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1890662 Ano: 2009
Disciplina: Português
Banca: UFSC
Orgão: UFSC
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Clima pode comprometer 85% da mata amazônica
Enunciado 1890662-1
A Amazônia está condenada a perder no mínimo 20% de sua fisionomia original com as mudanças climáticas. O impacto pode ser ainda pior e afetar 85% da floresta se as temperaturas subirem além de 4 ºC, comparadas com níveis pré-industriais.
Esse foi o quadro sombrio apresentado pelo Centro Hadley, Instituto de Meteorologia do Reino Unido, durante o Congresso Científico Internacional sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague.
O estudo sobre a resistência de ecossistemas a um nível perigoso de mudança climática usou cerca de 700 simulações em computadores para projetar o destino de florestas e geleiras. Esses modelos traçaram cenários de emissão de gases do efeito estufa e suas consequências. A partir desses dados, os pesquisadores testaram a sensibilidade da Amazônia ao calor e à seca.
Os resultados que serão publicados na revista “Nature Geoscience” são pessimistas. Até 2100, uma elevação entre 1 ºC e 2 ºC causaria uma “retração” da floresta de 20% a 40%, e os efeitos serão bem mais severos se as temperaturas romperem esse patamar. A pior hipótese testada é uma alta de 4 ºC, que reduziria a Amazônia a apenas 15% do que é hoje.
“O que descobrimos é que mesmo a mais modesta elevação de temperatura afetará a floresta severamente”, disse Vicky Pope, coordenadora do Hadley, à Folha.
Projeções sobre a savanização da Amazônia já vinham sendo feitas no Brasil pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Um estudo de 2007 alertava que aumentos de temperatura de “2 ºC a 6 ºC” aliados a períodos de seca mais severos transformariam até 18% da maior floresta tropical do planeta em algo similar ao cerrado. O novo estudo do Hadley, entretanto, é o primeiro a mostrar, no longo prazo, a relação entre temperaturas específicas e taxas de savanização.
Os cientistas ingleses também afirmam que uma recuperação da floresta após tudo isso não ocorreria em menos de cem anos. Alguma perda haverá, pois a temperatura global não está longe de alcançar uma elevação de 1 ºC em relação a níveis do século XIX.
Segundo Pope, a melhor chance de evitar efeitos significativos na Amazônia é limitar a subida da temperatura a no máximo. Para tanto, as emissões de gases-estufa precisariam atingir um pico em 2015 e a partir daí caírem 3% ao ano. Ainda assim, a probabilidade de o aquecimento efetivamente se estabilizar é de 50%.
Adaptado de Gustavo Faleiros, colaboração para a Folha de S. Paulo, em Copenhague.
Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u533508.shtml>
Acesso em: 12/03/2009.
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