Os ready-mades de Duchamp constituem manifestação cabal de certo espírito que caracteriza o surrealismo. Ao transformar qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma crítica radical ao sistema da arte. Assim, objetos utilitários sem nenhum valor estético em si são retirados de seus contextos originais e elevados à condição de obra de arte simplesmente ao ganhar uma assinatura e um espaço em exposições.

A importância do mundo onírico, do irracional e do inconsciente, relaciona-se diretamente ao uso livre que os artistas fazem da obra de Sigmund Freud e da psicanálise, permitindo-lhes explorar nas artes o imaginário e os impulsos ocultos da mente.

O termo surrealismo, cunhado por André Breton, traz um sentido de afastamento da realidade comum que o movimento surrealista celebra desde o primeiro manifesto, de 1924.

A crítica à racionalidade burguesa em favor do maravilhoso, do fantástico e dos sonhos.

O Surrealismo manifesta-se nas mais variadas linguagens das artes e é representado por inúmeros artistas: na literatura, com André Breton, Georges Bataille, entre outros; nas artes plásticas, com René Magritte, André Masson, Joán Miró, Max Ernst, Salvador Dalí e outros; na fotografia, com Man Ray; e, no cinema, com Luis Buñuel.