Grupos de professores estudam os efeitos da perda e fragmentação de habitats em florestas tropicais. Florestas fragmentadas há várias décadas ou séculos fornecem evidências sobre os efeitos persistentes e uma boa oportunidade para estudos sobre a fragmentação florestal. Um dos achados surpreendentes deste estudo é o de que, em ambientes afetados por efeitos de borda, as mudanças na comunidade de árvores ocorrem em paralelo com a explosão das populações de formigas-cortadeiras, principalmente as saúvas. Na floresta não perturbada, predominam plantas tolerantes à sombra e que, em geral, apresentam muitas defesas químicas e estruturais contra herbívoros, como as saúvas.
Outros achados desses estudos são apresentados no gráfico de barras ao lado, que compara a percentagem de tipos de árvores entre áreas do interior e na borda de um fragmento remanescente da Mata Atlântica.
Floresta Atlântica Nordestina. Revista CH, vol. 44, n. 263, 2009, p. 36-41. (Adaptado)
Analisando os resultados apresentados no gráfico, pode-se concluir que, na região de borda florestal,
I - a presença de certas espécies de árvores típicas de floresta madura e de grande porte tende a diminuir;
II - entre essas árvores que têm percentual reduzido estão, também, as que dependem da dispersão de seus frutos e suas sementes;
III - a redução percentual de árvores maduras e grandes indica que estas dependem, para germinar, de áreas mais úmidas e sombreadas;
IV - esses achados reforçam a noção de que a fragmentação empobrece a flora e, por consequência, a fauna, ambas originais.
Estão corretas as conclusões