A
A demolição mais tradicional é a executada por martelos demolidores pesados, normalmente pneumáticos, sendo muito comum a situação de existirem
vários martelos trabalhando em conjunto, recebendo ar de um mesmo compressor, que, para tanto, deve ser convenientemente dimensionado. Um
martelo pneumático de 20 kg pode imprimir uma força da ordem de 3000 kN,
e, nessas condições, as primeiras fissuras, em concretos de até 40 MPa,
ocorrem em 10 segundos.
B
A hidrodemolição, que, em países economicamente mais desenvolvidos, é
técnica que já vem sendo utilizada também para cortar e não apenas demolir
o concreto, dado já estar razoavelmente desenvolvido o controle da pressão
a atuar em função da espessura de concreto a ser removido, que varia entre
1 GPa e 5 GPa, com consumo de água entre 5 e 20 litros/minuto.
C
Deve-se notar que, em muitos casos, a demolição é apenas parcial, sendo
necessária a análise da estrutura por um engenheiro especialista, já que
esse serviço poderá modificar a configuração estática da estrutura, ou da
parte da estrutura que permanecerá inalterada, caso, por exemplo, de uma
viga em que um dos vãos é demolido.
D
Na demolição de um grande conjunto estrutural, a técnica de implosão, ou,
quando esta for inviável, a demolição por impacto controlado de pesadas
(até 20 kN) bolas de aço, são as mais recomendáveis, evidentemente requerendo a adoção de adequadas medidas de prevenção e de segurança.
E
Nas demolições de peças estruturais pesadas, como blocos e paredes largas, armadas ou não, pela utilização de agentes demolidores expansivos,
mas não explosivos, que resultam da mistura apropriada de um tipo muito
especial de cimento Portland aditivado e água, que é vertida em buracos
previamente executados na massa a demolir, em espaçamento tal que reproduzam uma malha uniforme de 0,5 m x 0,5 m de área, provocando a
desagregação do concreto.