Os meios de comunicação social são capazes, pelo poder de agendamento dos conteúdos noticiosos, de determinar o que as pessoas devem pensar sobre determinado assunto.

As pesquisas apontam a televisão como o meio de comunicação com maior poder de agenda, uma vez que é, hoje, o meio que atinge o maior número de pessoas.

Uma das fases do processo de agenda é a do enquadramento do objeto focalizado pelos mass media a qualquer tipo de problema que ele simboliza. É a fase do framming, isto é, da imposição de um quadro interpretativo àquilo que foi intensivamente coberto.

Há uma tendência para a persuasão temperada pela persistência, ou seja, as pessoas tendem a integrar sua agenda subjetiva naquela que é proposta pelos meios de comunicação de massa.

Os chamados cultural studies afirmam que a censura a certos temas, a ocultação de outros, a existência de mensagens evasivas e a não-legitimação de opiniões alternativas fazem crer que os meios de comunicação são instrumentos de hegemonia e de conspiração das elites no poder.

Os primeiros estudos de recepção identificaram que as pessoas, quando se expunham aos meios de comunicação, buscavam satisfazer necessidades de entretenimento, relacionamento pessoal, identificação projetiva, vigilância e fiscalização.

O volume de informações emitido por parte da mídia pode provocar a chamada disfunção narcotizante e contribuir para a apatia social.

O público é formado por leitores, ouvintes e espectadores que têm por hábito ler jornais e ouvir programas que reforcem seus pontos de vista. Esse comportamento do público corresponde ao que Paul Lazarsfeld denominou de exposição seletiva à ação da mídia.

Importante mesmo é o novo comportamento do público, que manifesta a tendência de combinar a consulta aos veículos com mais credibilidade com a busca em sites da Web, onde a informação é apresentada de maneira mais informal e personalizada.