Pela educação é impossível combater, no plano das atitudes, a discriminação manifestada em gestos, comportamentos e palavras, que afasta e estigmatiza grupos sociais.

O discernimento é, de certa forma, dispensável, quando, por exemplo, ocorrem situações de discriminação no cotidiano da escola, nas quais não é necessário enfrentar o ocorrido tanto para escapar para evasivas quanto para resvalar para o tom de acusação.

O que se coloca para a educação é o desafio de criar outras formas de relação social e interpessoal, por meio da interação o trabalho educativo e as questões sociais, posicionando-se crítica e responsavelmente diante delas.

Partilhar um cotidiano em que o simples "olhar-se" permite a constatação de que todos são provenientes das mesmas origens, mas possuem, cada qual, diferentes histórias, permite desenvolver uma experiência de interação "entre iguais", na qual cada um aprende e cada um ensina.

Aprender a posicionar-se de forma que compreenda a relatividade de opiniões, preferências, gostos, escolhas, é aprender a desrespeitar ao outro, pois ensinar suas próprias práticas e histórias é fazer-se dar ao respeito de conhecer-se.