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Leia o seguinte fragmento de entrevista.
“O cantor sertanejo Leonardo, 48, estava radiante na gravação de uma campanha sobre os perigos de dirigir na estrada, na quarta-feira, em São Paulo. Entre piadas e galanteios às jovens da equipe, repetiu 37 vezes o slogan “A dor de um acidente pode durar para sempre”. A explicação era simples: seu filho Pedro Leonardo, 24, recuperava-se notavelmente do grave capotamento sofrido em 20 de abril, em Minas Gerais. Pedro passou por quatro cirurgias, ficou trinta dias em coma e teve duas paradas cardíacas”. (Trecho de texto que introduz a entrevista de Leonardo à Revista Veja, edição 2272, de 06 de junho de 2012). |
O uso do discurso direto “A dor de um acidente pode durar para sempre” tem a finalidade, neste textoentrevista, de
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Leia com atenção o anúncio publicitário publicado na revista Piauí, edição 13 de 2007. Ao analisar os elementos verbais e não verbais, percebe-se que houve alterações em um ditado popular (“Quem tem boca desdentada vai a Molvânia”), neste caso, marcado por um acréscimo e uma subtração.
Tal procedimento de retomada de um texto no outro é intitulado
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Cavalo de Troia
O impasse político na Grécia, desencadeado nas eleições de maio, nas quais nenhum partido conseguiu maioria para formar o governo, dificultou muito a solução do seu problema econômico e ampliou a volatilidade nos mercados de capitais ao redor do mundo. Infelizmente, o imbróglio não será resolvido antes de meados de junho, pois, ante a impossibilidade de acordo para a constituição do gabinete, o presidente Karolos Papoulias convocou novo pleito para o dia 17 próximo.
Mais do que nunca, os gregos precisam de um governo com ampla aprovação popular, capaz de mudar uma cultura há muito arraigada, de tutela exagerada do Estado, impossível de ser indefinidamente bancada por cofres públicos.
Não será, porém, com uma recessão que já dura três anos, e que no primeiro trimestre deste ano custou uma perda de 6,2% no seu PIB, que a Grécia conseguirá sair do buraco e quitar suas dívidas. É um círculo vicioso, no qual ninguém quer ceder. Quem perde com isso é o próprio país e a União Europeia, considerando-se a moeda única e o efeito em cascata no sistema financeiro.
Diante desse quadro, é inevitável a tese de uma eventual saída da Grécia do bloco de nações. Talvez a discussão seja inoportuna e de pouco efeito prático, pois o desligamento não resolveria de imediato a dívida com os bancos, o que se somaria aos bilhões de euros já despendidos pelo Banco Central Europeu no socorro ao país, nem seria capaz de aliviar os problemas sociais advindos da recessão.
Solucionar essa questão é prioritário. Ademais, mesmo que em menor grau, também há outras situações críticas na região e um efeito dominó da eventual saída da Grécia não poderá ser descartado. Felizmente, o plebiscito na Irlanda, na última sexta-feira, foi favorável à União Europeia.
A cada eleição, a crise econômica provoca mudanças. Onde o poder estava nas mãos dos liberais passou à esquerda, como na França, com a vitória de Hollande. O mosaico político dificulta o diálogo. Falta liderança. As mudanças de governos como resultado das urnas, não importando a matriz ideológica do novo governante e do governante derrotado, demonstram que as populações não estão nada satisfeitas com o status quo.
O velho continente precisa de um novo pacto! Acima dos interesses individuais de cada Estado Nacional, é premente a coesão. Afinal, embora fogo amigo, a crise helênica e de outras nações está para a zona do euro como o cavalo de Troia estava para o reino de Príamo.
A implosão da economia europeia não atende aos interesses de ninguém, e precisamos torcer para que prevaleça a lucidez dos antigos e dos novos governantes, atendendo aos anseios de seus cidadãos.
(SILVA, Josué Gomes. Folha de São 49 Paulo, 03/06/2012.
No trecho “O mosaico político dificulta o diálogo. Falta liderança”, os dois períodos destacados foram separados por um ponto-final. A relação sintático-semântica depreendida de ambos é de
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Cavalo de Troia
O impasse político na Grécia, desencadeado nas eleições de maio, nas quais nenhum partido conseguiu maioria para formar o governo, dificultou muito a solução do seu problema econômico e ampliou a volatilidade nos mercados de capitais ao redor do mundo. Infelizmente, o imbróglio não será resolvido antes de meados de junho, pois, ante a impossibilidade de acordo para a constituição do gabinete, o presidente Karolos Papoulias convocou novo pleito para o dia 17 próximo.
Mais do que nunca, os gregos precisam de um governo com ampla aprovação popular, capaz de mudar uma cultura há muito arraigada, de tutela exagerada do Estado, impossível de ser indefinidamente bancada por cofres públicos.
Não será, porém, com uma recessão que já dura três anos, e que no primeiro trimestre deste ano custou uma perda de 6,2% no seu PIB, que a Grécia conseguirá sair do buraco e quitar suas dívidas. É um círculo vicioso, no qual ninguém quer ceder. Quem perde com isso é o próprio país e a União Europeia, considerando-se a moeda única e o efeito em cascata no sistema financeiro.
Diante desse quadro, é inevitável a tese de uma eventual saída da Grécia do bloco de nações. Talvez a discussão seja inoportuna e de pouco efeito prático, pois o desligamento não resolveria de imediato a dívida com os bancos, o que se somaria aos bilhões de euros já despendidos pelo Banco Central Europeu no socorro ao país, nem seria capaz de aliviar os problemas sociais advindos da recessão.
Solucionar essa questão é prioritário. Ademais, mesmo que em menor grau, também há outras situações críticas na região e um efeito dominó da eventual saída da Grécia não poderá ser descartado. Felizmente, o plebiscito na Irlanda, na última sexta-feira, foi favorável à União Europeia.
A cada eleição, a crise econômica provoca mudanças. Onde o poder estava nas mãos dos liberais passou à esquerda, como na França, com a vitória de Hollande. O mosaico político dificulta o diálogo. Falta liderança. As mudanças de governos como resultado das urnas, não importando a matriz ideológica do novo governante e do governante derrotado, demonstram que as populações não estão nada satisfeitas com o status quo.
O velho continente precisa de um novo pacto! Acima dos interesses individuais de cada Estado Nacional, é premente a coesão. Afinal, embora fogo amigo, a crise helênica e de outras nações está para a zona do euro como o cavalo de Troia estava para o reino de Príamo.
A implosão da economia europeia não atende aos interesses de ninguém, e precisamos torcer para que prevaleça a lucidez dos antigos e dos novos governantes, atendendo aos anseios de seus cidadãos.
(SILVA, Josué Gomes. Folha de São 49 Paulo, 03/06/2012.
Atente para os organizadores textuais destacados: porém (linha 14); pois (linha 23); embora (linha 42). Respectivamente, tais conjunções expressam relações semânticas de
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Cavalo de Troia
O impasse político na Grécia, desencadeado nas eleições de maio, nas quais nenhum partido conseguiu maioria para formar o governo, dificultou muito a solução do seu problema econômico e ampliou a volatilidade nos mercados de capitais ao redor do mundo. Infelizmente, o imbróglio não será resolvido antes de meados de junho, pois, ante a impossibilidade de acordo para a constituição do gabinete, o presidente Karolos Papoulias convocou novo pleito para o dia 17 próximo.
Mais do que nunca, os gregos precisam de um governo com ampla aprovação popular, capaz de mudar uma cultura há muito arraigada, de tutela exagerada do Estado, impossível de ser indefinidamente bancada por cofres públicos.
Não será, porém, com uma recessão que já dura três anos, e que no primeiro trimestre deste ano custou uma perda de 6,2% no seu PIB, que a Grécia conseguirá sair do buraco e quitar suas dívidas. É um círculo vicioso, no qual ninguém quer ceder. Quem perde com isso é o próprio país e a União Europeia, considerando-se a moeda única e o efeito em cascata no sistema financeiro.
Diante desse quadro, é inevitável a tese de uma eventual saída da Grécia do bloco de nações. Talvez a discussão seja inoportuna e de pouco efeito prático, pois o desligamento não resolveria de imediato a dívida com os bancos, o que se somaria aos bilhões de euros já despendidos pelo Banco Central Europeu no socorro ao país, nem seria capaz de aliviar os problemas sociais advindos da recessão.
Solucionar essa questão é prioritário. Ademais, mesmo que em menor grau, também há outras situações críticas na região e um efeito dominó da eventual saída da Grécia não poderá ser descartado. Felizmente, o plebiscito na Irlanda, na última sexta-feira, foi favorável à União Europeia.
A cada eleição, a crise econômica provoca mudanças. Onde o poder estava nas mãos dos liberais passou à esquerda, como na França, com a vitória de Hollande. O mosaico político dificulta o diálogo. Falta liderança. As mudanças de governos como resultado das urnas, não importando a matriz ideológica do novo governante e do governante derrotado, demonstram que as populações não estão nada satisfeitas com o status quo.
O velho continente precisa de um novo pacto! Acima dos interesses individuais de cada Estado Nacional, é premente a coesão. Afinal, embora fogo amigo, a crise helênica e de outras nações está para a zona do euro como o cavalo de Troia estava para o reino de Príamo.
A implosão da economia europeia não atende aos interesses de ninguém, e precisamos torcer para que prevaleça a lucidez dos antigos e dos novos governantes, atendendo aos anseios de seus cidadãos.
(SILVA, Josué Gomes. Folha de São 49 Paulo, 03/06/2012.
O texto acima é um exemplar de artigo de opinião. Assinale a alternativa que resume adequadamente a tese defendida por Josué Gomes da Silva.
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Cadeia
Acordou sobressaltado. Pois não estava misturando as pessoas, desatinado? Talvez fosse efeito da cachaça. Não era: tinha bebido um copo, um tanto assim, quatro dedos. Se lhe dessem tempo, contaria o que se passara.
Ouviu o falatório desconexo do bêbado, caiu numa indecisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversava à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito? Que mal fazia a brutalidade dele? Vivia trabalhando como um escravo. Desentupia o bebedouro, consertava as cercas, curava os animais — aproveitara um casco de fazenda sem valor. Tudo em ordem, podiam ver. Tinha culpa de ser bruto? Quem tinha culpa?
Se não fosse aquilo... nem sabia. O fio da idéia cresceu, engrossou — e partiu-se. Difícil pensar. Vivia tão agarrado aos bichos... Nunca vira uma escola. Por isso não conseguia defender-se, botar as coisas em seus lugares.
O demônio daquela história entrava-lhe na cabeça e saía. Era para um cristão endoidecer. Se lhe tivessem dado ensino, encontraria meio de entendê-la. Impossível, só sabia lidar com bichos.
Enfim, contanto... Seu Tomás daria informações. Fossem perguntar a ele. Homem bom, seu Tomás da bolandeira, homem aprendido. Cada qual como Deus o fez. Ele, Fabiano, era aquilo mesmo, um bruto.
O que desejava... Ah! Esquecia-se. Agora se recordava da viagem que tinha feito pelo sertão, a cair de fome. As pernas dos meninos eram finas como bilros, sinhá Vitória tropicava debaixo do baú de trens. Na beira do rio haviam comido o papagaio, que não sabia falar. Necessidade.
Fabiano também não sabia falar. Às vezes largava nomes arrevesados, por embromação. Via perfeitamente que tudo era besteira. Não podia arrumar o que tinha no interior. Se pudesse... Ah! Se pudesse, atacaria os soldados amarelos que espancam as criaturas inofensivas.
(RAMOS, G.. Vidas Secas. Disponível em: http://www labtecgc.udesc.br:8081/pgbd/bitstream/123456789/401/1/vid as%20secas%20-%20graciliano%20ramos.pdf. Acesso em 05 abr. 2012)
Assinale o trecho do texto que mantém características da linguagem coloquial oral.
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Cadeia
Acordou sobressaltado. Pois não estava misturando as pessoas, desatinado? Talvez fosse efeito da cachaça. Não era: tinha bebido um copo, um tanto assim, quatro dedos. Se lhe dessem tempo, contaria o que se passara.
Ouviu o falatório desconexo do bêbado, caiu numa indecisão dolorosa. Ele também dizia palavras sem sentido, conversava à toa. Mas irou-se com a comparação, deu marradas na parede. Era bruto, sim senhor, nunca havia aprendido, não sabia explicar-se. Estava preso por isso? Como era? Então mete-se um homem na cadeia porque ele não sabe falar direito? Que mal fazia a brutalidade dele? Vivia trabalhando como um escravo. Desentupia o bebedouro, consertava as cercas, curava os animais — aproveitara um casco de fazenda sem valor. Tudo em ordem, podiam ver. Tinha culpa de ser bruto? Quem tinha culpa?
Se não fosse aquilo... nem sabia. O fio da idéia cresceu, engrossou — e partiu-se. Difícil pensar. Vivia tão agarrado aos bichos... Nunca vira uma escola. Por isso não conseguia defender-se, botar as coisas em seus lugares.
O demônio daquela história entrava-lhe na cabeça e saía. Era para um cristão endoidecer. Se lhe tivessem dado ensino, encontraria meio de entendê-la. Impossível, só sabia lidar com bichos.
Enfim, contanto... Seu Tomás daria informações. Fossem perguntar a ele. Homem bom, seu Tomás da bolandeira, homem aprendido. Cada qual como Deus o fez. Ele, Fabiano, era aquilo mesmo, um bruto.
O que desejava... Ah! Esquecia-se. Agora se recordava da viagem que tinha feito pelo sertão, a cair de fome. As pernas dos meninos eram finas como bilros, sinhá Vitória tropicava debaixo do baú de trens. Na beira do rio haviam comido o papagaio, que não sabia falar. Necessidade.
Fabiano também não sabia falar. Às vezes largava nomes arrevesados, por embromação. Via perfeitamente que tudo era besteira. Não podia arrumar o que tinha no interior. Se pudesse... Ah! Se pudesse, atacaria os soldados amarelos que espancam as criaturas inofensivas.
(RAMOS, G.. Vidas Secas. Disponível em: http://www labtecgc.udesc.br:8081/pgbd/bitstream/123456789/401/1/vid as%20secas%20-%20graciliano%20ramos.pdf. Acesso em 05 abr. 2012)
“A fala interior, revelada pelo discurso indireto livre, é sempre natural, e retrata importantes traços da psicologia da personagem. Pode, inclusive, ser apresentada pelo narrador com aqueles truncamentos, interrupções ou desordem de linguagem ainda não organizada para a comunicação ou a mente obtusa da personagem”. A partir dessa assertiva, assinale a alternativa que apresenta o discurso indireto livre e comprova a afirmação supracitada.
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Leia a letra da canção Ame, de Paulinho da Viola.
Ame, Seja como for Pintou desilusão O tempo poderá lhe dizer Que tudo Traz alguma dor E o bem de revelar | Por que se negar? Com tanto querer? Por que não se dar, Por que? Por que causar A luz em você? Deixar pra depois Chorar...pra que? (Disponível em: <http://letras.terra.com.br/paulinho-da-viola/180872/ >. Acesso em: 3 abr.2012) |
O enunciador defende a ideia-tese de que
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Leia a seguinte afirmação.
“Finalmente, uma pesquisa útil. O instituto holandês NWO realizou um estudo junto às populações laboriosas, estudo que chega de maneira bem clara a uma conclusão incontestável: o trabalho é cansativo. Já houve quem suspeitasse. Fica agora confirmada essa nossa importantíssima intuição”. (Pierre Georges, Le Monde, 18/10/1997). |
Neste texto, há uma figura de linguagem chamada ironia. Esta figura, segundo o dicionário Houaiss (versão eletrônica), é um recurso “por meio da qual se diz o contrário do que se quer dar a entender; uso de palavra ou frase de sentido diverso ou oposto ao que deveria ser”. No fragmento acima, assinale o vocábulo que mais explicitamente marca tal figura de linguagem.
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Leia a canção “Só dói quando eu rio”, de Moacyr Luz e Aldir Blanc.
Só fico à vontade na minha cidade. Volto sempre a ela, feito criminosa... Doce e dolorosa, a minha história escorre aqui. Há quem não se importe mas a Zona Norte é feito cigana lendo a minha sorte: sempre que nos vemos, ela diz quanto eu sofri. | E Copacabana, a linda meretriz-princesa. Loura Mãe de Santo com sua gargantilha acesa... ela me ensinou pureza e pecado, a respiração do mar revoltado... Rio de Janeiro, favelas no coração. (Disponível em: http://letras terra.com.br/fatimaguedes/ 890806/. Acesso em: 3 abr. 2012) |
A partir da leitura do trecho “Há quem não se importe / mas a Zona Norte / é feito cigana / lendo a minha sorte: / sempre que nos vemos, / ela diz quanto eu sofri”, infere-se que, para o enunciador, a Zona Norte é
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