O embate com o tradicionalismo profissional foi a tônica do movimento de reconceituação, movimento hegemônico e unitário que aglutinou todas as forças intelectuais e políticas do serviço social latino-americano.

A tendência de deslocamento das ações governamentais públicas no sentido de atender às necessidades sociais recebeu amparo legal a partir da Constituição Federal de 1988 (CF).

Os debates que acompanharam o processo de construção das diretrizes curriculares do serviço social retomam o fazer profissional como prática, compreendendo-a a partir de seus condicionantes internos ou externos, e não, isoladamente.

Os projetos profissionais apresentam a auto-imagem de uma profissão e são construídos por um sujeito coletivo, por meio de sua organização. Nesse sentido, os projetos coletivos refletem projetos societários, ou seja, são projetos de classe, cuja dimensão política envolve relações de poder diretamente identificadas a posicionamento partidário.

A ação do assistente social articulada às diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), realça a preocupação com a especificidade da profissão tendo em vista que outras profissões alargam sua intervenção em direção ao social. Tal fato se insere no movimento de reorganização e de atualização de práticas em saúde.

Com a expansão do neoliberalismo a partir de fins dos anos 70, o ideário e os programas predominantes sintonizaram-se com os organismos internacionais, contemplando a privatização acelerada, a reestruturação produtiva, sem, contudo, comprometer o atendimento às necessidades básicas, que contou com ampla cobertura da população.

No interesse de apreender criticamente as ações governamentais frente à pobreza, a tônica de análise do processo de pauperização tem sido desfocada de sua produção e das formas que assume. Assim, o enfrentamento da pauperização é fundamental para a compreensão das políticas sociais, e não, o contrário.

A entrevista, um dos instrumentos utilizados na comunicação oral, implica relacionamento profissional em vários sentidos: desde a postura atenta e compreensiva à delicadeza no trato com o usuário, ouvindo-o, compreendendo-o e, principalmente, respeitando-o como um sujeito que tem direitos reconhecidos.

O que ocorre com o globalismo, quando o capitalismo ingressa em novo ciclo de expansão mundial, é que a revolução burguesa ingressa em novo ciclo, também global. Aos poucos, ou de repente, abalam-se os quadros sociais e mentais de referência de uns e outros em todo o mundo. Todos são desafiados a re-situar-se no novo mapa.

Otavio Ianni. O novo ciclo da revolução
burguesa. Internet: <revistaforum.uol.com.br>.

Com relação ao texto acima e aos múltiplos aspectos associados ao tema nele abordado, julgue o próximo item.

O desenvolvimento intensivo e extensivo das forças produtivas e das relações de produção, em moldes capitalistas, por todo o mundo, rearticula e fortalece as redes e telas sistêmicas, ao mesmo tempo que acentua e generaliza processos de desarticulação e fragmentação, também em escala mundial.

A realização de uma visita tem por objetivo complementar a coleta de dados pela observação de relações sociais em ambientes de convivência, tais como o lar, a escola ou outro espaço. Esse procedimento exige habilidade do profissional, no sentido de não emitir juízo de valor, apesar da subjetividade própria desse tipo de atividade.