O garroteamento demorado e homogeneização insuficiente são as únicas causas de erros espúrios no hemograma, podendo interferir nas contagens globais de todas as células no hemograma automatizado. Nesses casos, é de fundamental importância que o flebotomista informe sobre coletas demoradas ou traumáticas

Em alguns casos, existe adesão das plaquetas ao endotélio e agregação das plaquetas entre si. Assim, apenas parte das delas pode passar para o interior do tubo. Nesse caso, as estimativas de plaquetas em esfregaço e a contagem automatizada podem ser equivalentes.

Todos os casos de plaquetopenias devem ser sempre confirmados em esfregaço sanguíneo, por contagem indireta, como o método de Fônio, podendo também esse método ser utilizado em casos de falha ou ausência do contador automatizado, pois é relativamente seguro, apresentando CV = 10%.

Plaquetopenias EDTA-dependentes podem ocorrer in vivo em alguns pacientes, devido a plaquetopatias hereditárias, sendo necessário solicitar nova coleta em tubos com EDTA e citrato de sódio para corrigir a contagem de plaquetas.

A presença de plaquetas gigantes pode gerar contagens falsamente maiores nos contadores automatizados que utilizam metodologia baseada apenas no tamanho das células. Porém, nos contadores que possuem metodologia ótica como alternativa, essa interferência na contagem de plaquetas não ocorre.