O materialismo histórico-dialético, um dos modelos teóricos que dão base à Terapia Ocupacional, pode ser observado, na prática, nas ações de Economia Solidária construídas pelos Centros de Atenção Psicossocial em parceria com outros equipamentos sociais.

O modelo positivista hegemônico de atenção à saúde, superado pela Lei nº 10.216/2011, considera as questões estruturantes da vida dos usuários da RAPS no processo de intervenção. Por essa razão, essa Lei, no núcleo da Terapia Ocupacional, é considerada como marco de inclusão da profissão no Sistema Único de Saúde.

O modelo humanista é um contraponto ao modelo positivista. Nesse sentido, terapeutas ocupacionais que atuam nesse modelo, especialmente na RAPS, não produzem um processo de Terapia Ocupacional estruturado, justamente por desconsiderar tudo o que é concreto no processo de intervenção em terapia ocupacional.

Os modelos positivista, humanista e materialista histórico-dialético, se aplicados por profissional terapeuta ocupacional com experiência técnica e assistencial, podem ser complementares na RAPS, logo que consideram os diferentes aspectos que envolvem o cotidiano dos sujeitos.