todo devorado, o pescador aplicou uma força ainda maior na tentativa de recolher o gigante. O exagero foi tamanho que a cabeça do peixe se deslocou do corpo e foi lançada para o céu, levando a linha, que arrebentou, junto da ponta da vara.
Arquimedes perdera seu único peixe. Para piorar a situação, ele não tinha nenhum anzol sobressalente e teve de voltar desolado para casa.
Beirava o meio-dia quando ele se aproximou de sua casa e, com espanto, percebeu que a esposa estava varrendo o terreiro de casa e cantando uma velha música.
– Cadê o peixe? – indagou a mulher.
– Nada! Hoje não tive sorte, o único que fisguei perdi.
– Não fica triste, meu velho, já preparei o almoço. Logo que comecei a varrer, por volta das dez e meia, fui surpreendida por uma enorme cabeça de tambaqui que caiu aqui, no meio do terreiro, acredita? E ela ainda estava com um anzol na boca! Ora, levei pra cozinha e preparei um delicioso ensopado de cabeça de tambaqui.
Disponível em: http://revistapescaecompanhia.uol.com.br/
historia-de-pescador/historia-de-pescador.aspx?c=2423. Acesso em: 2 de out. 2011.
O texto “Ensopado de tambaqui”
 

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