Após a maceração de ossos para a obtenção de peças ósseas usadas nas aulas práticas de anatomia, a clarificação objetiva deixar o exterior da peça óssea com uma coloração mais clara.

Uma forma econômica e eficaz de realizar essa clarificação consiste no uso de clorofórmio PA, deixando-se a peça imersa nessa substância por, no mínimo, 48 horas.

As alterações cadavéricas se iniciam logo após a morte clínica do animal, e o estudo dessas alterações tem importância decisiva na avaliação do tempo de ocorrência da morte, o que é muito importante na medicina legal.

Entre essas alterações, destacam-se a insensibilidade, a imobilidade, a inconsciência, o algor mortis e o livor cadavérico, sendo que a temperatura ambiente também pode exercer papel importante na cronologia dessas ocorrências.

Conforme a Resolução 714/2002 do CFMV, o protocolo mais indicado para a eutanásia de cães e gatos é a sedação profunda do animal e posterior administração intra-cardíaca de cloreto de potássio, solução a cinco por cento (5%).

A realização de necrópsia em primatas, conhecidos popularmente como “saguis”, requer cuidados especiais com a segurança, devendo ser rigorosa a paramentação com EPIS e, em alguns casos, recomendada a abertura do cadáver em cabine de fluxo laminar, pelo fato de esses animais serem potenciais portadores de vírus da febre amarela e de herpes-vírus.

A abertura do cadáver de animais mortos sob suspeita de zoonoses exige maiores cuidados do técnico no que se refere à biossegurança, como, por exemplo, ao realizar uma necrópsia de animal suspeito de raiva.

Assim, serão necessários os seguintes EPIS: luvas de látex, vinil ou nitrila; botas de borracha de cano médio ou longo; jaleco descartável ou de tecido, com manga longa; óculos de proteção; máscara com respirador semi-facial e touca, não sendo necessário que o técnico seja previamente vacinado contra raiva, dado o uso de proteção adequada.

Na conservação de peças anatômicas em salas de anatomia, o crescimento de fungos representa sério problema, pois, além de causar deterioração das peças, também alteram a coloração das mesmas, sendo que um produto muito utilizado, por seu baixo custo e facilidade de uso para inibir o crescimento desses fungos é o “hipoclorito de sódio”, devendo-se usá-lo, misturado ao formol, em concentrações elevadas, para a obtenção de resultados favoráveis.

Na realização da necrópsia, órgãos sólidos, como o baço e o fígado, deverão ser cuidadosamente removidos da cavidade abdominal para, em seguida, serem avaliados quanto a seu peso, sua forma, cor e textura, além de, para sua conservação, com finalidade de estudos anatômicos, dever-se imergir o órgão em formol a 5%, evitando-se a injeção do produto nos órgãos, para não alterar sua forma.

Para a realização de punções venosas em animais, objetivando a anestesia para eutanásia ou mesmo para administração de corantes ou fixadores, o vaso mais utilizado é a veia jugular, dado o seu calibre e fácil acesso, mesmo em animais menores.

Durante a realização da necrópsia de um animal, é importante efetuar-se o procedimento numa mesma posição, até o final, a fim de facilitar a atuação dos executores da técnica, em mesa inox, em ambiente bem iluminado e arejado.

Os equipamentos de proteção coletiva, destinados a conferir segurança aos técnicos, professores e alunos que trabalham ou estudam nas dependências de um laboratório de anatomia são, principalmente: exaustores, extintores de incêndio, lava-olhos e cabine de fluxo laminar.