Considere a seguinte situação hipotética.

A farmácia de um hospital contabilizou, durante os primeiros seis meses do ano de 2003, uma perda de 40% de medicamentos por vencimento do prazo de validade. No segundo semestre do mesmo ano, essa perda foi reduzida para 15% apenas com a capacitação da equipe responsável pelo controle de estoque do setor.

Nessa situação, é correto afirmar que a qualificação de pessoal em todos os setores pode contribuir com a redução do desperdício de insumos hospitalares.

Muitos profissionais de saúde compartilham da opinião de que o setor saúde, e nele incluído o hospital, não deve sofrer restrições financeiras, mas sim receber recursos sempre crescentes. Esse ponto de vista pode ser contra ditado pelo administrador hospitalar, utilizando argumentos quanto ao custeio das ações e serviços prestados aos usuários, demonstrando assim que os recursos financeiros que compõem o orçamento em saúde são finitos.

O administrador hospitalar não deve utilizar apenas o critério de redução dos custos dos serviços hospitalares, mas sim a obtenção dos mesmos benefícios, a um custo mais baixo, ou, ainda, aumentar os benefícios sem que o custo suba.

A soma dos valores gastos com salários dos profissionais de saúde do setor, pessoal administrativo e de apoio, material médico e medicamentos da clínica pediátrica de um hospital público municipal correspondem ao custo de produção e oferta dos serviços pediátricos e irão compor o preço do serviço a ser vendido aos usuários.

Os custos do serviço de nutrição e dietética representam para o hospital custos diretos invisíveis. Em uma situação em que esse serviço deixar de oferecer alimentos, ele passará a representar aos pacientes um custo direto invisível.

No ambiente hospitalar, pode-se dizer que os custos de uma cirurgia são considerados custos diretos visíveis, enquanto a suspensão de uma cirurgia eletiva de reconstrução de trânsito intestinal por falta de fio de sutura representa para o paciente custos indiretos invisíveis.

Considerando que, durante o processo de tomada de preço de um fármaco utilizado em procedimentos cirúrgicos, os fornecedores disponibilizem diferentes apresentações de concentração e componentes agregados à fórmula, o critério de escolha a ser utilizado pelo setor de compras deverá ser o de optar pelo fornecedor que apresentar o melhor preço para a fórmula com maior concentração, pois assim a instituição poderá comprar mais desse fármaco e a um custo menor.

Indicadores como a taxa de infecção hospitalar e a quantidade de complicações pós-cirúrgicas apresentam ao administrador importantes subsídios para avaliação por resultado. Relações entre a quantidade de cirurgias realizadas em determinado mês e o número de salas existentes oferecerão argumentos para avaliação do processo de trabalho desenvolvido no centro cirúrgico.

Os equipamentos necessários para a realização de uma cirurgia que estarão em contato direto com áreas expostas do paciente durante o procedimento cirúrgico, deverão ter sofrido procedimento químico e(ou) térmico no sentido de desinfetá-los.

Em um serviço hospitalar, todas as áreas são classificadas conforme o potencial de contaminação. O centro cirúrgico, por ser considerado área semi-crítica, terá seus protocolos e rotinas administrativas elaboradas e implementadas conforme essa classificação, diferentemente da central de esterilização de materiais, que é considerada área crítica e deverá seguir os cuidados referentes a essa classificação.