Foram encontradas 40 questões.
Analise os quadros que mostram campanhas publicitárias da Pepsi e da Coca Cola. É dada uma legenda que
traz a tradução da frase de cada quadro.
![Enunciado 3571771-1](/images/concursos/8/3/2/832e1ab9-d8fd-8ffe-7b3f-761b7d4abfda.png)
(Disponível em: https://workstars.com.br/marketing/textos-de-propagandas-criativas/. Acesso em 18/12/23.)
Sobre os dois quadros, analise as afirmativas.
I. Os quadros propagandísticos não diferem quanto à imagem apresentada, mas causam humor pelas frases que trazem na parte superior.
II. Na propaganda da Pepsi, o elemento assustador está na capa da Coca Cola que veste a lata da Pepsi.
III. Na propaganda da Coca Cola, o uso da capa da Coca Cola denota a heroicidade de quem bebe tal bebida.
IV. A rivalidade entre as duas marcas de refrigerante torna-se explícita nas frases que trazem na parte superior.
Estão corretas as afirmativas
![Enunciado 3571771-1](/images/concursos/8/3/2/832e1ab9-d8fd-8ffe-7b3f-761b7d4abfda.png)
(Disponível em: https://workstars.com.br/marketing/textos-de-propagandas-criativas/. Acesso em 18/12/23.)
Sobre os dois quadros, analise as afirmativas.
I. Os quadros propagandísticos não diferem quanto à imagem apresentada, mas causam humor pelas frases que trazem na parte superior.
II. Na propaganda da Pepsi, o elemento assustador está na capa da Coca Cola que veste a lata da Pepsi.
III. Na propaganda da Coca Cola, o uso da capa da Coca Cola denota a heroicidade de quem bebe tal bebida.
IV. A rivalidade entre as duas marcas de refrigerante torna-se explícita nas frases que trazem na parte superior.
Estão corretas as afirmativas
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Aprenda a chamar a polícia
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no
quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma
silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei
muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam
mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:
— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o
ladrão com um tiro de escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um
estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma
unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada
neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele
estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
(VERÍSSIMO, Érico. Disponível em: /www.refletirpararefletir.com.br. Acesso em: 29/12/2023.)
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Aprenda a chamar a polícia
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no
quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma
silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei
muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam
mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:
— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o
ladrão com um tiro de escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um
estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma
unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada
neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele
estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
(VERÍSSIMO, Érico. Disponível em: /www.refletirpararefletir.com.br. Acesso em: 29/12/2023.)
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Aprenda a chamar a polícia
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no
quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma
silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei
muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam
mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:
— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o
ladrão com um tiro de escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um
estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma
unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada
neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele
estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
(VERÍSSIMO, Érico. Disponível em: /www.refletirpararefletir.com.br. Acesso em: 29/12/2023.)
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Aprenda a chamar a polícia
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no
quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma
silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei
muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam
mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma:
— Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o
ladrão com um tiro de escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um
estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma
unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada
neste mundo.
Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele
estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
— Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:
— Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
(VERÍSSIMO, Érico. Disponível em: /www.refletirpararefletir.com.br. Acesso em: 29/12/2023.)
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Praia, Maldita Praia
Odiava praia. E como não odiar?, costumava perguntar. Se os elementos que integram uma praia
fossem friamente analisados, não haveria como não nutrir sentimentos de repulsa por este ambiente
agressivo à saúde e ao bem-estar. Malditos grãos de areia que sempre insistem em entrar onde não devem,
pinicando todo o corpo, um sol infeliz torrando a pele e multiplicando melanomas e não melanomas, além
de uma água imunda e fétida, proliferando bactérias que fazem a festa no corpo dos ingênuos que ali se
divertem.
Por esta razão, ao chegar aos 60 anos, Antenor nunca reservara um dia sequer de suas férias para
adentrar praias entupidas de pessoas com suas micoses purulentas, como costumava dizer. Os amigos e
familiares, claro, sempre se incomodaram. As férias dele sempre se limitaram a viagens para o interior, fuga
do caos urbano para o tédio de alguns poucos monumentos e turismo de aventura.
Mas quando Antenor completou os 60 anos, a família decidiu mudar esta história. Sem seu
conhecimento, compraram um pacote turístico para uma badalada praia do Nordeste. Tudo incluso:
passagem, estadia, alimentação e até transporte local. E, obviamente, tudo mantido sob rigoroso segredo.
Para o Antenor, diziam que as férias seriam no interior, para uma daquelas cidades cuja atração se limita
apenas às comidas e bebidas típicas. Só depois que enfiaram o velho dentro do avião, devidamente
afivelado, comunicaram que o destino seria uma praia.
Houve um princípio de escândalo. Me tira daqui eu não quero pegar câncer, eu não quero micose
pútrida leprosa em minha pele, e por aí afora. Mas com alguma conversa, inclusive ameaça de divórcio da
dona Arlete, botaram o velho de volta ao bom juízo e ele manteve a boca fechada a viagem toda. Mas ainda
dava para ver em seus olhos a ira diante da traição de todos aqueles que um dia ele jurara amar.
Ao chegarem à praia, a família esperou pelo pior: um escândalo mais ostentoso do que o dado no
avião. Mas ao contrário, o semblante de búfalo mal-humorado do velho Antenor cedeu diante da visão
arrebatadora, do frescor sem igual, da agradável intensidade que o casamento entre sol, areia e mar
proporciona.
Durante aquele dia, a família concordara em uníssono: nunca tinham visto um Antenor tão feliz
quanto naquela tarde ensolarada. Ele até trocou algumas palavras amistosas com outros que se estiravam na
areia, nas proximidades.
Na semana seguinte, na viagem de volta de avião, Antenor garantiu a todos que não aguentaria
esperar as próximas férias. Nas semanas seguintes, no máximo em alguns poucos meses, daria um jeito de
voltar para a praia.
Isso, lógico, após ele tratar e curar a micose crural, a pitiríase versicolor e a onicomicose subungueal
distal e lateral.
(MARTINZ, J. Disponível em: www.corrosiva.com.br/cronicas engracadas. Acesso em: 26/12/23.)
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Praia, Maldita Praia
Odiava praia. E como não odiar?, costumava perguntar. Se os elementos que integram uma praia
fossem friamente analisados, não haveria como não nutrir sentimentos de repulsa por este ambiente
agressivo à saúde e ao bem-estar. Malditos grãos de areia que sempre insistem em entrar onde não devem,
pinicando todo o corpo, um sol infeliz torrando a pele e multiplicando melanomas e não melanomas, além
de uma água imunda e fétida, proliferando bactérias que fazem a festa no corpo dos ingênuos que ali se
divertem.
Por esta razão, ao chegar aos 60 anos, Antenor nunca reservara um dia sequer de suas férias para
adentrar praias entupidas de pessoas com suas micoses purulentas, como costumava dizer. Os amigos e
familiares, claro, sempre se incomodaram. As férias dele sempre se limitaram a viagens para o interior, fuga
do caos urbano para o tédio de alguns poucos monumentos e turismo de aventura.
Mas quando Antenor completou os 60 anos, a família decidiu mudar esta história. Sem seu
conhecimento, compraram um pacote turístico para uma badalada praia do Nordeste. Tudo incluso:
passagem, estadia, alimentação e até transporte local. E, obviamente, tudo mantido sob rigoroso segredo.
Para o Antenor, diziam que as férias seriam no interior, para uma daquelas cidades cuja atração se limita
apenas às comidas e bebidas típicas. Só depois que enfiaram o velho dentro do avião, devidamente
afivelado, comunicaram que o destino seria uma praia.
Houve um princípio de escândalo. Me tira daqui eu não quero pegar câncer, eu não quero micose
pútrida leprosa em minha pele, e por aí afora. Mas com alguma conversa, inclusive ameaça de divórcio da
dona Arlete, botaram o velho de volta ao bom juízo e ele manteve a boca fechada a viagem toda. Mas ainda
dava para ver em seus olhos a ira diante da traição de todos aqueles que um dia ele jurara amar.
Ao chegarem à praia, a família esperou pelo pior: um escândalo mais ostentoso do que o dado no
avião. Mas ao contrário, o semblante de búfalo mal-humorado do velho Antenor cedeu diante da visão
arrebatadora, do frescor sem igual, da agradável intensidade que o casamento entre sol, areia e mar
proporciona.
Durante aquele dia, a família concordara em uníssono: nunca tinham visto um Antenor tão feliz
quanto naquela tarde ensolarada. Ele até trocou algumas palavras amistosas com outros que se estiravam na
areia, nas proximidades.
Na semana seguinte, na viagem de volta de avião, Antenor garantiu a todos que não aguentaria
esperar as próximas férias. Nas semanas seguintes, no máximo em alguns poucos meses, daria um jeito de
voltar para a praia.
Isso, lógico, após ele tratar e curar a micose crural, a pitiríase versicolor e a onicomicose subungueal
distal e lateral.
(MARTINZ, J. Disponível em: www.corrosiva.com.br/cronicas engracadas. Acesso em: 26/12/23.)
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Praia, Maldita Praia
Odiava praia. E como não odiar?, costumava perguntar. Se os elementos que integram uma praia
fossem friamente analisados, não haveria como não nutrir sentimentos de repulsa por este ambiente
agressivo à saúde e ao bem-estar. Malditos grãos de areia que sempre insistem em entrar onde não devem,
pinicando todo o corpo, um sol infeliz torrando a pele e multiplicando melanomas e não melanomas, além
de uma água imunda e fétida, proliferando bactérias que fazem a festa no corpo dos ingênuos que ali se
divertem.
Por esta razão, ao chegar aos 60 anos, Antenor nunca reservara um dia sequer de suas férias para
adentrar praias entupidas de pessoas com suas micoses purulentas, como costumava dizer. Os amigos e
familiares, claro, sempre se incomodaram. As férias dele sempre se limitaram a viagens para o interior, fuga
do caos urbano para o tédio de alguns poucos monumentos e turismo de aventura.
Mas quando Antenor completou os 60 anos, a família decidiu mudar esta história. Sem seu
conhecimento, compraram um pacote turístico para uma badalada praia do Nordeste. Tudo incluso:
passagem, estadia, alimentação e até transporte local. E, obviamente, tudo mantido sob rigoroso segredo.
Para o Antenor, diziam que as férias seriam no interior, para uma daquelas cidades cuja atração se limita
apenas às comidas e bebidas típicas. Só depois que enfiaram o velho dentro do avião, devidamente
afivelado, comunicaram que o destino seria uma praia.
Houve um princípio de escândalo. Me tira daqui eu não quero pegar câncer, eu não quero micose
pútrida leprosa em minha pele, e por aí afora. Mas com alguma conversa, inclusive ameaça de divórcio da
dona Arlete, botaram o velho de volta ao bom juízo e ele manteve a boca fechada a viagem toda. Mas ainda
dava para ver em seus olhos a ira diante da traição de todos aqueles que um dia ele jurara amar.
Ao chegarem à praia, a família esperou pelo pior: um escândalo mais ostentoso do que o dado no
avião. Mas ao contrário, o semblante de búfalo mal-humorado do velho Antenor cedeu diante da visão
arrebatadora, do frescor sem igual, da agradável intensidade que o casamento entre sol, areia e mar
proporciona.
Durante aquele dia, a família concordara em uníssono: nunca tinham visto um Antenor tão feliz
quanto naquela tarde ensolarada. Ele até trocou algumas palavras amistosas com outros que se estiravam na
areia, nas proximidades.
Na semana seguinte, na viagem de volta de avião, Antenor garantiu a todos que não aguentaria
esperar as próximas férias. Nas semanas seguintes, no máximo em alguns poucos meses, daria um jeito de
voltar para a praia.
Isso, lógico, após ele tratar e curar a micose crural, a pitiríase versicolor e a onicomicose subungueal
distal e lateral.
(MARTINZ, J. Disponível em: www.corrosiva.com.br/cronicas engracadas. Acesso em: 26/12/23.)
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Questão presente nas seguintes provas
Praia, Maldita Praia
Odiava praia. E como não odiar?, costumava perguntar. Se os elementos que integram uma praia
fossem friamente analisados, não haveria como não nutrir sentimentos de repulsa por este ambiente
agressivo à saúde e ao bem-estar. Malditos grãos de areia que sempre insistem em entrar onde não devem,
pinicando todo o corpo, um sol infeliz torrando a pele e multiplicando melanomas e não melanomas, além
de uma água imunda e fétida, proliferando bactérias que fazem a festa no corpo dos ingênuos que ali se
divertem.
Por esta razão, ao chegar aos 60 anos, Antenor nunca reservara um dia sequer de suas férias para
adentrar praias entupidas de pessoas com suas micoses purulentas, como costumava dizer. Os amigos e
familiares, claro, sempre se incomodaram. As férias dele sempre se limitaram a viagens para o interior, fuga
do caos urbano para o tédio de alguns poucos monumentos e turismo de aventura.
Mas quando Antenor completou os 60 anos, a família decidiu mudar esta história. Sem seu
conhecimento, compraram um pacote turístico para uma badalada praia do Nordeste. Tudo incluso:
passagem, estadia, alimentação e até transporte local. E, obviamente, tudo mantido sob rigoroso segredo.
Para o Antenor, diziam que as férias seriam no interior, para uma daquelas cidades cuja atração se limita
apenas às comidas e bebidas típicas. Só depois que enfiaram o velho dentro do avião, devidamente
afivelado, comunicaram que o destino seria uma praia.
Houve um princípio de escândalo. Me tira daqui eu não quero pegar câncer, eu não quero micose
pútrida leprosa em minha pele, e por aí afora. Mas com alguma conversa, inclusive ameaça de divórcio da
dona Arlete, botaram o velho de volta ao bom juízo e ele manteve a boca fechada a viagem toda. Mas ainda
dava para ver em seus olhos a ira diante da traição de todos aqueles que um dia ele jurara amar.
Ao chegarem à praia, a família esperou pelo pior: um escândalo mais ostentoso do que o dado no
avião. Mas ao contrário, o semblante de búfalo mal-humorado do velho Antenor cedeu diante da visão
arrebatadora, do frescor sem igual, da agradável intensidade que o casamento entre sol, areia e mar
proporciona.
Durante aquele dia, a família concordara em uníssono: nunca tinham visto um Antenor tão feliz
quanto naquela tarde ensolarada. Ele até trocou algumas palavras amistosas com outros que se estiravam na
areia, nas proximidades.
Na semana seguinte, na viagem de volta de avião, Antenor garantiu a todos que não aguentaria
esperar as próximas férias. Nas semanas seguintes, no máximo em alguns poucos meses, daria um jeito de
voltar para a praia.
Isso, lógico, após ele tratar e curar a micose crural, a pitiríase versicolor e a onicomicose subungueal
distal e lateral.
(MARTINZ, J. Disponível em: www.corrosiva.com.br/cronicas engracadas. Acesso em: 26/12/23.)
I. Antenor, um senhor sexagenário, sempre tinha certa aversão por passar férias em locais de praia que, para ele, prejudicavam a saúde das pessoas.
II. A família de Antenor era citadina e suas férias eram passadas em cidades do interior que ofereciam comidas e bebidas típicas aos turistas.
III. O aceite plácido de Antenor, ao saber o destino, já embarcado, surpreendeu os membros da família que esperavam verdadeiro furor em reclamações.
IV. Antenor manteve um clima de calmaria, mas constrangido pela ousadia da família, até o retorno ao lar na semana seguinte.
V. Micose crural, pitiríase versicolor e onicomicose subungueal distal e lateral são doenças usadas pelo narrador para marcar ironicamente a posição primeira de Antenor e causar humor.
Estão corretas as afirmativas
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Praia, Maldita Praia
Odiava praia. E como não odiar?, costumava perguntar. Se os elementos que integram uma praia
fossem friamente analisados, não haveria como não nutrir sentimentos de repulsa por este ambiente
agressivo à saúde e ao bem-estar. Malditos grãos de areia que sempre insistem em entrar onde não devem,
pinicando todo o corpo, um sol infeliz torrando a pele e multiplicando melanomas e não melanomas, além
de uma água imunda e fétida, proliferando bactérias que fazem a festa no corpo dos ingênuos que ali se
divertem.
Por esta razão, ao chegar aos 60 anos, Antenor nunca reservara um dia sequer de suas férias para
adentrar praias entupidas de pessoas com suas micoses purulentas, como costumava dizer. Os amigos e
familiares, claro, sempre se incomodaram. As férias dele sempre se limitaram a viagens para o interior, fuga
do caos urbano para o tédio de alguns poucos monumentos e turismo de aventura.
Mas quando Antenor completou os 60 anos, a família decidiu mudar esta história. Sem seu
conhecimento, compraram um pacote turístico para uma badalada praia do Nordeste. Tudo incluso:
passagem, estadia, alimentação e até transporte local. E, obviamente, tudo mantido sob rigoroso segredo.
Para o Antenor, diziam que as férias seriam no interior, para uma daquelas cidades cuja atração se limita
apenas às comidas e bebidas típicas. Só depois que enfiaram o velho dentro do avião, devidamente
afivelado, comunicaram que o destino seria uma praia.
Houve um princípio de escândalo. Me tira daqui eu não quero pegar câncer, eu não quero micose
pútrida leprosa em minha pele, e por aí afora. Mas com alguma conversa, inclusive ameaça de divórcio da
dona Arlete, botaram o velho de volta ao bom juízo e ele manteve a boca fechada a viagem toda. Mas ainda
dava para ver em seus olhos a ira diante da traição de todos aqueles que um dia ele jurara amar.
Ao chegarem à praia, a família esperou pelo pior: um escândalo mais ostentoso do que o dado no
avião. Mas ao contrário, o semblante de búfalo mal-humorado do velho Antenor cedeu diante da visão
arrebatadora, do frescor sem igual, da agradável intensidade que o casamento entre sol, areia e mar
proporciona.
Durante aquele dia, a família concordara em uníssono: nunca tinham visto um Antenor tão feliz
quanto naquela tarde ensolarada. Ele até trocou algumas palavras amistosas com outros que se estiravam na
areia, nas proximidades.
Na semana seguinte, na viagem de volta de avião, Antenor garantiu a todos que não aguentaria
esperar as próximas férias. Nas semanas seguintes, no máximo em alguns poucos meses, daria um jeito de
voltar para a praia.
Isso, lógico, após ele tratar e curar a micose crural, a pitiríase versicolor e a onicomicose subungueal
distal e lateral.
(MARTINZ, J. Disponível em: www.corrosiva.com.br/cronicas engracadas. Acesso em: 26/12/23.)
( ) O segundo parágrafo liga-se ao primeiro pela retomada das ideias de Antenor sobre praia.
( ) O terceiro parágrafo liga-se ao segundo pela contraposição que a família do idoso faz à ideia de férias sempre nos mesmos locais, exposta no segundo parágrafo.
( ) O quinto parágrafo liga-se ao quarto pelo escândalo causado pelo idoso ao saber das férias na praia e não em uma cidade do interior.
( ) O último parágrafo liga-se ao anterior pela referência às doenças proclamadas pelo idoso que pessoas frequentadoras de praia teriam.
Assinale a sequência correta.
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