Criada no pós-Segunda Guerra Mundial, a ONU se viu impelida a não agir em áreas mais sensíveis ou potencialmente geradoras de atritos, única forma de se manter de pé em um mundo rigidamente polarizado entre duas superpotências.

O Conselho de Segurança da ONU passou a ser órgão meramente decorativo desde o colapso da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), quando cessaram as crises que poderiam colocar em risco a paz e a segurança internacionais.

A ONU é exemplo de órgão multilateral no qual, em qualquer instância e em todos os setores que a compõem, as decisões são coletivas e precisam ser aprovadas por unanimidade para terem eficácia, isto é, para produzirem seus efeitos legais

É nas áreas em que os interesses político-estratégicos não ocupam o primeiro plano, ainda que possam existir, que a ONU obtém resultados mais expressivos, a exemplo do que ocorre, entre vários outros, nos setores da educação, cultura, saúde e meio ambiente.

O fim da Guerra Fria ampliou consideravelmente o poder da ONU, vista como a instituição capaz de ocupar o vazio deixado pelo desaparecimento das grandes potências.