A ferrugem da soja, que ataca a cultura com maior intensidade na fase de emissão do primeiro trifólio, tem causado prejuízos aos sojicultores brasileiros, pois ainda não foram desenvolvidos cultivares resistentes a essa doença, nem fungicidas que a controlem de forma eficiente.

Atualmente, o grande avanço tecnológico da cotonicultura brasileira pode ser exemplificado pelo desenvolvimento genético de fibras coloridas desse produto no país, o que, além do maior atrativo comercial, é importante para pessoas alérgicas a corantes artificiais.

A cotonicultura tem trazido importantes conseqüências econômicas e sociais para a região dos cerrados brasileiros, onde se tem expandido de forma mais acentuada, devido à impossibilidade de colheita mecanizada das fibras dessa cultura. Como conseqüência, novas vilas e cidades têm sido criadas.

As razões para o “período duro” referido no texto, pelo qual atravessou a cotonicultura brasileira, incluem a introdução do bicudo do algodoeiro — praga agressiva e de difícil controle que ataca o algodoeiro — e a abertura do mercado brasileiro à importação de algodão e de produtos têxteis, especialmente da China.

O renascimento da cultura do algodoeiro no Brasil nos últimos anos deve-se principalmente ao desenvolvimento genético de cultivares arbóreos mais produtivos e resistentes a pragas e doenças em relação aos cultivares herbáceos tradicionalmente cultivados no país.

O incremento nas exportações de carne bovina brasileira deve-se, principalmente, à nutrição dos animais com capim em vez de ração — como ocorre na América do Norte e Europa —, o que confere maior qualidade sanitária e organoléptica ao produto, bem como à erradicação da febre aftosa no país, que, durante muito tempo, impediu as exportações brasileiras de carne bovina.

Mais de 30% da produção brasileira de grãos e de carne bovina ocorre atualmente na região dos cerrados, onde a produção de grãos começou, inexplicavelmente, há, relativamente, pouco tempo, uma vez que as condições edafoclimáticas sempre foram propícias à exploração agrícola e as práticas agronômicas necessárias para a produção nessa região encontram-se relativamente dominadas desde o final do século XIX.

O aumento na produção de carne suína nas décadas passada e atual deve-se, além da conquista de novos mercados consumidores, aos avanços tecnológicos obtidos na cultura de milho no Brasil, que já supera, em produção e produtividade, as médias obtidas pelos norte-americanos no que se refere a essa cultura.

Apesar do aumento nos índices de produção de grãos e de carne, o Brasil apresenta sérias limitações no que se refere à infra-estrutura para as atividades agropecuárias, como o deficiente e oneroso sistema de transportes e a baixa capacidade instalada de estruturas de armazenamento nas propriedades rurais.

O Brasil é hoje o maior exportador mundial de frangos e as perspectivas para esse setor em um futuro próximo são extremamente favoráveis ao país em decorrência de um problema sanitário — a gripe aviária — que surgiu na Ásia, mas já se encontra nos Estados Unidos da América e no Canadá.