A concepção atual de saúde do trabalhador não entende o social como determinante das condições de saúde, sem negar que o adoecimento deve ser tratado e que é necessário prevenir novas doenças, privilegiando ações de prevenção da saúde.

Diferentemente das visões dicotomizadas anteriores, defende-se que os programas de saúde incluam a proteção, a recuperação e a promoção da saúde do trabalhador de forma integrada, e que sejam dirigidos não só aos trabalhadores que sofrem, adoecem ou se acidentam, mas também ao conjunto deles.

As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde devem ser redirecionadas para se alcançar as múltiplas mudanças que ocorrem nos processos de trabalho, sendo realizadas por meio de uma abordagem transdisciplinar e intersetorial e, ainda, com a imprescindível participação dos trabalhadores.

A área da saúde do trabalhador na contemporaneidade transcende os conhecimentos específicos da Medicina do Trabalho no sentido de compreender a relação capital-trabalho, na qual a saúde e o acidente de trabalho tornam-se expressão máxima das desigualdades geradas por esse conflito.