TEXTO –

QUESTÃO SOCIAL

Folha de São Paulo, 25/02/01

Apesar da urgência da organização da sociedade para exigir segurança de fato das autoridades, a redução da violência exige mudança profunda no enfoque da administração dos problemas sociais pelos governos federal, estadual e municipal.

Uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas, no ano passado, pelo pesquisador Ib Teixeira, constatou que a violência no país nos últimos dez anos matou 350 mil pessoas no período, mais do que as guerras do Timor Leste e de Kosovo juntas, e em menos tempo. O custo dessa violência, segundo o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), é de US$ 84 bilhões ao ano, ou 10,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Em São Paulo, cujo PIB nominal foi de US$ 241,58 bilhões em 1997, os custos da violência levantados em 1998 representam cerca de 3% do PIB, segundo dados da tese do sociólogo Rogério Sérgio de Lima.

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QUESTÃO SOCIAL

Folha de São Paulo, 25/02/01

Apesar da urgência da organização da sociedade para exigir segurança de fato das autoridades, a redução da violência exige mudança profunda no enfoque da administração dos problemas sociais pelos governos federal, estadual e municipal.

Uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas, no ano passado, pelo pesquisador Ib Teixeira, constatou que a violência no país nos últimos dez anos matou 350 mil pessoas no período, mais do que as guerras do Timor Leste e de Kosovo juntas, e em menos tempo. O custo dessa violência, segundo o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), é de US$ 84 bilhões ao ano, ou 10,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

Em São Paulo, cujo PIB nominal foi de US$ 241,58 bilhões em 1997, os custos da violência levantados em 1998 representam cerca de 3% do PIB, segundo dados da tese do sociólogo Rogério Sérgio de Lima.

Caso I

Em um quarto de hospital há dois pacientes com os primeiros nomes iguais: um é Armando Costa da Silva, que ocupa o leito 01 e o outro Armando Carvalho de Souza, que ocupa o leito 02.

Nas prescrições médicas de ambos há hidratação venosa com soro fisiológico a 0,9% e soro glicosado a 5%.

A prescrição, para 24 horas, do Armando Costa da Silva (leito 01) inclui 3 frascos de 500ml de soro glicosado a 5% e 2 frascos de 500ml de soro fisiológico a 0,9%. Nestes está indicada adição de 3 ampolas de 10ml de cloreto de potássio a 20%, em cada soro. A pres- crição, para 24 horas, do Armando Carvalho de Souza (leito 2) inclui 2 frascos de 500ml de soro glicosado a 5% e 2 frascos de 500ml de soro fisiológico a 0,9% sem aditivos.

A rotina estabelece as 15 horas como ponto de início das medicações do dia. Portanto, as prescrições são aprazadas no período de 15h a 15h do dia seguinte.

Às 8h da manhã o médico do paciente Armando Carvalho de Souza solicita a interrupção da infusão do soro, alegando que há um erro no soro prescrito para o seu paciente. Imediatamente a enfermeira interrompe o soro instalado, uma vez que constata que a auxiliar de enfermagem do período noturno trocou os soros dos pacientes do quarto.

A Auxiliar de Enfermagem do período noturno, que instalou o soro trocado no paciente Armando Carvalho de Souza (considerando o caso I), cometeu uma infração ética caracterizada como: