Magna Concursos
1363095 Ano: 2013
Disciplina: Português
Banca: QUADRIX
Orgão: CRMV-ES
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Gatos também doam sangue
Pesquisadora da USP implantou o primeiro banco de
sangue para felinos do Brasil. E ela precisa de gatos
doadores
A veterinária Karin Botteon adora gatos. Por isso, quando foi decidir um tema de mestrado, ela escolheu o universo felino. E, como queria fazer algo que contribuísse com a evolução da medicina veterinária no Brasil, optou por algo inédito: quatro anos depois, Karin é a responsável pelo primeiro banco de sangue de felinos do País.
"A medicina veterinária evolui rapidamente, como a medicina humana. A busca por serviços especializados cresce a cada dia. Um proprietário de um gatinho com câncer, por exemplo, vai procurar um oncologista para tratar o animal, e não será diferente se o gato precisar de uma transfusão. O proprietário vai querer um sangue livre de doenças infecciosas e de qualquer risco de contaminação", diz a veterinária.
Hoje há mais de 21 milhões de gatos no país - um aumento de 16% nos últimos dois anos - mas até hoje não havia um banco de sangue específico para esses animais.
É que tratar gatos é mais complicado do que cachorros. Os bancos de sangue de cães utilizam os mesmos materiais usados para humanos - agulha, bolsa e anticoagulante. Os materiais precisam ser estéreis, o que permite a separação do sangue em hemocomponentes e o estoque em condições adequadas.
Durante os quatro anos em que desenvolveu seu mestrado, Karin pesquisou os materiais necessários e os importou dos Estados Unidos. Mas, com o avançar do projeto, os pesquisadores conseguiram desenvolver versões nacionais a partir dos materiais humanos remanufaturados.
Além disso, os cães doadores normalmente são grandes - têm mais de 27 quilos-, por isso são compatíveis com os materiais de coleta para humanos. E eles conseguem fazer o procedimento quietinhos, sem nenhuma sedação. Com os gatos é diferente: eles precisam ser sedados.
Surgiu o outro problema: encontrar doadores. "A maior dificuldade da implantação foi encontrar proprietários dispostos a deixarem seus gatos doar o sangue", conta Karin. "O gato é uma espécie bastante sensível, não tolera bem a contenção física para coleta como os cães, portanto é necessária a sedação." Os donos, preocupados, hesitavam em liberar seus gatos para a doação - e a dificuldade existe até hoje para manter o estoque do banco.
Os gatos têm três tipos sanguíneos: A, B e AB - não há doador universal. Por isso, é necessária a tipagem do sangue ou um teste de compatibilidade antes da transfusão. Gatos saudáveis com mais de 4,5 quilos de peso podem doar. É preciso ter vermífugo e vacinação em dia, ter entre um e oito anos de idade e ser dócil.
(revistagalileu.globo.com)
Todas as palavras a seguir foram retiradas do segundo parágrafo do texto. Assinale aquela que for um substantivo.
 

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