A causa revolucionária viveu outro duro revés em 30 de maio [de 1930], quando Luís Carlos Prestes surpreendeu todo o país ao lançar um manifesto em que proclamava seu novo credo político. Segundo o documento, apenas uma revolução radical, agrária e anti-imperialista, apoiada pelas massas trabalhadoras das cidades e dos sertões, seria capaz de libertar o Brasil dos coronéis, dos donos de terra, dos “politiqueiros” e dos banqueiros anglo-americanos, promovendo a “verdadeira independência nacional”, por meio do confisco de latifúndios e do controle de empresas estrangeiras.
“A revolução brasileira não pode ser feita com o programa anódino da Aliança Liberal”, dizia Prestes no célebre manifesto (...)
[Lira Neto, Getúlio: dos anos de formação à conquista do poder (1882-1930)]
O trecho apresenta