Qualquer instrumento atende ao idoso na musicoterapia justamente porque estimula a facilidade de manuseio e a maior amplitude de movimento, contribuindo para um maior esforço requerido.

O momento em que a memória recente do idoso é ativada é extremamente gratificante, pois ele passa longo tempo tentando lembrar de determinadas letras de músicas e, quando consegue, realimenta-se, impulsionando-se a novas manifestações expressivas, indo daí para novas conquistas. Isso favorece o aumento da sua auto-estima, proporcionando mudanças de comportamento.

Certas músicas, por si só, produzem estímulos para a mobilização corporal. Na terapia, essas músicas são escolhidas para auxiliarem no relaxamento e na estimulação rítmico-sonora que proporcionam movimentos corporais, ajudando a melhorar os problemas osteomusculares e reativando as funções motoras.

O idoso tem o seu ritmo orgânico e físico alterado. Isso é perfeitamente normal e explica sua preferência por andamentos mais lentos, levando o musicoterapeuta a regular seu tempo pelo tempo do paciente com quem ele estiver trabalhando.

Faz parte do setting musicoterápico tudo o que pode estar envolvido com o desenvolvimento do processo de tratamento: sala de atendimento, instrumentos, gravadores, fitas, músicas, musicoterapeuta e pacientes.