A difusão do conhecimento científico tanto entre a comunidade especialista como para o
público em geral é um elemento fundamental para o desenvolvimento da Ciência, e a escola
é um espaço privilegiado para realizar ações de divulgação da Ciência (ALMEIDA,
GONÇALVES, 2022). Os autores defendem que a utilização da escola como espaço para
realizar divulgação científica pode aproximar os alunos da cultura científica, contribuindo
para a melhor compreensão dos conceitos e das práticas da ciência. Considerando a
articulação possível entre a educação formal desenvolvida na escola e a não formal típica
de ações de divulgação científica, é possível afirmar que:
A divulgação científica, que pode ser feita por diferentes meios de comunicação, é uma
forma de propagar informação científica para um público que não domina sua linguagem
formal. Várias pesquisas da área de Educação em Ciências indicam que estes materiais
podem beneficiar as aulas de Ciências pelos seguintes aspectos:
É comum observatórios astronômicos organizarem palestras para abordar temas
interessantes de Astronomia para visitantes. Atividades desta natureza, além da difusão dos
conceitos físicos e/ou astronômicos envolvidos, também discutem sobre a natureza da
ciência e do fazer científico. Uma forma de não propagar concepções equivocadas ou
distorcidas da prática científica é apoiar-se em conceitos da história, filosofia e
epistemologia da ciência. Considere uma palestra sobre o episódio histórico que aborda a
mudança da concepção geocêntrica para a concepção heliocêntrica do universo. Qual das
alternativas apresenta informações coerentes com o contexto histórico, filosófico e
epistemológico deste episódio?
Em 1919, uma equipe de astrônomos liderada pelo britânico Arthur Eddington esteve na
cidade cearense de Sobral para observar um eclipse solar total que contribuiu para
confirmar a Teoria da Relatividade Geral proposta por Albert Einstein. Em 2019, para marcar
o centenário deste importante episódio histórico para o Brasil, ocorreram várias ações de
divulgação científica sobre o tema, incluindo a publicação de volumes especiais de algumas
revistas de Ensino de Física/Ciências. Sobre esse episódio histórico, é correto afirmar que:
“O compartilhamento das descobertas científicas para a sociedade tem recebido atenção crescente. Nesse contexto, além das mídias tradicionais, as redes sociais tornaram-se importantes canais de comunicação entre a sociedade e instituições de produção do conhecimento científico” (MENDES, MARICATO, 2020, p. 3). As mídias digitais ampliaram as possibilidades para divulgar conhecimento sobre Astronomia, o que por um lado democratiza o conhecimento, mas por outro abre espaço para desinformações e sensacionalismo.
Hoje em dia é provável que a população tenha mais acesso a informações científicas a partir
de canais online (principalmente pela Internet) do que offline (como em museus de ciência e
observatórios astronômicos). Considerando essa tendência, é correto considerar que:
“O compartilhamento das descobertas científicas para a sociedade tem recebido atenção crescente. Nesse contexto, além das mídias tradicionais, as redes sociais tornaram-se importantes canais de comunicação entre a sociedade e instituições de produção do conhecimento científico” (MENDES, MARICATO, 2020, p. 3). As mídias digitais ampliaram as possibilidades para divulgar conhecimento sobre Astronomia, o que por um lado democratiza o conhecimento, mas por outro abre espaço para desinformações e sensacionalismo.
Considerando que mídias digitais, como as redes sociais, podem ser canais interessantes
para divulgar conhecimento em Astronomia, assinale a alternativa que apresenta as
posturas mais adequadas segundo as pesquisas atuais na área de divulgação científica.
A divulgação científica em Astronomia é uma atividade complexa, já que a própria
construção do conhecimento científico envolvido é parte de uma dinâmica complexa. Isso
porque é importante considerar que o conhecimento científico não é um processo linear e
sim uma atividade humana imersa em diversos contextos como o cultural, social,
econômico, político e outros. Assim, divulgar ciência passa, inevitavelmente, por divulgar
visões sobre a ciência e o fazer científico. Sobre isso, Gil Pérez et al (2001) apresentou um
trabalho em que sintetiza algumas “visões deformadas do trabalho científico”. As três
questões a seguir tratam da relação destas visões deformadas do fazer científico com a
prática da divulgação científica em Astronomia.
Gil Pérez et al (2001) falam também de uma "visão deformada que transmite uma imagem
descontextualizada, socialmente neutra da ciência: esquecem-se as complexas relações
entre ciência, tecnologia, sociedade (CTS) e proporciona-se uma imagem deformada dos
cientistas" (p. 133) e do próprio fazer científico, como se estes pudessem estar isolados dos
contextos em que estão imersos. Considerando esta concepção de ciência apontada pelos
autores, pode-se afirmar que:
A divulgação científica em Astronomia é uma atividade complexa, já que a própria
construção do conhecimento científico envolvido é parte de uma dinâmica complexa. Isso
porque é importante considerar que o conhecimento científico não é um processo linear e
sim uma atividade humana imersa em diversos contextos como o cultural, social,
econômico, político e outros. Assim, divulgar ciência passa, inevitavelmente, por divulgar
visões sobre a ciência e o fazer científico. Sobre isso, Gil Pérez et al (2001) apresentou um
trabalho em que sintetiza algumas “visões deformadas do trabalho científico”. As três
questões a seguir tratam da relação destas visões deformadas do fazer científico com a
prática da divulgação científica em Astronomia.
Outra visão deformada do fazer científico apresentada no trabalho de Gil Pérez et al (2001)
é a que considera que “o conhecimento científico aparece como fruto de um conhecimento
linear puramente acumulativo, que ignora as crises e as remodelações profundas” (p. 132),
indicando que não há modelos únicos e pré-definidos para a construção destes
conhecimentos. Uma das formas de evitar essa distorção sobre o conhecimento científico
em uma palestra sobre Astronomia, por exemplo, é:
A divulgação científica em Astronomia é uma atividade complexa, já que a própria
construção do conhecimento científico envolvido é parte de uma dinâmica complexa. Isso
porque é importante considerar que o conhecimento científico não é um processo linear e
sim uma atividade humana imersa em diversos contextos como o cultural, social,
econômico, político e outros. Assim, divulgar ciência passa, inevitavelmente, por divulgar
visões sobre a ciência e o fazer científico. Sobre isso, Gil Pérez et al (2001) apresentou um
trabalho em que sintetiza algumas “visões deformadas do trabalho científico”. As três
questões a seguir tratam da relação destas visões deformadas do fazer científico com a
prática da divulgação científica em Astronomia.
Segundo Gil Pérez et al (2001), a visão deformada mais presente no contexto de sua
pesquisa foi a denominada “concepção empírico-indutivista e ateórica”. Segundo os atores,
tal visão “destaca o papel 'neutro' da observação e da experimentação (...), esquecendo o
papel essencial das hipóteses como orientadoras da investigação, assim como dos corpos
coerentes de conhecimento (teorias) disponíveis, que orientam o processo.” (p.129).
Considerando que uma das atividades possíveis de serem realizadas em observatórios
astronômicos para divulgar a ciência envolve apresentação de reproduções de experimentos
históricos e/ou clássicos para um dado conceito astronômico/físico, assinale a alternativa que indica o movimento mais adequado para evitar uma concepção empírico-indutivista e
ateórica.
É sabido que espaços não formais são propícios para a divulgação da ciência. Um
observatório astronômico, vinculado a uma universidade pública, pode, entre seus diversos
projetos de atuação, produzir vídeos ou outros materiais para divulgar temáticas de
Astronomia para um público amplo, incluindo as escolas. Para isto, a linguagem aparece
como uma das preocupações, já que deve abranger um público diverso, simplificando as
temáticas envolvidas, que podem apresentar uma alta complexidade para serem abordadas.
Neste caso, a preocupação com a linguagem se justifica por qual dos aspectos citados?