O processo de renovação do Serviço Social brasileiro se deu em meio à autocracia burguesa e é compreendido em três perspectivas: modernizadora, reatualização do conservadorismo e intenção de ruptura. Netto (2005) destaca os documentos de Araxá e de Teresópolis como marcos canônicos da perspectiva modernizadora, por expressarem

Netto (1990) atribui à autocracia burguesa a função precipitadora do processo de erosão do Serviço Social “tradicional”. Segundo o autor, três elementos históricos são fundamentais para identificar essa erosão, são eles:

Behring (2009) afirma que é necessário não perder de vista as particularidades da nossa formação sócio-histórica, pois esse aspecto será determinante na conformação da concepção de política social, visto que seu surgimento e desenvolvimento ocorre de forma diversificada em cada país. Nesse sentido, aponta como características da nossa formação social

A entrada brasileira no capitalismo é conformada por vários aspectos que correspondem aos dinamismos externos do mercado mundial, e internos, com a adaptação do sistema colonial ao novo circuito econômico e político. Para Behring (2003), é possível elencar os seguintes processos fundamentais ao desenvolvimento do capitalismo no país:

Num cenário de intensas contrarreformas, precarização do trabalho e subfinanciamento do SUS, as residências multiprofissionais em saúde sofrem os rebatimentos dessa realidade e se constituem como espaços de significativos desafios. Ao mesmo, se colocam também como estratégia para o fortalecimento do Projeto de Reforma Sanitária e da direção construída pelo Serviço Social renovado, visto que possibilitam

As residências multiprofissionais em saúde constituem um espaço de formação com possibilidade de fortalecimento do projeto ético-político profissional do serviço social, bem como de defesa do sistema único de saúde (SUS). Sob a égide das contrarreformas do Estado brasileiro, desafios são colocadas no cotidiano dessa formação, a saber:

O pluralismo é um elemento presente na vida social e, por conseguinte, no interior da profissão. Netto (1999) destaca que ele constitui nossas relações cotidianas, pois é um elemento factual da vida social e da própria profissão que deve ser respeitado. Nesse sentido, é importante observar que

O projeto ético-político construído pelo Serviço Social brasileiro a partir da “virada” na história profissional teve como força motriz a recusa e a crítica ao conservadorismo e ao modus operandi do Serviço Social tradicional. Esse projeto construído pela profissão

O projeto ético-político, como representação da autoimagem profissional, apresenta valores, princípios e diretrizes coletivos da categoria. Desse modo, Barata e Braz (2009) identificam quatro elementos constitutivos do projeto ético-político do Serviço Social. São eles:

A vigilância em saúde é entendida como um conjunto de ações que