O processo saúde-doença é um dos pontos centrais para os profissionais da saúde que buscam promovê-la, cuidando para que as pessoas possam ter, tanto quanto possível, uma boa qualidade de vida, mesmo quando as limitações se estabelecem.

Uma nova maneira de pensar a saúde e a doença deve excluir explicações para os achados universais de que a letalidade e a incidência obedecem a um gradiente, que atravessa as classes socioeconômicas, de modo que menores rendas ou status social estão associados a uma pior condição em termos de saúde.

Um novo instrumento processual para a apreensão do complexo saúde-doença não deve levar em consideração a distinção entre a doença, tal como definida pelo sistema da assistência à saúde e a saúde, tal como percebida pelos indivíduos.

O sentimento experimentado pelas pessoas, suas famílias e grupos sociais corresponde à concepção de doença que orienta os provedores da assistência, como os profissionais da Estratégia Saúde da Família.

Como alternativa para a superação dos modelos relativos contemporâneos, centrados em ações coletivas, como os métodos diagnósticos e terapêuticos, a vacinação, a educação em saúde, ainda que dirigidos aos denominados grupos de risco, haveria privilegiar a dimensão coletiva do fenômeno saúde-doença, por meio de modelos interativos que incorporassem ações individuais e coletivas.