Texto 3
Otávio
Junho de 1994.
Junho de 1994.
Entramos na Baía de Guanabara de manhã cedo. Havia um certo nevoeiro e o vento soprava frio. Marilda e as crianças estavam debruçadas no convés, loucos para ver alguma coisa familiar, algum pedaço de terra, qualquer coisa que há dez anos deixamos para trás. De repente o vento varreu o nevoeiro e o Pão de Açúcar apareceu enorme bem na nossa frente! Parecia maior do que nunca (deve ter crescido um pouco nesses dez anos). Marilda abriu o berreiro emocionada. As crianças pulavam e gritavam como apaches comemorando nossa volta. Eu me contive. Guardava minha saudade para o melhor. Entramos mais um pouco na enseada e lá estava ela: a barca! A barca cheia de passageiros que vinha e voltava como há dez anos. A barca que me inspirou a largar tudo e me aventurar no mar. Lá estava ela, cruzando a água suja da Baía de Guanabara sem perder a majestade. Tive vontade de beijá-la na boca! – se ela tivesse uma.
PAIVA, Cláudio. Inferno no mar: o diário de bordo da família Schoeller. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. p. 126. [texto adaptado]
Os textos acima fazem parte de um diário de bordo. Leia as características abaixo.
I. Expressividade informal.
II. Atribuição de franqueza, pelo locutor, ao discurso produzido.
III. Presença de referentes afetivos.
IV. Caráter subjetivo.
V. Negociação de tomadas de posição.
II. Atribuição de franqueza, pelo locutor, ao discurso produzido.
III. Presença de referentes afetivos.
IV. Caráter subjetivo.
V. Negociação de tomadas de posição.
Assinale a alternativa que apresenta as características CORRETAS do gênero “diário”.
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