A propriedade da terra determina também as relações sociais entre as pessoas no meio rural. Quem tem uma pequena parcela de terra pode trabalhar por conta própria com sua família, garantir pelo menos o sustento de sua família, fruto do próprio suor.

A palavra latifúndio vem do latim latifundiu, e era utilizada, já na Roma antiga, para caracterizar o domínio de uma grande área de terra por um único proprietário.

Isso explica a ganância dos grandes proprietários que continuam se apropriando de grandes extensões de terra. Quanto mais terra têm, mais terra querem ter. A terra no Brasil é refém da exploração capitalista.

Por outro lado, é de se reconhecer que os atuais grandes proprietários de terra adquiriram suas propriedades com o suor do seu trabalho. É injusto, portanto, que espertalhões e exploradores queiram tomar, à força, o fruto do seu trabalho, construído durante gerações.

É, portanto, impossível construir uma sociedade mais democrática no Brasil sem questionar o latifúndio. É impossível resolver os problemas da pobreza no meio rural, da desigualdade social no Brasil, sem uma política de redistribuição de terras.