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Qual a origem do racismo?

Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal. Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos. Os índios urubus, que habitam o vale do Pindaré, no Maranhão, acreditavam que todos os homens vieram da madeira.

Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

Revista Superinteressante

(Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/ciencia-contra-racismo/)

Em “Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa”, o travessão introduz trecho com valor de:

 

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Qual a origem do racismo?

Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal. Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos. Os índios urubus, que habitam o vale do Pindaré, no Maranhão, acreditavam que todos os homens vieram da madeira.

Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

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No parágrafo, as aspas são empregadas com a finalidade de:

 

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Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

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Em “A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos”, a segunda oração estabelece com a primeira uma relação de:

 

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Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

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Em “...mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas”, a expressão destacada é corretamente substituída em:

 

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Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal. Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos. Os índios urubus, que habitam o vale do Pindaré, no Maranhão, acreditavam que todos os homens vieram da madeira.

Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

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Em “Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres”, a palavra “que” é classificada como:

 

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Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal. Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos. Os índios urubus, que habitam o vale do Pindaré, no Maranhão, acreditavam que todos os homens vieram da madeira.

Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

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Observe as seguintes frases do prarágrafo “Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal” e “Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos”.

Em “seja”, o modo verbal reforça significado de:

 

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Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal. Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos. Os índios urubus, que habitam o vale do Pindaré, no Maranhão, acreditavam que todos os homens vieram da madeira.

Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

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Observe as seguintes frases do prarágrafo “Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal” e “Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos”.

Para unir as frases acima, o conectivo que melhor expressa a relação de sentido entre elas é:

 

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Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal. Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos. Os índios urubus, que habitam o vale do Pindaré, no Maranhão, acreditavam que todos os homens vieram da madeira.

Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

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No parágrafo, a relação estabelecida entre os termos “preconceito” e “racismo” pode ser adequadamente descrita pelo par:

 

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Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal. Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos. Os índios urubus, que habitam o vale do Pindaré, no Maranhão, acreditavam que todos os homens vieram da madeira.

Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

Revista Superinteressante

(Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/ciencia-contra-racismo/)

No parágrafo, um procedimento de argumentação utilizado é:

 

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Qual a origem do racismo?

Muitos cientistas acreditam que o etnocentrismo seja universal. Os mitos de origem de alguns nativos brasileiros trazem bons exemplos. Os índios urubus, que habitam o vale do Pindaré, no Maranhão, acreditavam que todos os homens vieram da madeira.

Acontece que só eles vieram das boas, enquanto seus vizinhos se originaram das podres. “Não existe quase nenhum relato de sociedades tribais que não tenham etnocentrismo”, diz João Baptista Borges Pereira, da USP. O motivo é simples: esse tipo de ideia reforça os laços entre os grupos, estabelece fronteiras entre eles e os outros e, de quebra, levanta o moral das pessoas. Na década de 50, um índio kadiweu – tribo famosa por não mostrar admiração por qualquer coisa que não fosse de seu grupo – foi levado ao topo da sede do Banespa, um dos edifícios mais altos de São Paulo e com uma arquitetura ousada para a época. A reação foi: “É apenas uma casa em cima da outra. Quem faz uma, faz 100”.

A característica é tão disseminada que levou psicólogos a pensar que as pessoas são programadas para discriminar grupos. Um experimento feito por três psicólogos evolutivos da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, mostrou a alguns participantes fotos de brancos e negros junto com partes de diálogo e frases desconexas.

Quando pediu que identificassem o autor das frases, metade dos participantes utilizou a raça para fazer seu julgamento. A boa notícia é que o preconceito pode ser facilmente dissolvido ou substituído por outro. Quando os negros e brancos que apareciam nas fotos recebiam camisetas de cores diferentes, as “cobaias” praticamente deixavam de classificá-los pela raça. A ideia é que o racismo seria uma tendência do ser humano de formar grupos de alianças com qualquer pista que ele tiver, como cor da pele, roupa ou sotaque.

O preconceito é tão antigo quanto a humanidade, mas o racismo parece não ter mais de 500 anos. “Antes disso, a discriminação era feita em relação à cultura e ao diferente”, diz o antropólogo Kabengele Munanga. Os gregos chamavam de “bárbaro” qualquer pessoa que não falasse sua língua, mas quem a aprendesse não teria maiores problemas. Tudo começou a mudar no final do século 15, quando a Inquisição espanhola obrigou os judeus a se converterem ao catolicismo. Na mesma época, os europeus chegaram à África e à América e encontraram seres humanos de aparência diferente da que eles conheciam. “Até então, a humanidade era a Europa. O conceito de branco não existia antes de eles conhecerem o negro”, diz Munanga.

A partir do século 18, e principalmente no século 19, as explicações bíblicas dão lugar a argumentos científicos. Os pesquisadores associavam os traços físicos de cada raça a atributos morais para tentar eliminar características indesejáveis. Um deles foi o conde francês Joseph Arthur de Gobineau, que em 1855 concluiu que a miscigenação causa a decadência dos povos e que os alemães eram uma raça superior às outras. Um de seus discípulos foi o médico brasileiro Raimundo Nina Rodrigues, para quem os rituais de candomblé eram uma doença dos negros.

Apesar de essas teorias terem caído em total descrédito no século 20, o tipo de discriminação que elas pregam permanece vivo em muitas pessoas. “É uma ideologia que se reproduz facilmente e que está sempre ligada à dominação de um grupo sobre o outro”, diz Kabengele. Ou seja, além de qualquer aspecto psicológico, o racismo tem motivos bastante práticos. “Ele é um sistema de levar vantagens sobre outras pessoas e manter privilégios”, afirma a psicóloga Maria Aparecida Silva Bento, coordenadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).

Revista Superinteressante

(Disponível em: https://super.abril.com.br/historia/ciencia-contra-racismo/)

A discussão desenvolvida no texto responde ao título da seguinte maneira:

 

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