Para responder à questão, leia o fragmento a seguir.
Uma parcela significativa da produção textual contemporânea acolhida sob a rubrica de minificção (ZAVALA, 2006) ou nanoliteratura (CONDE, 2010) configura uma modalidade de escrita já preconizada por Edgar Alan Poe (1809-1849) e experimentada, em especial, entre os escritores hispano-americanos desde o século passado.
Atualmente, os escritores lançam mão das novas ferramentas tecnológicas para produções cada vez mais intensas nessa modalidade, como afirma Fabrício Carpinejar (in CUNHA, 2011): "Uso meu twitter como um caderno de notas. Ele é meu moleskine, a minha folha aberta". No mesmo texto, o poeta e cronista gaúcho declara o que entende pelo gênero que produz no Twitter, desde 2009: "São observações avulsas, aleatórias. Assim como na crônica, a minicrônica é um texto que fala de comportamento, influencia, provoca e quer desestabilizar as certezas. São banalidades distraídas".
Estudioso de novas formas de escritura do discurso ficcional, Zavala (2006) afirma que "a minificção é indubitavelmente a manifestação literária mais característica do século XXI e permite entender a transição entre uma criação fragmentária (moderna), própria da escrita sobre o papel e uma escrita fractal (pós-moderna), própria da tela eletrônica".
Assinale a alternativa em que a nova posição de indubitavelmente expressa a ideia de ser inegável o caráter literário da minificção no quadro da literatura do século XXI.