O Brasil é um país reconhecido por apresentar uma vasta área territorial. Isso possibilita uma divisão fundiária em que os pequenos e médios agricultores englobam mais de metade das terras agricultáveis do país.

A expulsão dos pequenos agricultores e dos trabalhadores rurais das áreas de origem, a concentração da propriedade e a violência dos conflitos fundiários são fatores que podem explicar o surgimento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cuja principal estratégia é a ocupação de terras improdutivas. Essa organização começou no Rio Grande do Sul, que, desde a década de 1970 – como os demais estados do Sul –, vem conhecendo o aprofundamento da concentração fundiária.

O Centro-Oeste, onde predomina a expansão da agropecuária moderna, foi uma das primeiras regiões agrícolas do país, ainda no período em que o Brasil era apenas uma colônia de Portugal. Os imigrantes portugueses que lá se instalaram foram importantes também para a ocupação da região Sul do Brasil.

O setor agrícola brasileiro vem passando por um constante processo de mecanização e avanço tecnológico. Porém, mesmo com a tecnologia que surge no campo, o contingente de trabalhadores rurais no Brasil vem aumentando ano após ano.

O Estatuto da Terra – Lei nº 4.504/1964 – foi responsável pelo processo de Reforma Agrária feito no país. Processo esse que possibilitou uma diminuição da concentração fundiária em todo o território brasileiro.