Uma das mais importantes expoentes da enfermagem brasileira, Wanda Horta, elaborou o referencial teórico das necessidades humanas básicas, que foram classificadas nos níveis psicobiológico, psicossocial e psicoespiritual.

O referencial teórico de Roy pode ser corretamente aplicado em diversas situações de cuidado, pois esclarece as relações entre os cinco elementos essenciais do modelo de adaptação. Porém, tem aplicação limitada quando se consideram as etapas de levantamento de dados e diagnósticos de enfermagem, visto que há uma lacuna em seu referencial quanto a essas áreas.

As mudanças no nível de funcionamento de uma pessoa devem ser observadas e registradas com o propósito de avaliar a evolução do paciente. Assim, o enfermeiro pode auxiliar as pessoas em atividades essenciais, comparando suas capacidades antes e após os cuidados, fundamentado-se nos quatorze componentes de cuidados básicos de enfermagem. Tais idéias estão baseadas nos trabalhos de Virginia Henderson.

A fim de satisfazer os requisitos de autocuidado do paciente, Dorothea Orem identificou três classificações de sistemas de enfermagem — o sistema totalmente compensatório, o sistema parcialmente compensatório e o sistema de apoio-ducação.

Considere a seguinte situação hipotética.

Mulher de 31 anos, apresentando edema importante de membros inferiores, fraqueza, insônia e aumento de peso, encontra-se internada em uma clínica médica para continuidade no tratamento de insuficiência renal crônica. Relata tristeza com as alterações que surgiram no seu corpo, falta de participação em atividades sociais e preocupação com o namorado. Foi instituído um plano de cuidados que focaliza a paciente como indivíduo e considera o sistema comportamental, enfatizando aspectos ligados ao relacionamento social e os subsistemas de dependência e de realização.

Nessa situação, o referencial teórico utilizado foi o de Imogene King.

Os princípios que nortearam o chamado Movimento Sanitarista foram catalisados na 1.ª Conferência Nacional de Saúde (1986), considerada um marco histórico para o SUS, pois as resoluções dessa conferência forneceram as bases para o que mais tarde viria a ser escrito na Constituição Federal de 1988.

Anteriormente à criação do SUS, somente os trabalhadores com carteira de trabalho registrada tinham garantia de atendimento nos serviços públicos de saúde.

Antes da criação e implementação do SUS, havia um duplo comando na área da saúde: o Ministério da Previdência Social encarregava-se das ações preventivas e o Ministério da Saúde cuidava da prestação de serviços médicos curativos.

A implementação, em 1983, da política de Ações Integradas de Saúde representou uma importante estratégia para o processo de descentralização da saúde no Brasil.

Antes da criação do SUS, surgiram propostas de implantação de uma rede de serviços visando a atenção primária à saúde, com hierarquização, descentralização e universalização, como, por exemplo, o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento.