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2398144 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: CESPE / CEBRASPE
Orgão: CEF
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Texto para a questão

Especialistas concordam que é papel do ensino fundamental e médio — e não apenas da universidade — cooperar de alguma forma com o processo de formação dos futuros profissionais(a). Isso não implica ensinar jovens estudantes(b) a mexer com planilhas de cálculos ou a empreender um novo negócio. Requer,(a) sim, dar-lhes(b) recursos para lidar com a realidade e, por exemplo, com a competição que um dia virá. Então, a dúvida que permanece é: nossas escolas de fato cumprem essa tarefa?

Carlos Alberto Ramos, professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, aponta falhas nessa missão. Ele identifica um abismo na transição entre o sistema escolar e o mercado de trabalho. “Nosso modelo educacional é muito segmentado, e os conhecimentos de línguas e matemática, por exemplo, são muito diferentes dos valores compreendidos durante a vida profissional”, defende.

O despreparo dos jovens(c), portanto, é patente. “Desde cedo, é preciso ensinar as crianças a pensar e a se adequar a novas realidades”, diz Ramos. “Elas contam, inclusive, com uma vantagem para isso(c): são mais flexíveis a mudanças e estão sempre abertas a novas tecnologias”. Infelizmente, conclui o especialista, não é isso o que acontece nas escolas.

O mais curioso é que, a despeito de qualquer discussão sobre o dever das escolas(d), ajudar no desenvolvimento do aluno com vistas à sua colocação no mercado de trabalho é um fundamento no país, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conjunto de normas que dá o norte ao sistema educacional brasileiro. Portanto, tal tarefa(d) cabe a todos os níveis do ensino básico, dos cinco aos 17 anos.

Para Claudio de Moura Castro, especialista em educação, as escolas de ensino infantil e fundamental(e) oferecem aos estudantes, geralmente, a proposta correta para a capacitação para a vida profissional. Isso significa: ensinar a ler, escrever e falar adequadamente já durante a alfabetização infantil. O problema, segundo o especialista, aparece no ensino médio. “Nesse nível, as escolas são desmotivadoras, oferecendo conteúdos específicos para que os alunos estejam preparados para o vestibular”, afirma. “Mas, na verdade, não preparam(e) o estudante para nada”.

Moura Castro aponta três habilidades fundamentais aos profissionais de hoje e do futuro. Elas são decorrentes da boa leitura, da boa escrita e da capacidade de comunicar-se bem. “Todos os profissionais precisam saber resolver problemas, falar em público e trabalhar em equipe”, sentencia. “É nesse momento de aprendizado que se dissolve a fronteira entre o que é acadêmico — ensinado na escola — e o que é profissional e prático para o mercado de trabalho.”

Marina Dias. Bom profissional se faz na escola, 4/9/2009. Internet: <veja.abril.com.br> (com adaptações).

Em relação ao sentido do texto e aos seus aspectos linguísticos, assinale a opção correta.

 

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