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Leia atentamente o poema Rosa murcha, de Casimiro de Abreu, para responder às questões de 1 a 5.

Rosa murcha

Esta rosa desbotada

Já tantas vezes beijada,

Pálido emblema de amor;

É uma folha caída

Do livro da minha vida,

Um canto imenso de dor!

Há que tempos! Bem me lembro...

Foi num dia de Novembro:

Deixava a terra natal,

A minha pátria tão cara,

O meu lindo Guanabara,

Em busca de Portugal.

Na hora da despedida

Tão cruel e tão sentida

P’ra quem sai do lar fagueiro;

Duma lágrima orvalhada,

Esta rosa foi-me dada

Ao som dum beijo primeiro.

Deixava a pátria, é verdade,

Ia morrer de saudade

Noutros climas, noutras plagas;

Mas tinha orações ferventes

Duns lábios inda inocentes

Enquanto cortasse as vagas.

E hoje, e hoje, meu Deus?!

— Hei de ir junto aos mausoléus

No fundo dos cemitérios,

E ao baço clarão da lua

Da campa na pedra nua

Interrogar os mistérios!

Carpir o lírio pendido

Pelo vento desabrido...

Da divindade aos arcanos

Dobrando a fronte saudosa,

Chorar a virgem formosa

Morta na flor dos anos!

Era um anjo! Foi pr’o céu

Envolta em místico véu

Nas asas dum querubim;

Já dorme o sono profundo,

E despediu-se do mundo

Pensando talvez em mim!

Oh! esta flor desbotada,

Já tantas vezes beijada,

Que de mistérios não tem!

Em troca do seu perfume

Quanta saudade resume

E quantos prantos também!

Leia atentamente as afirmações a seguir:

I – Os substantivos “pálida” e “caída”, presentes na primeira estrofe, dão indícios da atmosfera melancólica do eu lírico.

II – O eu lírico recebe o primeiro beijo da amada quando está deixando sua terra natal.

III – Em terras portuguesas, o que consolava o eu lírico eram as orações ferventes da amada que havia ficado em seu país natal.

É (São) correta(s) a(s) afirmação(ões):

 

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