Os micro-organismos constituem, sem dúvida, a base de sustentação da vida em nosso planeta. A elevada concentração de nutrientes básicos nos procariotos, por si só, seria um forte indício da importância de sua participação em todos os ciclos biogeoquímicos globais. Somam-se a isto evidências de reações metabólicas exóticas, realizadas apenas por microorganismos, tais como o uso de óxidos de metais pesados, a oxidação de amônia e do metano em ambientes sem oxigênio.

O esquema ao lado aponta para a produção de Dimetil-Sulfeto (DMS) nos oceanos. Fitoplânctons como a Emiliana huxleyi que contêm DMSP, precursor do DMS, estão entre os produtores de DMS. O DMS, que é volátil, atua como condensador de nuvens sobre o oceano, o que significa maior reflexão dos raios solares.

Diversas espécies de protistas consomem a E. huxleyi, aumentando a liberação de DMS; porém, esses mesmos protistas têm seu ataque inibido pelo excesso de DMSP.

A Música do Microcosmo. Revista CH, 45(265): 40-45.

(Texto e esquema adaptados)

Considerando as informações acima, verifica-se que o resultado do metabolismo de micro-organismos pode afetar o balanço de gases atmosféricos