Sabemos que é pela linguagem que o ser humano é colocado no mundo e aprende a se comunicar, a pensar e a se organizar interiormente e muitas são as formas de se perceber e de se compreender o que é necessário para que o desenvolvimento da linguagem da criança surda aconteça de forma íntegra. Dessa forma, um desafio é encontrado por educadores: o de como propiciar a aquisição da libras da melhor forma possível, uma vez que crianças surdas são, na maioria das vezes, filhas de pais ouvintes que nunca ouviram falar da língua de sinais.

(MOURA, 2014)

Considerando a libras como língua natural das crianças surdas, a estratégia defendida por pesquisadores e educadores para aquisição de linguagem é a de que a criança surda deve

A intenção de que as crianças surdas sejam, em um hipotético futuro, adultos ouvintes, originou um doloroso jogo de ficção nas identificações e nas identidades surdas. Nesse jogo os surdos acabam, finalmente, sendo catalogados não apenas como não ouvintes, mas como autistas, psicóticos, deficientes mentais, afásicos e esquizofrênicos. Esses estereótipos sobre os surdos não podem ser considerados inocentes e, seguindo a concepção de Stam e Shohat (1995), contêm formas opressivas, que permitem um controle social eficaz e determinam, exatamente, uma devastação psíquica sistemática dos surdos.

(SKLIAR, 2016, p. 21)

Para Skliar (2016), pode-se relacionar a visão clinicopatológica ao conceito de ouvintismo, que já foi discutido por muitos outros pesquisadores. O ouvintismo é

A intenção de que as crianças surdas sejam, em um hipotético futuro, adultos ouvintes, originou um doloroso jogo de ficção nas identificações e nas identidades surdas. Nesse jogo os surdos acabam, finalmente, sendo catalogados não apenas como não ouvintes, mas como autistas, psicóticos, deficientes mentais, afásicos e esquizofrênicos. Esses estereótipos sobre os surdos não podem ser considerados inocentes e, seguindo a concepção de Stam e Shohat (1995), contêm formas opressivas, que permitem um controle social eficaz e determinam, exatamente, uma devastação psíquica sistemática dos surdos.

(SKLIAR, 2016, p. 21)

Segundo Skliar (2016), existem diferentes representações da surdez, dentre elas: a visão clínico patológica e a visão socioantropológica. Essas representações não podem ser entendidas como modelos engessados sobre a surdez, mas apresentam diferenças de observação do sujeito surdo. A principal diferença entre essas duas representações é:

Pares mínimos são duas palavras em determinada língua que dependem unicamente de um só fonema para distinguir seu significado. Um exemplo de par mínimo em português pode ser: Bata − Pata, já que os sons iniciais de cada uma destas palavras são distintivos, pois mudam seu significado.

Em vista disso, um par mínimo da libras é apresentado em:

Considere as seguintes afirmações:

I. A língua de sinais é uma mistura de pantomima e gesticulação concreta, por isso expressar conceitos abstratos não é possível.

II. As línguas de sinais, portanto também a libras, nasceram a partir de uma derivação da comunicação gestual espontânea utilizada por ouvintes.

III. Por serem de natureza visual, as línguas de sinais são transparentes, podendo ser facilmente entendidas, uma vez que se inspiram na forma do mundo para criar significados.

IV. As línguas de sinais têm caráter nacional e cultural, assim, cada país tem sua própria língua de sinais.

Está correto o que consta de:

As expressões faciais na libras

Autores denominam de sintaxe espacial as propriedades estruturais da língua de sinais que fazem uso do espaço à frente do sinalizado para representar as entidades não presentes e suas relações. Sobre os espaços mentais, com base nos estudos de Lidell (2003) e Moreira (2007), pode-se fazer uma distinção entre espaço

As línguas de sinais e as línguas orais possuem diferenças significativas na forma de produção. Sobre a questão da simultaneidade e linearidade,

As línguas de sinais foram reconhecidas com status linguístico e atendendo a todos os critérios linguísticos de uma língua genuína devido a esforços de diversos pesquisadores. No entanto, o primeiro linguista a quem se deve esse reconhecimento das línguas de sinais é

Os sinais podem ser produzidos com uma ou com duas mãos. Battison (1978) observou condições impostas aos sinais produzidos com duas mãos:

1. Condição de simetria (as mãos apresentam a mesma configuração de mãos e os sinais são produzidos com o mesmo padrão de movimento que pode ser espelhado ou alternado);

2. Condição de dominância, em que uma das mãos apresenta dominância sobre a outra (neste caso, as configurações podem ser diferentes).

(Adaptado de: QUADROS, Ronice Müller de. Libras. São Paulo: Parábola, 2019, p. 45)

Com base no texto acima, apresenta APENAS sinais produzidos com duas mãos em condição de dominância: