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2444581 Ano: 2012
Disciplina: Português
Banca: PM-MG
Orgão: PM-MG
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Reforma ortográfica: falar e escrever certo.

Dominar a norma culta de um idioma é plataforma mínima de sucesso para profissionais de todas as áreas. Engenheiros, médicos, economistas, contabilistas e administradores que falam e escrevem certo, com lógica e riqueza vocabular, têm mais chance de chegar ao topo do que profissionais tão qualificados quanto eles mas sem o mesmo domínio da palavra. Por essa razão, as mudanças ortográficas interessam e trazem dúvidas a todos. O acordo diz como se devem usar o hífen e o acento agudo e outros desses minúsculos sinais gráficos que já fizeram estatelar muitas reputações. A diferença entre um sucesso e um vexame pode ser determinada por uma simples crase mal utilizada. Portanto, não há como ignorar quando os sábios se reúnem para determinar o que é certo e errado no uso do português.

Nas grandes corporações, os testes de admissão concedem à competência linguística dos candidatos, muitas vezes, o mesmo peso dado à aptidão para trabalhar em grupo ou ao conhecimento de matemática. Diversas pesquisas estabelecem correlações entre tamanho de vocabulário e habilidade de comunicação, de um lado, e ascensão profissional e ganhos salariais, de outro. Um estudo feito em 39 empresas americanas mostrou que a chance de ascensão profissional está diretamente ligada ao vocabulário que a pessoa domina. Quanto maior seu repertório, mais competência e segurança ela terá para absorver novas ideias e falar em público. Cresce a consciência de que as línguas bem faladas, protegidas por normas cultas, são ferramentas da cultura e também armas da política, além de ser riquezas econômicas.

Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de primeiro de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil, e em todos os países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa.), o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012. Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal. No entanto, não é necessário que haja aversão às alterações, pois são simples e fáceis de serem apreendidas, além disso, há um prazo de adaptação que contribui para o processo de assimilação das mudanças.

O acordo entrará em vigor a partir de janeiro de 2009, mas as duas normas ortográficas, a atual e a prevista no acordo, poderão ser usadas e aceitas como corretas nos exames escolares, vestibulares, concursos públicos e demais meios escritos até dezembro de 2012. Segundo o MEC (Ministério da Educação), a medida deve facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre os países e ampliar a divulgação do idioma e da literatura em língua portuguesa.

A escritora Lya Luft disse que a unificação já devia ter ocorrido antes, pois considera uma medida civilizada. A diferença na escrita dos países que falam português atrapalha o intercâmbio econômico e editorial. “Como toda reforma, essa proposta tem suas falhas, mas acho ótimo”, concluiu a escritora.

O gramático Evanildo Bechara, membro da Academia Brasileira de Letras, achou a unificação ortográfica importante do ponto de vista político, pois implica numa maior difusão da língua portuguesa nos seus textos escritos, mas considera que a reforma poderia ter avançado mais.

Texto adaptado de Revista Veja (matéria de capa.), edição 2025, de 12/09/2007.

Marque a alternativa CORRETA. No texto, tem-se a seguinte passagem: “(...) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012”.

Se o mesmo texto fosse escrito hoje, o verbo passaria a ser flexionado de outra maneira, ou seja, finalizou. Com tal mudança, marque a alternativa que corresponde ao tempo, modo e conjugação da nova forma: finalizou.

 

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