Magna Concursos
1726395 Ano: 2009
Disciplina: Libras
Banca: UFES
Orgão: UFES
Segundo Rosa (2007), Rónai, em dois de seus livros sobre tradução, Escola de Tradutores (1952) e a Tradução Vivida (1976), faz reflexões sobre a sua prática e coloca que a tradução de obras literárias é, acima de tudo, uma arte. Enquanto tal, uma tarefa impossível. Para exemplificar a impossibilidade da tradução literária, ele compara a finalidade da tradução com a finalidade do artista, ao retratar a sua obra.
O objetivo de toda arte não é algo impossível? O poeta exprime (ou quer exprimir) o inexprimível, o pintor reproduz o irreproduzível, o estatuário fixa o infixável. Não é surpreendente, pois, que o tradutor se empenhe em traduzir o intraduzível. (Rónai, 1952, p.3)
Tendo o tema da fidelidade na tradução como discussão, analise as afirmações abaixo e marque a resposta CORRETA.
I. Nessa perspectiva, o texto de chegada e de partida compartilham do mesmo status social, porque o tradutor, longe de exercer o papel de descobridor do verdadeiro significado veiculado pelo texto de partida, transforma-se em seu novo autor.
II. Todo tradutor é um traidor, sendo impossível a tarefa do tradutor fazer as relações na língua fonte e na língua alvo.
III. Segundo Rónai (1952), as palavras intraduzíveis de um idioma para outro podem parecer, num primeiro momento, a um tradutor desatento o maior problema. Entretanto não é o que ocorre, pois, para palavras que não têm equivalência textual na língua-alvo, é possível fazer uso de notas de rodapé; além disso, o tradutor não se ilude em realizar uma tradução desejando alcançar a fidelidade. Está claro que não é possível (con)formar a obra do original na língua de chegada, na tentativa de obter a “fidelidade”.
IV. Para Rónai (1952), a dificuldade da tradução reside justamente nas palavras traduzíveis: são essas que enganam ou alimentam a ilusão de ser possível a “fidelidade” da tradução.
 

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