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1673375 Ano: 2010
Disciplina: Português
Banca: VUNESP
Orgão: Pref. Sorocaba-SP
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Leia o texto para responder à questão.
A epidemia de influenza A, causada pelo vírus H1N1, também chamada de gripe suína, pegou o mundo de surpresa. O pânico e o medo do desconhecido levaram indivíduos e mesmo autoridades de saúde a tomar medidas drásticas, sem fundamento científico, para tentar evitar a disseminação da doença.
O tratamento adotado de imediato contra a infecção por esses vírus concentrou-se em um medicamento já disponível nas prateleiras das farmácias, o Oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu. A urgência e o pânico fizeram com que algumas etapas, geralmente exigidas para a introdução de qualquer medicamento no tratamento de uma doença, fossem completamente ignoradas.
Qualquer febre era pretexto para tomar Tamiflu. Afinal, é muito melhor tratar a doença antes que piore, principalmente nas primeiras 48 horas dos sintomas. Agora que se passaram alguns meses do início da epidemia, os cientistas estão avaliando com detalhes todos os seus aspectos e riscos.
O que entra em questão é a eficiência do Tamiflu no manejo dos pacientes infectados. Inclusive porque milhões foram gastos por entidades de saúde ao redor do mundo para deixar disponível à população quantidades suficientes do remédio. Um extenso estudo, publicado na prestigiosa revista British Medical Journal, realizado por pesquisadores ingleses do famoso Grupo Cochrane, avaliou a eficácia do medicamento.
Apesar de o Tamiflu e de outros medicamentos semelhantes terem se tornado drogas de domínio público de escala planetária, poucos dados concretos sustentam seu uso indiscriminado. Está comprovado que essa classe de medicamentos consegue reduzir os sintomas e a duração da doença em 24 horas, caso sejam tomados nas primeiras 48 horas. Essa redução de sintomas e da duração da doença foi considerada mito modesta. também não está clara a sua toxicidade, bem como as complicações e os efeitos colaterais associados ao remédio. Apesar de alguns relatos de problemas referentes à administração do Tamiflu, não há uma avaliação detalhada do contexto da influenza A.
O estudo concluiu que não há dados sólidos suficientes para recomendar o seu uso na prevenção de complicações graves da influenza.
Da mesma forma, não se podem fazer recomendações quanto à toxicidade desse tratamento em casos de influenza A. Os pesquisadores concluíram que, tendo em vista dados científicos disponíveis na atualidade, não se deve recomendar o uso rotineiro de Tamiflu. Levando-se em conta os estudos analisados, esse medicamento seria considerado ineficaz.
( Revista CartaCapital, 16.12.2009. Adaptado)
Em - Inclusive porque milhões foram gastos por entidades de saúde ao redor do mundo... - a expressão em destaque pode ser substituída, sem alteração se sentido, e de acordo com a norma culta, por
 

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